Prefeita de Paris quer criar campo de refugiados na capital francesa
Paris, 31 Mai 2016 (AFP) - Diante do drama dos migrantes, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, anunciou nesta terça-feira a intenção de criar um campo de refugiados na capital francesa, onde as autoridades são obrigadas a desmontar regularmente acampamentos ilegais.
Mais de 200.000 migrantes chegaram à União Europeia (UE) desde janeiro, cruzando o Mediterrâneo e mais de 2.500 morreram tentando, segundo contagem da Agência da ONU para os Refugiados (Acnur), publicada nesta terça-feira em Genebra.
Embora a França, que é sobretudo um país de trânsito, não esteja na linha de frente desta crise, Paris se vê confrontada há mais de um ano "com um fluxo migratório sem precedentes", segundo a administração municipal.
As autoridades desmontam regularmente acampamentos provisórios por razões de segurança e salubridade. Seus moradores são enviados a centros de acolhida temporários. Pouco tempo depois, voltam e erguem um novo acampamento.
Para por fim a "estes acampamentos indignos", a prefeita socialista de Paris anunciou a criação de um campo de refugiados que siga normas internacionais, com um mínimo de sanitários e torneiras por pessoa.
Será similar ao único acampamento deste tipo existente na França, criado em março em Grande-Synthe (norte), com o apoio da ONG Médicos sem Fronteiras (MSF).
O local não se tornará realidade antes de um mês. O terreno, cuja localização ainda não foi determinada, deverá ser "suficientemente amplo para acolher várias centenas de pessoas", acrescentou Hidalgo, sem dar detalhes.
"Espero que o Estado se associe" ao projeto, acrescentou a prefeita, que há meses tenta se descolar do Executivo socialista, que bate recordes de popularidade.
O governo francês quer evitar que os migrantes se concentrem em um mesmo lugar e tem a intenção de distribuí-los por todo o território. Em Grande-Synthe, opôs-se à iniciativa do prefeito ecologista da cidade, que impôs a criação do acampamento depois que 1.500 pessoas se instalaram em uma zona pantanosa da cidade.
Dalai LamaPara os migrantes sírios, iraquianos ou procedentes da região conhecida como Chifre da África, a França é, sobretudo, uma zona de trânsito para se chegar à Grã-Bretanha. Foram registradas apenas 80.000 solicitações de asilo em 2015, contra um milhão na Alemanha.
Mas para o Dalai Lama, esta cifra é "muito" elevada. "Sentimos o seu sofrimento e um ser humano que tem melhores condições de vida tem a responsabilidade de ajudá-los. Mas, por outro lado, há (migrantes) demais atualmente" na Europa, declarou o líder espiritual dos tibetanos ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine.
"A Europa, e Alemanha em particular, não pode se tornar um país árabe; a Alemanha é a Alemanha", acrescentou, em alusão ao fato de a maioria dos migrantes serem de países árabes, como Síria ou Iraque.
As chegadas de refugiados à Europa foram contidas consideravelmente após o acordo entre Bruxelas e Ancara que, desde 20 de março, permite devolver à Turquia os migrantes que chegam à Grécia e não pedem asilo.
Desde então, os fluxos migratórios em direção à Grécia diminuíram de forma importante, segundo cifras da ONU. Os desembarques na Itália - 46.714 migrantes em cinco meses - são estáveis, mas esta rota é "consideravelmente mais perigosa", segundo o porta-voz da Acnur, William Spindler.
Para alertar sobre esta tragédia, uma ONG alemã difundiu nesta terça a foto de um bebê afogado, tirada durante uma operação em frente à costa líbia em 27 de maio.
"Se não quiserem ver estas imagens, então parem de produzi-las!", destacou a Sea-Watch em um texto que acompanha a foto.
bur-chp/prh/es/me/mvv
Mais de 200.000 migrantes chegaram à União Europeia (UE) desde janeiro, cruzando o Mediterrâneo e mais de 2.500 morreram tentando, segundo contagem da Agência da ONU para os Refugiados (Acnur), publicada nesta terça-feira em Genebra.
Embora a França, que é sobretudo um país de trânsito, não esteja na linha de frente desta crise, Paris se vê confrontada há mais de um ano "com um fluxo migratório sem precedentes", segundo a administração municipal.
As autoridades desmontam regularmente acampamentos provisórios por razões de segurança e salubridade. Seus moradores são enviados a centros de acolhida temporários. Pouco tempo depois, voltam e erguem um novo acampamento.
Para por fim a "estes acampamentos indignos", a prefeita socialista de Paris anunciou a criação de um campo de refugiados que siga normas internacionais, com um mínimo de sanitários e torneiras por pessoa.
Será similar ao único acampamento deste tipo existente na França, criado em março em Grande-Synthe (norte), com o apoio da ONG Médicos sem Fronteiras (MSF).
O local não se tornará realidade antes de um mês. O terreno, cuja localização ainda não foi determinada, deverá ser "suficientemente amplo para acolher várias centenas de pessoas", acrescentou Hidalgo, sem dar detalhes.
"Espero que o Estado se associe" ao projeto, acrescentou a prefeita, que há meses tenta se descolar do Executivo socialista, que bate recordes de popularidade.
O governo francês quer evitar que os migrantes se concentrem em um mesmo lugar e tem a intenção de distribuí-los por todo o território. Em Grande-Synthe, opôs-se à iniciativa do prefeito ecologista da cidade, que impôs a criação do acampamento depois que 1.500 pessoas se instalaram em uma zona pantanosa da cidade.
Dalai LamaPara os migrantes sírios, iraquianos ou procedentes da região conhecida como Chifre da África, a França é, sobretudo, uma zona de trânsito para se chegar à Grã-Bretanha. Foram registradas apenas 80.000 solicitações de asilo em 2015, contra um milhão na Alemanha.
Mas para o Dalai Lama, esta cifra é "muito" elevada. "Sentimos o seu sofrimento e um ser humano que tem melhores condições de vida tem a responsabilidade de ajudá-los. Mas, por outro lado, há (migrantes) demais atualmente" na Europa, declarou o líder espiritual dos tibetanos ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine.
"A Europa, e Alemanha em particular, não pode se tornar um país árabe; a Alemanha é a Alemanha", acrescentou, em alusão ao fato de a maioria dos migrantes serem de países árabes, como Síria ou Iraque.
As chegadas de refugiados à Europa foram contidas consideravelmente após o acordo entre Bruxelas e Ancara que, desde 20 de março, permite devolver à Turquia os migrantes que chegam à Grécia e não pedem asilo.
Desde então, os fluxos migratórios em direção à Grécia diminuíram de forma importante, segundo cifras da ONU. Os desembarques na Itália - 46.714 migrantes em cinco meses - são estáveis, mas esta rota é "consideravelmente mais perigosa", segundo o porta-voz da Acnur, William Spindler.
Para alertar sobre esta tragédia, uma ONG alemã difundiu nesta terça a foto de um bebê afogado, tirada durante uma operação em frente à costa líbia em 27 de maio.
"Se não quiserem ver estas imagens, então parem de produzi-las!", destacou a Sea-Watch em um texto que acompanha a foto.
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