Panamá cria procuradoria especial por subornos da Odebrecht
Panamá, 29 dez 2016 (AFP) - O Panamá criou uma procuradoria especial anticorrupção para investigar os supostos subornos pagos pela Odebrecht no país centro-americano para a obtenção de contratos.
A unidade ficará a cargo das procuradoras anticorrupção Tania Sterling, Vielka Broce, Ruth Morcillo e Zuleika Moore, disse a Procuradoria Geral em um comunicado.
A Procuradoria tem realizado diversas investigações no Panamá sobre casos de corrupção que atingiram o governo do ex-presidente Ricardo Martinelli (2009-2014), no qual vários ministros foram presos.
A essa equipe se juntarão outros seis procuradores. Todos investigarão "os casos complexos da empresa brasileira Odebrecht, que envolveram supostos delitos de corrupção, lavagem de dinheiro e crime organizado", segundo o comunicado.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou na semana passada um relatório segundo o qual a Odebrecht pagou subornos em nove países latino-americanos no valor de centenas de milhares de dólares para obter contratos.
Este documento revela que no Panamá a construtora brasileira pagou entre 2010 e 2014 mais de 59 milhões de dólares em subornos em troca de contratos avaliados em mais de 175 milhões de dólares.
Três procuradores panamenhos iniciaram na quarta-feira reuniões em Washington com funcionários do Departamento de Justiça para trocar informações do caso Odebrecht, segundo o comunicado.
A Controladoria do Panamá ordenou na terça-feira a investigação de Carlos Ho González, ex-diretor de Projetos Especiais do Ministério de Obras Públicas, "por suposto enriquecimento injustificado" relacionado à empresa brasileira.
Ho refutou em um comunicado as acusações e manifestou que todo o processo de adjudicação foi "gerido de maneira transparente e em apego às leis".
"Jamais recebi em dinheiro ou em espécie por parte da empresa Odebrecht nem de nenhuma das empresas que participaram como fornecedoras do Estado", acrescentou Ho, funcionário durante os governos de Martín Torrijos (2004-2009) e Martinelli.
O governo panamenho anunciou na terça-feira (27) que proibirá a Odebrecht de participar de licitações até que colabore de forma "efetiva e eficaz" com a Justiça panamenha e "garanta o pagamento das quantias que deverá restituir ao Estado" pelos prejuízos causados, segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Álvaro Alemán.
Em um comunicado, a Odebrecht ressaltou sua disposição em colaborar com a Justiça e assegurou que "está implantando as melhores práticas de 'compliance', baseadas na ética, na transparência e na integridade".
A unidade ficará a cargo das procuradoras anticorrupção Tania Sterling, Vielka Broce, Ruth Morcillo e Zuleika Moore, disse a Procuradoria Geral em um comunicado.
A Procuradoria tem realizado diversas investigações no Panamá sobre casos de corrupção que atingiram o governo do ex-presidente Ricardo Martinelli (2009-2014), no qual vários ministros foram presos.
A essa equipe se juntarão outros seis procuradores. Todos investigarão "os casos complexos da empresa brasileira Odebrecht, que envolveram supostos delitos de corrupção, lavagem de dinheiro e crime organizado", segundo o comunicado.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou na semana passada um relatório segundo o qual a Odebrecht pagou subornos em nove países latino-americanos no valor de centenas de milhares de dólares para obter contratos.
Este documento revela que no Panamá a construtora brasileira pagou entre 2010 e 2014 mais de 59 milhões de dólares em subornos em troca de contratos avaliados em mais de 175 milhões de dólares.
Três procuradores panamenhos iniciaram na quarta-feira reuniões em Washington com funcionários do Departamento de Justiça para trocar informações do caso Odebrecht, segundo o comunicado.
A Controladoria do Panamá ordenou na terça-feira a investigação de Carlos Ho González, ex-diretor de Projetos Especiais do Ministério de Obras Públicas, "por suposto enriquecimento injustificado" relacionado à empresa brasileira.
Ho refutou em um comunicado as acusações e manifestou que todo o processo de adjudicação foi "gerido de maneira transparente e em apego às leis".
"Jamais recebi em dinheiro ou em espécie por parte da empresa Odebrecht nem de nenhuma das empresas que participaram como fornecedoras do Estado", acrescentou Ho, funcionário durante os governos de Martín Torrijos (2004-2009) e Martinelli.
O governo panamenho anunciou na terça-feira (27) que proibirá a Odebrecht de participar de licitações até que colabore de forma "efetiva e eficaz" com a Justiça panamenha e "garanta o pagamento das quantias que deverá restituir ao Estado" pelos prejuízos causados, segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Álvaro Alemán.
Em um comunicado, a Odebrecht ressaltou sua disposição em colaborar com a Justiça e assegurou que "está implantando as melhores práticas de 'compliance', baseadas na ética, na transparência e na integridade".
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