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Uso da Sputnik V em outros países não responde perguntas da Anvisa, diz gerente da agência

O gerente-geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, falou à Câmara sobre a decisão de rejeitar a importação da vacina Sputnik V - Divulgação/Conselho Federal de Farmácia
O gerente-geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, falou à Câmara sobre a decisão de rejeitar a importação da vacina Sputnik V Imagem: Divulgação/Conselho Federal de Farmácia

Por Eduardo Simões

27/04/2021 11h34Atualizada em 27/04/2021 11h55

SÃO PAULO (Reuters) - O fato de a vacina contra covid-19 Sputnik V estar sendo usada em outros países não responde aos questionamentos sobre o imunizante feitos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilânca Sanitária), disse hoje o gerente de medicamentos do órgão regulador, Gustavo Mendes, um dia depois de a Anvisa rejeitar pedido de importação.

Em audiência na Câmara dos Deputados, o gerente da Anvisa repetiu os argumentos apresentados na véspera para recomendar a rejeição do pedido de importação da vacina russa —acatada por unanimidade pela diretoria colegiada da agência.

"O argumento de que tem sido utilizada em outros países —na Argentina, na Rússia e em outros países que têm a vacina aprovada nas agências reguladoras— não respondeu às nossas questões. Por mais que tivéssemos feito esforços para entrar em contato com essas agências reguladoras, colocar essas questões para eles, mas esses dados não foram apresentados para gente", disse Mendes.

Ele também rebateu o argumento de que a vacina deveria ter sido autorizada após a publicação de dados de eficácia do imunizante na revista científica "The Lancet".

"A revista científica 'The Lancet' tem um foco diferente de uma agência reguladora", disse. "Em nenhum momento o objetivo de uma revista científica é aprovar ou não, recomendar ou não o uso de uma vacina em larga escala. O objetivo é avaliar e reportar dados científicos."