Governo venezuelano confisca remédios doados a organização católica
Caracas, 24 Nov 2016 (AFP) - A alfândega venezuelana confiscou um carregamento do Chile de remédios doados à organização católica Cáritas, que pretendia distribuí-los em bairros pobres com escassez aguda, por não cumprir os requisitos para a importação.
A doação, que inclui 75.000 unidades de medicamentos, além de suplementos alimentares, foi declarada em "abandono legal" na última terça-feira, após o vencimento do prazo de 30 dias para apresentar a documentação.
"Esta mercadoria chegou sem nenhuma permissão, não cumpre os requisitos para a nacionalização", explicou o serviço alfandegário (Seniat) na sua conta de Twitter.
De acordo com o órgão, os medicamentos foram entregues ao Instituto Venezuelano de Seguro Social.
A presidente do Cáritas Venezuela, Janeth Márquez, disse nesta quinta-feira à AFP que o carregamento chegou ao país em 23 de agosto, mas a organização não teve resposta do Ministério da Saúde sobre as permissões de nacionalização.
"Estamos muito tristes, alguns medicamentos já venceram, e outros vencem em dezembro. Esperemos que sejam entregues aos mais necessitados, é o que queriam os nossos irmãos chilenos", acrescentou.
Márquez informou que a Cáritas insistirá na obtenção de uma permissão para receber remédios doados do exterior. Segundo a Federação Farmacêutica, a escassez atinge 85% dos medicamentos.
"Queremos que a chegada de alimentos e medicamentos seja prioridade na mesa de diálogo (entre o governo e a oposição). Nos prometeram novas doações, mas esperamos pela permissão", afirmou.
A Venezuela passa por um crise que se agravou com a queda dos preços do petróleo em 2014, e que se caracteriza por um desabastecimento agudo de alimentos e remédios, além de fortes tensões políticas.
Nas negociações iniciadas em 30 de outubro para resolver a situação, a aliança opositora pediu ao governo que seja permitida a entrada dos medicamentos doados à Cáritas.
Nesta quinta-feira, na sessão do Parlamento, de maioria opositora, o deputado José Manuel Olivares denunciou que o governo "roubou" os remédios enviados do Chile.
A doação, que inclui 75.000 unidades de medicamentos, além de suplementos alimentares, foi declarada em "abandono legal" na última terça-feira, após o vencimento do prazo de 30 dias para apresentar a documentação.
"Esta mercadoria chegou sem nenhuma permissão, não cumpre os requisitos para a nacionalização", explicou o serviço alfandegário (Seniat) na sua conta de Twitter.
De acordo com o órgão, os medicamentos foram entregues ao Instituto Venezuelano de Seguro Social.
A presidente do Cáritas Venezuela, Janeth Márquez, disse nesta quinta-feira à AFP que o carregamento chegou ao país em 23 de agosto, mas a organização não teve resposta do Ministério da Saúde sobre as permissões de nacionalização.
"Estamos muito tristes, alguns medicamentos já venceram, e outros vencem em dezembro. Esperemos que sejam entregues aos mais necessitados, é o que queriam os nossos irmãos chilenos", acrescentou.
Márquez informou que a Cáritas insistirá na obtenção de uma permissão para receber remédios doados do exterior. Segundo a Federação Farmacêutica, a escassez atinge 85% dos medicamentos.
"Queremos que a chegada de alimentos e medicamentos seja prioridade na mesa de diálogo (entre o governo e a oposição). Nos prometeram novas doações, mas esperamos pela permissão", afirmou.
A Venezuela passa por um crise que se agravou com a queda dos preços do petróleo em 2014, e que se caracteriza por um desabastecimento agudo de alimentos e remédios, além de fortes tensões políticas.
Nas negociações iniciadas em 30 de outubro para resolver a situação, a aliança opositora pediu ao governo que seja permitida a entrada dos medicamentos doados à Cáritas.
Nesta quinta-feira, na sessão do Parlamento, de maioria opositora, o deputado José Manuel Olivares denunciou que o governo "roubou" os remédios enviados do Chile.
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