Dezenas de migrantes caminham no que resta da "Selva" de Calais
Calais, França, 27 Out 2016 (AFP) - Dezenas de migrantes, incluindo menores de idade, caminham sem destino nesta quinta-feira nos escombros da "Selva" de Calais, horas após o governo da França dar por encerrada a operação para acabar com aquele que era o maior acampamento de migrantes do país.
As autoridades francesas anunciaram na quarta-feira que não restava ninguém no local, após a retirada de quase 5.600 pessoas do acampamento. Mas a AFP constatou que dezenas de migrantes dormiram ao relento na quarta-feira, tentando lutar contra o frio.
Ao mesmo tempo, máquinas escavadeiras começaram a destruir os barracos e casas improvisadas abandonadas na parte oeste da "Selva".
A polícia foi mobilizada para impedir que curiosos, jornalistas e migrantes entrassem no local.
Até semana passada, entre 6.000 e 8.000 pessoas, principalmente sudaneses, eritreus e afegão, viviam naquele que era o maior acampamento improvisado de migrantes da França e um dos maiores da Europa.
As autoridades francesas começaram a retirar os migrantes na segunda-feira.
Os adultos foram levados de ônibus para abrigos espalhados por todo o território francês. Os menores de idade foram levados para um centro de recepção provisório ao lado do acampamento, enquanto a situação de cada um é examinada.
Alguns migrantes incendiaram seus barracos antes de deixar o local. As chamas afetaram quase todo o acampamento, sobretudo a rua central, onde as lojas informais terminaram reduzidas a cinzas.
Alguns migrantes que permaneciam na região afirmaram que desejavam pegar os ônibus para seguir até um dos abrigos fora de Calais, ignorando que as operações de retirada terminaram oficialmente na quarta-feira.
Didier Leschi, alto funcionário do serviço de imigração, explicou em seguida que 10 veículos reservas estão no local para os últimos migrantes.
Outros migrantes, que afirmam ser menores de idade, formavam uma fila nesta quinta-feira para registrar seus nomes e tentar uma transferência ao Reino Unido, onde muitos afirmam ter parentes.
A situação dos menores preocupa as associações de defesa dos direitos humanos. O centro com capacidade para 1.500 pessoas - ao lado do acampamento -, previsto para receber os menores até a solução dos casos, está lotado.
Quarenta menores foram levados para um abrigo no leste da França. Está previsto que outros 40 sejam transferidos para o Reino Unido nas próximas horas, afirmou à AFP o diretor geral da associação France terre d'asile (França terra de asilo), Pierre Henry.
Os menores se unirão aos mais de 200 que Londres recebeu desde a semana passada.
De acordo com estimativas oficiais e de associações, quase 1.300 menores desacompanhados moravam no acampamento e 500 deles afirmam ter parentes no Reino Unido.
Ao mesmo tempo, a prefeita de Calais, Natacha Bouchart, o anúncio do fim do acampamento foi precipitado.
"Não podemos anunciar o fim do desmantelamento quando ainda há 1.500 menores e 450 mulheres e crianças nas estruturas oficiais adjacentes ao acampamento e outras centenas perambulando pela área", disse Bouchart à AFP.
jmo-dac/fp
As autoridades francesas anunciaram na quarta-feira que não restava ninguém no local, após a retirada de quase 5.600 pessoas do acampamento. Mas a AFP constatou que dezenas de migrantes dormiram ao relento na quarta-feira, tentando lutar contra o frio.
Ao mesmo tempo, máquinas escavadeiras começaram a destruir os barracos e casas improvisadas abandonadas na parte oeste da "Selva".
A polícia foi mobilizada para impedir que curiosos, jornalistas e migrantes entrassem no local.
Até semana passada, entre 6.000 e 8.000 pessoas, principalmente sudaneses, eritreus e afegão, viviam naquele que era o maior acampamento improvisado de migrantes da França e um dos maiores da Europa.
As autoridades francesas começaram a retirar os migrantes na segunda-feira.
Os adultos foram levados de ônibus para abrigos espalhados por todo o território francês. Os menores de idade foram levados para um centro de recepção provisório ao lado do acampamento, enquanto a situação de cada um é examinada.
Alguns migrantes incendiaram seus barracos antes de deixar o local. As chamas afetaram quase todo o acampamento, sobretudo a rua central, onde as lojas informais terminaram reduzidas a cinzas.
Alguns migrantes que permaneciam na região afirmaram que desejavam pegar os ônibus para seguir até um dos abrigos fora de Calais, ignorando que as operações de retirada terminaram oficialmente na quarta-feira.
Didier Leschi, alto funcionário do serviço de imigração, explicou em seguida que 10 veículos reservas estão no local para os últimos migrantes.
Outros migrantes, que afirmam ser menores de idade, formavam uma fila nesta quinta-feira para registrar seus nomes e tentar uma transferência ao Reino Unido, onde muitos afirmam ter parentes.
A situação dos menores preocupa as associações de defesa dos direitos humanos. O centro com capacidade para 1.500 pessoas - ao lado do acampamento -, previsto para receber os menores até a solução dos casos, está lotado.
Quarenta menores foram levados para um abrigo no leste da França. Está previsto que outros 40 sejam transferidos para o Reino Unido nas próximas horas, afirmou à AFP o diretor geral da associação France terre d'asile (França terra de asilo), Pierre Henry.
Os menores se unirão aos mais de 200 que Londres recebeu desde a semana passada.
De acordo com estimativas oficiais e de associações, quase 1.300 menores desacompanhados moravam no acampamento e 500 deles afirmam ter parentes no Reino Unido.
Ao mesmo tempo, a prefeita de Calais, Natacha Bouchart, o anúncio do fim do acampamento foi precipitado.
"Não podemos anunciar o fim do desmantelamento quando ainda há 1.500 menores e 450 mulheres e crianças nas estruturas oficiais adjacentes ao acampamento e outras centenas perambulando pela área", disse Bouchart à AFP.
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