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Covid: ao menos 13 capitais suspendem vacinação infantil por falta de doses

Do UOL, em São Paulo

18/01/2023 04h00Atualizada em 18/01/2023 10h42

Levantamento feito pelo UOL aponta que Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Salvador (BA), Teresina (PI) e Vitória (ES) estão com a aplicação suspensa para alguma faixa etária infantil —ou para todas— por falta de doses.

O Ministério da Saúde afirmou que enviou novos lotes do imunizante na segunda-feira (16).

Sete municípios não responderam aos questionamentos da reportagem. Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT) afirmaram que a vacina para crianças está disponível em determinadas unidades de saúde. No Distrito Federal, em Maceió (AL) e no Rio de Janeiro (RJ) a aplicação segue normalmente.

Na primeira semana do governo, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, disse que a pasta tentava negociar receber doses da Pfizer até o fim deste mês. São esperadas 3,2 milhões de doses para crianças de 6 meses a 4 anos e mais 4,5 milhões para crianças de 5 a 11 anos.

A pasta segue em diálogo com o laboratório para antecipar a entrega. A prioridade é normalizar o fluxo de distribuição e aumentar as coberturas vacinais para garantir a proteção de toda a população."
Nota enviada pelo Ministério da Saúde

A Prefeitura de Belo Horizonte disse ao UOL que a última remessa de Coronovac e Pfizer Pediátrica foi entregue em novembro do ano passado. Até ontem (17), a capital mineira não tinha vacinas para crianças de 3 a 11 anos. "Assim que as doses forem repassadas ao município, os públicos serão novamente convocados", informou a administração municipal.

Boa Vista, Fortaleza, Palmas e Rio Branco enfrentam a mesma situação. "No momento, as unidades de Saúde da Família estão vacinando diariamente crianças de seis meses a dois anos com comorbidades e população a partir dos 12 anos", disse a Prefeitura de Palmas.

Suspensão total para público infantil. Há capitais em situação mais grave e que suspenderam a aplicação do imunizante para crianças de 6 meses a 11 anos. São eles: Belém (PA), Goiânia (GO), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Com exceção da capital do Pará, as outras três têm vacina apenas para as crianças que já tomaram a primeira dose. Em Teresina, como explicou a pasta da Saúde, assim que a primeira dose é aplicada, já é reservada a segunda —"para que o ciclo vacinal não seja interrompido".

Secretarias de São Paulo e São Luís não deram detalhes. No texto enviado à reportagem, a Secretaria Municipal da Saúde da capital paulista disse que "estão elegíveis para vacinação todas as crianças acima de 3 anos de idade, além de adolescentes e adultos".

No entanto, entre os bebês com idade entre seis meses e três anos, apenas alguns grupos estavam sendo imunizados até ontem. "Entre as crianças de 6 meses a 2 anos, 11 meses e 29 dias, podem receber a vacina Pfizer Baby, atualmente, aquelas com comorbidades, deficiência permanente, imunossuprimidas e indígenas. Para ampliar a vacinação desse grupo, a pasta aguarda o recebimento de doses por parte do Ministério da Saúde."

Por telefone, depois do email, o UOL foi informado que ainda hoje (18) pela manhã os postos seriam abastecidos.

A prefeitura da capital maranhense disse que "devido à baixa no estoque, a aplicação da CoronaVac infantil e Pfizer Baby está temporariamente suspensa" —mas não confirmou quais públicos foram prejudicados. A informação é relevante, pois algumas prefeituras citaram a disponibilidade da Pfizer pediátrica (para quem tem mais de 3 anos).