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Anistia denuncia repressão das liberdades fundamentais na Cuba de Fidel

26/11/2016 15h03

Londres, 26 Nov 2016 (AFP) - A ONG Anistia Internacional denunciou neste sábado "a repressão sistemática das liberdades fundamentais" em Cuba durante os anos de presidência de Fidel Castro, cuja morte foi anunciada na madrugada deste sábado.

"As conquistas de Fidel Castro, que abriu a porta aos serviços públicos a milhões de cubanos, foram acompanhadas por uma repressão sistemática das liberdades fundamentais durante todo seu período no poder", afirma a ONG em um comunicado em que lembra as "centenas" de opositores executados pela Revolução Cubana de 1959.

A Anistia ressaltou, contudo, "os consideráveis avanços em matéria de acesso aos serviços sanitários e moradia", assim como "um impulso sem precedentes" contra o analfabetismo após a chegada do líder cubano.

"Entretanto, apesar de suas conquistas de âmbito social, os 49 anos de reinado de Fidel Castro se caracterizaram por uma repressão brutal da liberdade de expressão", escreveu Erika Guevara-Rosas, diretora da Anistia Internacional na América.

"O estado atual da liberdade de expressão em Cuba, onde militantes são detidos ou acusados por expressar suas opiniões contrárias ao governo, é a herança mais obscura de Fidel Castro", acrescenta.

A ONG lembrou que, durante anos, denunciou centenas de casos de "presos de consciência", detidos por ter exercido "pacificamente" sua liberdade de expressão ou associação.

"Agora a pergunta consiste em saber como serão os direitos humanos na Cuba de amanhã. Muitas vidas dependem disso", disse Guevara-Rosas.