EUA instalará sistema antimísseis na Coreia do Sul
Seul, 8 Jul 2016 (AFP) - Washington e Seul anunciaram nesta sexta-feira um acordo para a instalação de um escudo antimísseis na Coreia do Sul diante da multiplicação de ameaças procedentes da Coreia do Norte.
O anúncio foi feito depois da imposição de sanções dos Estados Unidos ao dirigente norte-coreano Kim Jong-il, uma iniciativa que o regime comunista classificou de "declaração de guerra".
Estados Unidos e Coreia do Sul "decidiram como aliados a instalação do THAAD (...) como medida de defesa para garantir a segurança da Coreia do Sul e de seu povo", afirma um comunicado conjunto dos ministérios da Defesa.
O comunicado não precisa a data da instalação do sistema, mas revela que os dois países se encontram na etapa final para a escolha do local.
O sistema THAAD lança mísseis concebidos para interceptar e destruir mísseis balísticos quando ainda se encontram em elevada altitude.
Os dois países começaram a discutir a instalação do sistema avançado THAAD em fevereiro, pouco depois da Coreia do Norte ter disparado um foguete de longo alcance, o que foi considerado um teste de míssil balístico dissimulado.
A tensão não para de aumentar na península coreana desde o quarto teste nuclear de Pyongyang em 6 de janeiro. O regime de Kim Jong-un multiplicou os disparos de mísseis e, de acordo com analistas, avança para produzir um míssil intercontinental com capacidade transportar uma ogiva nuclear até o continente americano.
Mas, além da Coreia do Norte, a instalação do THAAD na Coreia do Sul irrita tanto a Rússia como a China, principal aliada de Pyongyanng, que reprovam a presença militar de Washington na região.
A China reagiu ao anúncio avaliando que a medida "prejudicará gravemente os interesses de segurança estratégicos dos países da região".
O ministério chinês das Relações Exteriores expressou "sua forte desaprovação e sua firme oposição" à instalação do sistema antimísseis.
A Rússia afirmou que o projeto "atenta contra o equilíbrio da região".
"Esperamos que nossos sócios evitem executar ações que poderiam ter consequências irreparáveis", afirma um comunicado divulgado pelo ministério russo das Relações Exteriores.
"O ato mais hostil" O comunicado conjunto dos ministérios da Defesa de EUA e Coreia do Sul destaca que o sistema THAAD responderá apenas a potenciais ataques procedentes da Coreia do Norte e não de outros países.
"Quando o sistema THAAD estiver instalado na península coreana, envolverá unicamente às ameaças nucleares e balísticas procedentes da Coreia do Norte, e não estará dirigido a terceiros países".
Antes do anúncio, na quarta-feira, Washington incluiu Kim Jong-Un na lista de sanções contra indivíduos, alegando graves violações dos direitos humanos.
As sanções podem terminar sendo fundamentalmente simbólicas, mas a Coreia do Norte reagiu com extrema agressividade nesta sexta-feira e afirmou que romperá todos os canais diplomáticos se a medida não for cancelada.
As sanções constituem "o ato mais hostil" de Washington e "uma declaração de guerra aberta", afirmou o ministério norte-coreano das Relações Exteriores, que também anunciou, sem entrar em detalhes, "respostas extremamente fortes".
"Estados Unidos ousaram desafiar a dignidade de nossa autoridade suprema, um ato que faz pensar em um cachorro recém-nascido que não tem medo do tigre", afirma o texto da chancelaria.
Kim Jong-Un, que chegou ao poder em dezembro de 2011, após a morte de seu pai Kim Jong-il, é objeto de um culto de personalidade que envolve todos os aspectos da vida no país.
jhw-gh/fp
O anúncio foi feito depois da imposição de sanções dos Estados Unidos ao dirigente norte-coreano Kim Jong-il, uma iniciativa que o regime comunista classificou de "declaração de guerra".
Estados Unidos e Coreia do Sul "decidiram como aliados a instalação do THAAD (...) como medida de defesa para garantir a segurança da Coreia do Sul e de seu povo", afirma um comunicado conjunto dos ministérios da Defesa.
O comunicado não precisa a data da instalação do sistema, mas revela que os dois países se encontram na etapa final para a escolha do local.
O sistema THAAD lança mísseis concebidos para interceptar e destruir mísseis balísticos quando ainda se encontram em elevada altitude.
Os dois países começaram a discutir a instalação do sistema avançado THAAD em fevereiro, pouco depois da Coreia do Norte ter disparado um foguete de longo alcance, o que foi considerado um teste de míssil balístico dissimulado.
A tensão não para de aumentar na península coreana desde o quarto teste nuclear de Pyongyang em 6 de janeiro. O regime de Kim Jong-un multiplicou os disparos de mísseis e, de acordo com analistas, avança para produzir um míssil intercontinental com capacidade transportar uma ogiva nuclear até o continente americano.
Mas, além da Coreia do Norte, a instalação do THAAD na Coreia do Sul irrita tanto a Rússia como a China, principal aliada de Pyongyanng, que reprovam a presença militar de Washington na região.
A China reagiu ao anúncio avaliando que a medida "prejudicará gravemente os interesses de segurança estratégicos dos países da região".
O ministério chinês das Relações Exteriores expressou "sua forte desaprovação e sua firme oposição" à instalação do sistema antimísseis.
A Rússia afirmou que o projeto "atenta contra o equilíbrio da região".
"Esperamos que nossos sócios evitem executar ações que poderiam ter consequências irreparáveis", afirma um comunicado divulgado pelo ministério russo das Relações Exteriores.
"O ato mais hostil" O comunicado conjunto dos ministérios da Defesa de EUA e Coreia do Sul destaca que o sistema THAAD responderá apenas a potenciais ataques procedentes da Coreia do Norte e não de outros países.
"Quando o sistema THAAD estiver instalado na península coreana, envolverá unicamente às ameaças nucleares e balísticas procedentes da Coreia do Norte, e não estará dirigido a terceiros países".
Antes do anúncio, na quarta-feira, Washington incluiu Kim Jong-Un na lista de sanções contra indivíduos, alegando graves violações dos direitos humanos.
As sanções podem terminar sendo fundamentalmente simbólicas, mas a Coreia do Norte reagiu com extrema agressividade nesta sexta-feira e afirmou que romperá todos os canais diplomáticos se a medida não for cancelada.
As sanções constituem "o ato mais hostil" de Washington e "uma declaração de guerra aberta", afirmou o ministério norte-coreano das Relações Exteriores, que também anunciou, sem entrar em detalhes, "respostas extremamente fortes".
"Estados Unidos ousaram desafiar a dignidade de nossa autoridade suprema, um ato que faz pensar em um cachorro recém-nascido que não tem medo do tigre", afirma o texto da chancelaria.
Kim Jong-Un, que chegou ao poder em dezembro de 2011, após a morte de seu pai Kim Jong-il, é objeto de um culto de personalidade que envolve todos os aspectos da vida no país.
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