China defende estímulo ao comércio no G20 com fantasma do Brexit presente
Xangai, 9 Jul 2016 (AFP) - A China vai defender um estímulo ao comércio mundial neste sábado na reunião de ministros do G20 em Xangai, com o fantasma do Brexit presente, em um momento em que os intercâmbios globais flutuam em um nível baixo.
Os ministros do Comércio das 20 maiores potências mundiais, que agrupam 80% das transações globais, vão se reunir no sábado e no domingo na metrópole financeira chinesa, um encontro a portas fechadas para analisar um cenário econômico que se projeta como sombrio.
"A recuperação econômica continua sendo fraca e o comércio global está flutuando em um nível baixo", disse o ministro chinês Gao Hucheng antes do início da reunião.
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro Roberto Azevedo, disse na sexta-feira que 2016 vai ser o quinto ano consecutivo em que o comércio global cresce abaixo de 3% - a expansão mais fraca em 30 anos.
Azevedo alertou que "não há sinais imediatos de que vá haver uma mudança significativa na trajetória atual do crescimento do comércio".
Neste contexto, a decisão dos britânicos de abandonar a União Europeia (UE) e as turbulências nos mercados financeiros desde então contribuíram para piorar o panorama.
Em junho, a OMC alertou que a saída do Reino Unido da UE custaria aos exportadores britânicos 5,6 bilhões de libras (8,1 bilhões de dólares) por ano em tarifas alfandegárias.
"Nunca houve um momento melhor para investir no Reino Unido. A libra desvalorizou, os ativos estão a um preço atraente", disse nesta semana em uma visita a Pequim o ministro britânico do Comércio, Lord Mark Price, segundo o jornal Financial Times.
Na sexta-feira, Azevedo pediu cooperação para estimular o comércio. "Este é o momento dos governos trabalharem juntos para ver como o comércio pode ser utilizado para impulsionar o crescimento, o desenvolvimento e a criação de empregos", disse.
No mesmo sentido, o vice-ministro chinês, Wang Shouwen, defendeu a assinatura do Acordo de Facilitação do Comércio (TFA), que tem como objetivo a redução das barreiras alfandegárias.
O acordo enfrenta resistências em vários países do G20 como Argentina, Canadá e Indonésia, entre outros. Para entrar em vigor, deve ser ratificado por dois terços dos membros do grupo.
Azevedo advertiu também sobre o aumento da "retórica protecionista extremamente nociva" no mundo todo, em um momento em que as discussões para implantar o tratado transatlântico TTIP estão atrasadas em muitos países por causa da resistência que esse tipo de acordo gera na população.
bur-jug/ehl/LyS/an/es/db
Os ministros do Comércio das 20 maiores potências mundiais, que agrupam 80% das transações globais, vão se reunir no sábado e no domingo na metrópole financeira chinesa, um encontro a portas fechadas para analisar um cenário econômico que se projeta como sombrio.
"A recuperação econômica continua sendo fraca e o comércio global está flutuando em um nível baixo", disse o ministro chinês Gao Hucheng antes do início da reunião.
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro Roberto Azevedo, disse na sexta-feira que 2016 vai ser o quinto ano consecutivo em que o comércio global cresce abaixo de 3% - a expansão mais fraca em 30 anos.
Azevedo alertou que "não há sinais imediatos de que vá haver uma mudança significativa na trajetória atual do crescimento do comércio".
Neste contexto, a decisão dos britânicos de abandonar a União Europeia (UE) e as turbulências nos mercados financeiros desde então contribuíram para piorar o panorama.
Em junho, a OMC alertou que a saída do Reino Unido da UE custaria aos exportadores britânicos 5,6 bilhões de libras (8,1 bilhões de dólares) por ano em tarifas alfandegárias.
"Nunca houve um momento melhor para investir no Reino Unido. A libra desvalorizou, os ativos estão a um preço atraente", disse nesta semana em uma visita a Pequim o ministro britânico do Comércio, Lord Mark Price, segundo o jornal Financial Times.
Na sexta-feira, Azevedo pediu cooperação para estimular o comércio. "Este é o momento dos governos trabalharem juntos para ver como o comércio pode ser utilizado para impulsionar o crescimento, o desenvolvimento e a criação de empregos", disse.
No mesmo sentido, o vice-ministro chinês, Wang Shouwen, defendeu a assinatura do Acordo de Facilitação do Comércio (TFA), que tem como objetivo a redução das barreiras alfandegárias.
O acordo enfrenta resistências em vários países do G20 como Argentina, Canadá e Indonésia, entre outros. Para entrar em vigor, deve ser ratificado por dois terços dos membros do grupo.
Azevedo advertiu também sobre o aumento da "retórica protecionista extremamente nociva" no mundo todo, em um momento em que as discussões para implantar o tratado transatlântico TTIP estão atrasadas em muitos países por causa da resistência que esse tipo de acordo gera na população.
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