Capital do Nepal reabre monumentos históricos após terremoto
Katmandu reabriu nesta segunda-feira (15) seus monumentos históricos, sete semanas depois do terremoto que destruiu parte de seu patrimônio cultural e apesar de ainda existirem problemas de segurança.
A Durbar Square de Bhaktapur, perto da capital, uma praça com templos hindus, palácios e estátuas, algumas delas danificadas pelo terremoto, foi reaberta com uma cerimônia com músicas e danças tradicionais.
O terremoto de 7,8 graus de magnitude que atingiu o Nepal no dia 25 de abril matou mais de 8.700 pessoas e destruiu parte das três antigas praças reais (as chamadas Durbar Square) de Katmandu, Patan e Bhaktapur, todas inscritas no patrimônio mundial da Unesco.
"O Nepal é um país seguro, não se preocupem, essa é a nossa mensagem de hoje", disse à AFP o diretor-geral do departamento de Arqueologia do ministério de Turismo, Bhesh Narayan Dahal.
"Reabrir estes monumentos não é prematuro. Trata-se de preparar a próxima temporada turística, entre setembro e novembro, o momento mais propício para que os turistas venham", acrescentou. "Se eles considerarem que o Nepal é seguro, virão", afirmou este funcionário.
O Nepal ainda sofre diariamente com tremores secundários e nas três praças reabertas nesta segunda-feira há escombros. Na de Katmandu, os pedestres precisam passar por um caminho estreito junto aos monumentos com cartazes advertindo para os riscos de desabamentos.
Por sua vez, a Unesco disse estar preocupada pela reabertura porque as praças "seguem em estado precário".
"Ainda há risco de desabamento dos edifícios. Na Durbar Square de Katmandu, há uma fachada inteira que pode cair sobre as pessoas que passam", disse à AFP Christian Manhart, diretor da Unesco no Nepal.
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