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Zoológico belga encurta chifres de rinocerontes para evitar roubo

Bruno e Gracie, os dois rinocerontes que restaram no zoológico Thoiry, na França - Christophe Ena/AP
Bruno e Gracie, os dois rinocerontes que restaram no zoológico Thoiry, na França Imagem: Christophe Ena/AP

11/03/2017 16h06

O zoológico Pairi Daiza, na Bélgica, decidiu encurtar os chifres dos seus rinocerontes depois da morte de um exemplar no zoológico francês de Thoiry, abatido por indivíduos que levaram seu chifre principal, anunciou neste sábado o diretor do estabelecimento belga.

O veterinário do parque encurtará, "temporariamente e como medida adicional aos protocolos de segurança atuais", os chifres dos rinocerontes, afirma Eric Domb na página de Facebook do Pairi Daiza.

"Este ato ignóbil é uma novidade na Europa, mas responde a uma sucessão de roubos de chifres perpetrados em vários museus europeus", aponta o diretor.

Em 6 de março, Vince, um rinoceronte branco de quatro anos do parque de Thoiry , ao oeste de Paris, foi morto com tiros na cabeça por vários indivíduos que serraram e roubaram seu chifre principal.

Os investigadores acreditam que se trata de um crime de tráfico organizado, geralmente destinado a países asiáticos onde são atribuídas diversas propriedades médicas sem fundamento científico aos chifres de rinocerontes, como curar o câncer ou a impotência sexual.

Os chifres são vendidos por até 60 mil dólares o quilo no mercado negro, o dobro do preço do ouro.

"Usada com frequência em vários parques nacionais africanos, esta técnica é considerada atualmente a única ação realmente dissuasiva", diz Eric Domb em sua mensagem.

Os chifres de rinoceronte, feitos de queratina, são facilmente reduzidos e voltam a crescer, como as unhas e o cabelo.