Trump propõe aumento 'histórico' de gastos militares
Washington, 27 Fev 2017 (AFP) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu nesta segunda-feira (27) um aumento de US$ US$ 54 bilhões para gastos militares no próximo orçamento federal, o qual também contemplará cortes na ajuda internacional.
"Este orçamento é a expressão da minha promessa de manter os Estados Unidos seguros. Incluirá um aumento histórico nos gastos de defesa", disse o presidente à imprensa, após uma reunião com governadores na Casa Branca.
Um dia antes de seu esperado primeiro discurso no Congresso, Trump antecipou que seu projeto para o próximo orçamento federal se concentrará na "Segurança Nacional" para proteger os americanos.
Uma fonte do governo disse à AFP que o governo pedirá ao Congresso um aumento equivalente a 9% do orçamento militar, o qual será compensando com cortes em outros setores da máquina pública.
"A maioria das agências federais terá uma redução como resultado", disse essa fonte à AFP, pedindo para não ser identificada e sem comentar matérias dos jornais americanos sobre substanciais cortes no Departamento de Estado e na EPA, a Agência de Proteção Ambiental.
Além disso, também acontecerá uma "grande redução na ajuda internacional", completou.
O gasto militar dos Estados Unidos já é o maior do mundo.
O orçamento anual de quase US$ 4 trilhões define as intenções da Presidência. Mas a proposta inicial de Trump, que prometeu limpar o orçamento de gastos supérfluos e redundantes, não inclui planos sobre gastos obrigatórios, ou impostos, que compõem a maior parte das receitas e despesas.
O presidente enfrenta uma dívida federal de US$ 20 trilhões e um déficit de 3,1% do PIB, em alta.
Diante do desafio, suas promessas - como construir um muro na fronteira e acelerar as deportações de imigrantes em situação ilegal - têm um custo calculado em US$ 5,3 trilhões, segundo o apolítico Comitê para um Orçamento Federal Responsável.
- Orçamento descomunalO orçamento americano para defesa aprovado para o ano fiscal em curso - incluindo o Departamento da Defesa, atividades nucleares de defesa e outras correlatas - chega a US$ 615 bilhões.
Esse orçamento é quase o triplo do da China, que tem o segundo maior valor em termos militares, e quase oito vezes superior ao da Rússia, de acordo com o instituto especializado sueco Sipri.
Tradicionalmente, nos EUA, os gastos militares e de defesa correspondem à metade do orçamento federal.
"Conhecerão detalhes amanhã [terça-feira] à noite", disse Trump à imprensa, referindo-se ao discurso no Congresso.
"Será um evento enorme, uma mensagem ao mundo nesses tempos perigosos, sobre a força e a determinação dos Estados Unidos", antecipou o presidente.
Para Trump, os Estados Unidos devem voltar a "ganhar guerras".
"Quando eu era jovem, todo o mundo dizia que os Estados Unidos nunca perderam uma guerra. Lembram disso? Agora, não ganhamos mais nenhuma ", afirmou.
As declarações de Trump provocaram reações imediatas por todos os lados.
- Reação imediataO líder do Partido Democrata no Senado, Chuck Schumer, afirmou que o orçamento militar antecipado por Trump é "moralmente indefensável".
"Esse orçamento moralmente indefensável do presidente Trump vai enviar mais e mais dinheiro para o Pentágono em prejuízo dos mais pobres e do planeta. É uma péssima ideia", comentou o legislador.
Segundo ele, esse aumento nos gastos militares forçará cortes em programas "que beneficiam a classe média, protegem os consumidores e asseguram a qualidade do ar e da água", completou.
Já o senador Chris Coons insistiu na necessidade de manter recursos para a diplomacia e para o desenvolvimento e lembrou da frase pronunciada em 2013 pelo general James Mattis, atual secretário da Defesa de Trump: "Se não se financiar o Departamento de Estado, teremos de comprar mais munições".
Notório crítico de Trump, o senador republicano John McCain manteve seu tom por considerar que o aumento foi menor do que o sugerido inicialmente.
"Podemos fazer melhor", comentou.
No Departamento de Estado, o porta-voz interino, Mark Toner, divulgou um breve comunicado, afirmando que a pasta "está comprometida com uma política externa que melhore a segurança e a prosperidade dos americanos".
Ainda segundo ele, o Departamento atuará com a Casa Branca para definir "prioridades orçamentárias".
O diretor do Escritório de Orçamento da Casa Branca, Rick Mulvaney, considerou a ideia coerente com as propostas de campanha de Trump.
"Estamos pegando suas palavras e transformando-as em políticas e números", afirmou.
No início de fevereiro, em audiências no Congresso, membros da cadeia de comando militar afirmaram que as Forças Armadas se encontram claramente enfraquecidas, depois de anos de cortes orçamentários e de mais de duas décadas de participação em conflitos.
O agora ex-presidente Barack Obama aplicou reduções no orçamento de defesa depois do fim das operações americanas em larga escala no Iraque e no Afeganistão.
"Este orçamento é a expressão da minha promessa de manter os Estados Unidos seguros. Incluirá um aumento histórico nos gastos de defesa", disse o presidente à imprensa, após uma reunião com governadores na Casa Branca.
Um dia antes de seu esperado primeiro discurso no Congresso, Trump antecipou que seu projeto para o próximo orçamento federal se concentrará na "Segurança Nacional" para proteger os americanos.
Uma fonte do governo disse à AFP que o governo pedirá ao Congresso um aumento equivalente a 9% do orçamento militar, o qual será compensando com cortes em outros setores da máquina pública.
"A maioria das agências federais terá uma redução como resultado", disse essa fonte à AFP, pedindo para não ser identificada e sem comentar matérias dos jornais americanos sobre substanciais cortes no Departamento de Estado e na EPA, a Agência de Proteção Ambiental.
Além disso, também acontecerá uma "grande redução na ajuda internacional", completou.
O gasto militar dos Estados Unidos já é o maior do mundo.
O orçamento anual de quase US$ 4 trilhões define as intenções da Presidência. Mas a proposta inicial de Trump, que prometeu limpar o orçamento de gastos supérfluos e redundantes, não inclui planos sobre gastos obrigatórios, ou impostos, que compõem a maior parte das receitas e despesas.
O presidente enfrenta uma dívida federal de US$ 20 trilhões e um déficit de 3,1% do PIB, em alta.
Diante do desafio, suas promessas - como construir um muro na fronteira e acelerar as deportações de imigrantes em situação ilegal - têm um custo calculado em US$ 5,3 trilhões, segundo o apolítico Comitê para um Orçamento Federal Responsável.
- Orçamento descomunalO orçamento americano para defesa aprovado para o ano fiscal em curso - incluindo o Departamento da Defesa, atividades nucleares de defesa e outras correlatas - chega a US$ 615 bilhões.
Esse orçamento é quase o triplo do da China, que tem o segundo maior valor em termos militares, e quase oito vezes superior ao da Rússia, de acordo com o instituto especializado sueco Sipri.
Tradicionalmente, nos EUA, os gastos militares e de defesa correspondem à metade do orçamento federal.
"Conhecerão detalhes amanhã [terça-feira] à noite", disse Trump à imprensa, referindo-se ao discurso no Congresso.
"Será um evento enorme, uma mensagem ao mundo nesses tempos perigosos, sobre a força e a determinação dos Estados Unidos", antecipou o presidente.
Para Trump, os Estados Unidos devem voltar a "ganhar guerras".
"Quando eu era jovem, todo o mundo dizia que os Estados Unidos nunca perderam uma guerra. Lembram disso? Agora, não ganhamos mais nenhuma ", afirmou.
As declarações de Trump provocaram reações imediatas por todos os lados.
- Reação imediataO líder do Partido Democrata no Senado, Chuck Schumer, afirmou que o orçamento militar antecipado por Trump é "moralmente indefensável".
"Esse orçamento moralmente indefensável do presidente Trump vai enviar mais e mais dinheiro para o Pentágono em prejuízo dos mais pobres e do planeta. É uma péssima ideia", comentou o legislador.
Segundo ele, esse aumento nos gastos militares forçará cortes em programas "que beneficiam a classe média, protegem os consumidores e asseguram a qualidade do ar e da água", completou.
Já o senador Chris Coons insistiu na necessidade de manter recursos para a diplomacia e para o desenvolvimento e lembrou da frase pronunciada em 2013 pelo general James Mattis, atual secretário da Defesa de Trump: "Se não se financiar o Departamento de Estado, teremos de comprar mais munições".
Notório crítico de Trump, o senador republicano John McCain manteve seu tom por considerar que o aumento foi menor do que o sugerido inicialmente.
"Podemos fazer melhor", comentou.
No Departamento de Estado, o porta-voz interino, Mark Toner, divulgou um breve comunicado, afirmando que a pasta "está comprometida com uma política externa que melhore a segurança e a prosperidade dos americanos".
Ainda segundo ele, o Departamento atuará com a Casa Branca para definir "prioridades orçamentárias".
O diretor do Escritório de Orçamento da Casa Branca, Rick Mulvaney, considerou a ideia coerente com as propostas de campanha de Trump.
"Estamos pegando suas palavras e transformando-as em políticas e números", afirmou.
No início de fevereiro, em audiências no Congresso, membros da cadeia de comando militar afirmaram que as Forças Armadas se encontram claramente enfraquecidas, depois de anos de cortes orçamentários e de mais de duas décadas de participação em conflitos.
O agora ex-presidente Barack Obama aplicou reduções no orçamento de defesa depois do fim das operações americanas em larga escala no Iraque e no Afeganistão.
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