Venezuela: inédito acordo entre governo e oposição sobre massacre de civis
Caracas, 30 Nov 2016 (AFP) - O chavismo e a oposição aprovaram, nesta terça-feira (29), uma inédita declaração conjunta no Parlamento venezuelano, que condena o "massacre" de 12 civis na localidade Barlovento (norte) pelas mãos de militares.
Tanto governo quanto oposição concordaram com "condenar o desaparecimento forçado e o assassinato de vários cidadãos em Barlovento, por parte de efetivos militares", informa a declaração lida após um debate sobre a morte dos agricultores.
É a primeira vez que o Parlamento, de maioria opositora, vota por unanimidade em um acordo que censura atuações de membros de uma instituição oficial, neste caso as Forças Armadas, cujos comandos expressaram apoio "incondicional" ao governo do presidente Nicolás Maduro.
Desde 5 de janeiro, quando a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) tomou o controle do Legislativo, só tinha sido aprovado por consenso outro acordo de caráter político: o apelo do papa Francisco a um diálogo entre o governo e a oposição para superar a crise política em 4 de abril.
As facções legislativas pactuaram, ainda, criar uma comissão mista para "esclarecer os fatos, exigir justiça e acompanhar as ações do Estado na determinação e sanção dos responsáveis" pelo massacre.
Neste caso, a Justiça processa 11 militares que, segundo as Forças Armadas, "admitiram sua culpa" nos fatos ocorridos durante uma operação de segurança.
Nesta terça-feira, o promotor Tarek William Saab informou que as vítimas eram "camponeses do município de Acevedo, que nenhum tem antecedentes criminais e tampouco se conheciam entre si".
Acrescentou que foram encontradas em duas fossas vizinhas a esta cidade no estado de Miranda, depois da confissão dos envolvidos, entre eles um tenente-coronel.
"Presumo que houve um autor intelectual que ordenou a ação e que pertence a este comando (militar). Deve ser identificado independentemente do grau que tiver", afirmou o funcionário.
Tanto governo quanto oposição concordaram com "condenar o desaparecimento forçado e o assassinato de vários cidadãos em Barlovento, por parte de efetivos militares", informa a declaração lida após um debate sobre a morte dos agricultores.
É a primeira vez que o Parlamento, de maioria opositora, vota por unanimidade em um acordo que censura atuações de membros de uma instituição oficial, neste caso as Forças Armadas, cujos comandos expressaram apoio "incondicional" ao governo do presidente Nicolás Maduro.
Desde 5 de janeiro, quando a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) tomou o controle do Legislativo, só tinha sido aprovado por consenso outro acordo de caráter político: o apelo do papa Francisco a um diálogo entre o governo e a oposição para superar a crise política em 4 de abril.
As facções legislativas pactuaram, ainda, criar uma comissão mista para "esclarecer os fatos, exigir justiça e acompanhar as ações do Estado na determinação e sanção dos responsáveis" pelo massacre.
Neste caso, a Justiça processa 11 militares que, segundo as Forças Armadas, "admitiram sua culpa" nos fatos ocorridos durante uma operação de segurança.
Nesta terça-feira, o promotor Tarek William Saab informou que as vítimas eram "camponeses do município de Acevedo, que nenhum tem antecedentes criminais e tampouco se conheciam entre si".
Acrescentou que foram encontradas em duas fossas vizinhas a esta cidade no estado de Miranda, depois da confissão dos envolvidos, entre eles um tenente-coronel.
"Presumo que houve um autor intelectual que ordenou a ação e que pertence a este comando (militar). Deve ser identificado independentemente do grau que tiver", afirmou o funcionário.
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