Navio turco com ajuda a Gaza chega a Israel após reconciliação
Ashdod, Israel, 3 Jul 2016 (AFP) - Um navio procedente da Turquia carregado com ajuda para Gaza chegou neste domingo a Israel, uma semana após os dois países decidirem normalizar suas relações, abaladas pelo ataque do exército israelense a uma flotilha humanitária turca há seis anos.
O navio "Lady Leyla", que partiu da Turquia na sexta-feira, atracou no porto de Ashdod na tarde deste domingo, constatou a AFP.
Agora a mercadoria deve ser descarregada, inspecionada e enviada à Faixa de Gaza, devastada por três guerras em seis anos e sob bloqueio israelense há uma década.
A embarcação, com bandeira do Panamá, contém 11.000 toneladas de suprimentos, alimentos e brinquedos, disse a agência estatal turca Anadolu.
A Turquia havia pressionado inicialmente pelo fim do bloqueio israelense a Gaza como parte das negociações para restabelecer suas relações com Tel Aviv, mas finalmente este ponto ficou fora do acordo devido à oposição israelense.
O compromisso final foi permitir que Ancara enviasse ajuda através do porto de Ashdod, em vez de mandá-la diretamente ao enclave palestino.
Israel afirma que o bloqueio é necessário para impedir que o movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, receba material com fins militares, mas muitos atores internacionais, incluindo a ONU, pedem o levantamento do bloqueio.
O partido governante na Turquia, o islamita-conservador AKP, mantém uma relação amistosa com o Hamas e o presidente Erdogan é um grande defensor da causa palestina.
As relações entre Turquia e Israel, tradicionalmente aliados regionais, foram abaladas - sem chegar a se romper - em 2010 com a retirada de embaixadores e o congelamento da cooperação militar, após o ataque das forças israelenses contra o navio "Mavi Marmara", fretado por uma ONG humanitária turca para tentar romper o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza. Dez turcos morreram na operação.
A embarcação fazia parte de uma flotilha internacional de seis barcos carregados com ajuda humanitária.
Israel apresentou suas desculpas em 2013, mas as tensões voltaram no ano seguinte com uma nova ofensiva israelense na Faixa de Gaza.
A Turquia havia estabelecido três condições para a normalização: que Israel se desculpasse publicamente pela tomada do barco, que concedesse indenizações financeiras às vítimas e que suspendesse o bloqueio de Gaza, ponto no qual precisou ceder.
Israel, no entanto, se comprometeu a pagar uma indenização de 20 milhões de dólares às famílias dos 10 turcos mortos no ataque contra o barco "Mavi Marmara" e, em troca, a Turquia abandonará as ações judiciais movidas contra os militares israelenses.
as-mjs/srm/aoc/ma
O navio "Lady Leyla", que partiu da Turquia na sexta-feira, atracou no porto de Ashdod na tarde deste domingo, constatou a AFP.
Agora a mercadoria deve ser descarregada, inspecionada e enviada à Faixa de Gaza, devastada por três guerras em seis anos e sob bloqueio israelense há uma década.
A embarcação, com bandeira do Panamá, contém 11.000 toneladas de suprimentos, alimentos e brinquedos, disse a agência estatal turca Anadolu.
A Turquia havia pressionado inicialmente pelo fim do bloqueio israelense a Gaza como parte das negociações para restabelecer suas relações com Tel Aviv, mas finalmente este ponto ficou fora do acordo devido à oposição israelense.
O compromisso final foi permitir que Ancara enviasse ajuda através do porto de Ashdod, em vez de mandá-la diretamente ao enclave palestino.
Israel afirma que o bloqueio é necessário para impedir que o movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, receba material com fins militares, mas muitos atores internacionais, incluindo a ONU, pedem o levantamento do bloqueio.
O partido governante na Turquia, o islamita-conservador AKP, mantém uma relação amistosa com o Hamas e o presidente Erdogan é um grande defensor da causa palestina.
As relações entre Turquia e Israel, tradicionalmente aliados regionais, foram abaladas - sem chegar a se romper - em 2010 com a retirada de embaixadores e o congelamento da cooperação militar, após o ataque das forças israelenses contra o navio "Mavi Marmara", fretado por uma ONG humanitária turca para tentar romper o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza. Dez turcos morreram na operação.
A embarcação fazia parte de uma flotilha internacional de seis barcos carregados com ajuda humanitária.
Israel apresentou suas desculpas em 2013, mas as tensões voltaram no ano seguinte com uma nova ofensiva israelense na Faixa de Gaza.
A Turquia havia estabelecido três condições para a normalização: que Israel se desculpasse publicamente pela tomada do barco, que concedesse indenizações financeiras às vítimas e que suspendesse o bloqueio de Gaza, ponto no qual precisou ceder.
Israel, no entanto, se comprometeu a pagar uma indenização de 20 milhões de dólares às famílias dos 10 turcos mortos no ataque contra o barco "Mavi Marmara" e, em troca, a Turquia abandonará as ações judiciais movidas contra os militares israelenses.
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