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Anvisa suspende autorização de uso de remédio contra covid

Evusheld, medicamento fabricado pela AstraZeneca - Divulgação
Evusheld, medicamento fabricado pela AstraZeneca Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

07/03/2023 13h45Atualizada em 14/04/2023 12h51

O medicamento Evusheld (Tixagevimabe + Cilgavimabe), primeiro profilático contra covid-19 com uso permitido no Brasil, teve autorização de uso emergencial suspensa pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na tarde de hoje.

O que aconteceu:

  • A justificativa para a suspensão temporária do medicamento é de que ele demonstrou "queda significativa" na atividade contra as variantes de preocupação do novo coronavírus no país.
  • A decisão também obriga a AstraZeneca a informar aos profissionais de saúde sobre a ineficácia do medicamento para algumas das cepas "no sentido de somente fazerem uso do medicamento quando o paciente tiver sido infectado por alguma variante do Sars-CoV-2 suscetível a ele".
  • O medicamento, que teve uso emergencial aprovado no Brasil em fevereiro de 2022, tem como intuito aumentar a resistência contra a covid-19 de pessoas com risco de agravamento da doença. Ele não substitui as vacinas

Ao UOL, a AstraZeneca informou que "a evolução das variantes é altamente imprevisível e o cenário das variantes predominantes é significativamente diferente entre as regiões do mundo. O Evusheld foi criado para proteger pacientes imunodeprimidos contra a covid-19 por seis meses e as variantes resistentes ao Evusheld podem ser substituídas por variantes que o Evusheld neutraliza".

A empresa afirma ainda que continuará coletando, avaliando e compartilhando com a Anvisa dados relevantes e avaliações sobre as variantes e a eficácia do medicamento.

"Estamos avançando rapidamente em nossa versão da próxima geração do Evusheld, um anticorpo de ação prolongada chamado AZD3152. Ele neutraliza todas as variantes conhecidas até o momento e pretendemos submetê-lo para aprovação regulatória como uma nova opção para a covid-19 no segundo semestre de 2023, a depender dos resultados dos estudos clínicos", finaliza o comunicado da farmacêutica.