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Confrontos na RD Congo deixam 17 mortos

22/12/2016 07h03

Kinshasa, 22 dez 2016 (AFP) - Quatorze milicianos e três policiais morreram na quarta-feira em confrontos em Lisala, noroeste da República Democrática do Congo (RDC), anunciou nesta quinta-feira à AFP o governador da província de Mongala, Bienvenu Esimba.

"O balanço dos confrontos é de 14 milicianos da seita político-religiosa e três policiais mortos", declarou à AFP Esimba, entrevistado por telefone de Kinshasa.

Os combates foram provocados pelo ataque de adeptos de uma seita milenarista, cujo guru, Wami-Nene - que morreu na quarta-feira -, via o fim do mandato do presidente Joseph Kabila na RDC, em 20 de dezembro, como o princípio do fim dos tempos, informaram Esimba e um padre católico local.

De acordo com Esimba, os milicianos da seita, armados com fuzis Kalashnikov AK-47, queimaram 47 casas, atacaram um mercado e invadiram a sede da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), uma instituição que consideram "inútil".

Os confrontos, que começaram na manhã de quarta-feira, terminaram em poucas horas, segundo o governador.

"Os policiais não conseguiram prender (o guru) porque parecia invulnerável. Foi necessária a intervenção dos militares para neutralizá-lo", disse Esimba, antes de explicar que as forças de segurança "agiram em situação de legítima defesa".

A situação voltou à normalidade nesta quinta-feira, anunciou o governador.

Situada às margens do rio Congo, em plena floresta equatorial, a 1.000 km ao nordeste de Kinshasa, Lisala é a capital da província de Mongala.