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Países fundadores da UE querem que Londres inicie a saída o mais rápido possível

25/06/2016 09h23

Berlim, 25 Jun 2016 (AFP) - Os países fundadores da União Europeia (UE) querem que o Reino Unido inicie o mais rápido possível o processo de saída do bloco, afirmou neste sábado o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, após uma reunião entre os chefes da diplomacia das seis nações.

"Dizemos aqui, juntos, que este processo tem que começar o mais rápido possível", afirmou Frank-Walter Steinmeier ao lado de Jean-Marc Ayrault (França), Bert Koenders (Holanda), Paolo Gentiloni (Itália), Didier Reynders (Bélgica) e Jean Asselborn (Luxemburgo).

"Devemos ter a possibilidade de trabalhar no futuro da Europa", completou, ao solicitar a aplicação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, a cláusula que cita a possibilidade de uma saída voluntária e unilateral da UE.

O ministro francês Jean-Marc Ayrault pediu a nomeação rápida de um novo primeiro-ministro britânico para substituir David Cameron após a vitória do Brexit.

"É preciso designar um novo primeiro-ministro, o que levará alguns dias", afirmou após a reunião.

"Pedimos que o artigo 50 seja respeitado e colocado em prática. É urgente. Em nome do interesse britânico e europeu, pedimos que a Europa e os outros 27 membros sejam respeitados", completou.

Em Paris, o presidente francês François Hollande declarou que o Brexit provoca uma pergunta em todo o planeta, ao mesmo tempo que defendeu uma saída em boas condições do Reino Unido da UE.

"O Brexit não tem consequências sobre o espaço do Reino Unido na ONU", destacou Hollande.

"Mas é verdade que abre uma pergunta para todo o planeta: o que vai acontecer?", completou, após um encontro com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, no Palácio do Eliseu.

"Dentro da União Europeia devemos agora organizar esta separação, mas devemos fazer isto em boas condições e com as regras que estão previstas pelos tratados", completou.

Apesar do Brexit, Hollande destacou que a França pretende "manter as relações com o Reino Unido" tanto na área econômica, como nas questões dos migrantes e refugiados ou de defesa.