Trump aprova projeto de oleoduto vetado por Obama por questões ambientais
Washington, 24 Mar 2017 (AFP) - O presidente Estados Unidos, Donald Trump, agradou empresários e irritou defensores do meio ambiente ao autorizar nesta sexta-feira a canadense TransCanada a construir o oleoduto Keyston XL, dando assim a aprovação final a um projeto congelado pelo governo de Barack Obama.
"Hoje é um grande dia para os empregos nos Estados Unidos e um momento histórico para a América do Norte e para a independência energética", disse Trump.
"Os oleodutos são muito mais seguros do que outras formas de transporte", afirmou, lamentando que o projeto tenha demorado muito.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, também se declarou "muito feliz" pela decisão e enfatizou o desejo do Canadá de ser sócio de Washington para ajudar os EUA a garantirem suas provisões energéticas.
"Encaminhar nossa produção para os mercados é essencial para o crescimento econômico americano", afirmou Trudeau em uma entrevista coletiva em Montreal.
Em um relatório publicado há dois anos, o Departamento de Estado calculou que a obra geraria 50 empregos permanentes e aproximadamente 42.000 diretos e indiretos durante a construção desse oleoduto de 1.900 km de extensão.
Keystone XL atravessará cerca de 500 km de territórios canadenses de Alberta e 1.400 km dentro dos Estados Unidos até refinarias no Golfo do México.
Após uma nova revisão do projeto, o subsecretário de Estado Thomas Shannon outorgou a permissão presidencial, concluindo, entre outras coisas, que "servirá ao interesse nacional", segundo o Departamento de Estado.
O oleoduto "melhorará a segurança energética, criará empregos e beneficiará o crescimento econômico", informou a Câmara de Comércio dos EUA.
O titular da diplomacia americana, Rex Tillerson, ex-presidente da companhia de petróleo ExxonMobil, não participou na decisão após as denúncias sobre conflitos de interesse no assunto.
TransCanada grataA TransCanada agradeceu ao governo americano pela revisão e aprovação do projeto.
"Este é um momento importante para o projeto Keystone XL", disse o presidente e diretor-executivo da companhia canadense, Russ Girling.
A companhia espera poder trabalhar com a Casa Branca "enquanto continuamos investindo e fortalecendo a infraestrutura energética da América do Norte", acrescentou em um comunicado.
A TransCanada tem um investimento total de 15 bilhões de dólares "que criará milhares de postos de trabalhos bem pagos e gerará ganhos econômicos substanciais nos Estados Unidos".
Segundo a TransCanada, este projeto contribuirá com 3,4 bilhões de dólares no Produto Interno Bruto dos EUA.
A empresa agora ainda precisa trabalhar junto a autoridades e residentes para obter as permissões e aprovações necessárias para fazer avançar o projeto de construção e, Nebraska, Montana e Dakota do Sul, informou a companhia.
Duramente criticado por ambientalistas, o projeto ganhou em 2012 um novo traçado que evitava as reservas naturais.
Os grupos ecologistas concentraram então suas críticas no tipo de petróleo transportado: as areias butaminosas de Alberta requerem uma extração que demanda muita energia e que produz um grande volume de gases de efeito estufa.
Tema espinhosoO Keystone XL foi durante muito tempo um tema espinhoso entre Washington e Ottawa. Defensor fervoroso da indústria petrolífera, o ex-primeiro-ministro canadense Stephen Harper, antecessor de Justin Trudeau, diversas vezes defendeu em vão o projeto para o governo Obama.
Sete anos após o primeiro pedido, Obama se recusou em novembro de 2015 a conceder à TransCanada a permissão presidencial necessária para iniciar os trabalhos, alegando que não era de "interesse nacional".
"O oleoduto não fará baixar o preço dos combustíveis para os consumidores americanos", disse Obama, alegando que a obra também não reforçaria "a segurança energética dos Estados Unidos".
A TransCanada respondeu em janeiro de 2016 nos tribunais dos Estados Unidos com uma demanda de 15 bilhões de dólares por perdas e danos.
A companhia aposta nesse oleoduto para transportar o petróleo canadense a novos mercados. Os atuais dutos estão saturados e os produtores canadenses de hidrocarbonetos pretendem enviar petróleo a refinarias do Golfo do México, de onde poderá ser exportado a outros países.
"Hoje é um grande dia para os empregos nos Estados Unidos e um momento histórico para a América do Norte e para a independência energética", disse Trump.
"Os oleodutos são muito mais seguros do que outras formas de transporte", afirmou, lamentando que o projeto tenha demorado muito.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, também se declarou "muito feliz" pela decisão e enfatizou o desejo do Canadá de ser sócio de Washington para ajudar os EUA a garantirem suas provisões energéticas.
"Encaminhar nossa produção para os mercados é essencial para o crescimento econômico americano", afirmou Trudeau em uma entrevista coletiva em Montreal.
Em um relatório publicado há dois anos, o Departamento de Estado calculou que a obra geraria 50 empregos permanentes e aproximadamente 42.000 diretos e indiretos durante a construção desse oleoduto de 1.900 km de extensão.
Keystone XL atravessará cerca de 500 km de territórios canadenses de Alberta e 1.400 km dentro dos Estados Unidos até refinarias no Golfo do México.
Após uma nova revisão do projeto, o subsecretário de Estado Thomas Shannon outorgou a permissão presidencial, concluindo, entre outras coisas, que "servirá ao interesse nacional", segundo o Departamento de Estado.
O oleoduto "melhorará a segurança energética, criará empregos e beneficiará o crescimento econômico", informou a Câmara de Comércio dos EUA.
O titular da diplomacia americana, Rex Tillerson, ex-presidente da companhia de petróleo ExxonMobil, não participou na decisão após as denúncias sobre conflitos de interesse no assunto.
TransCanada grataA TransCanada agradeceu ao governo americano pela revisão e aprovação do projeto.
"Este é um momento importante para o projeto Keystone XL", disse o presidente e diretor-executivo da companhia canadense, Russ Girling.
A companhia espera poder trabalhar com a Casa Branca "enquanto continuamos investindo e fortalecendo a infraestrutura energética da América do Norte", acrescentou em um comunicado.
A TransCanada tem um investimento total de 15 bilhões de dólares "que criará milhares de postos de trabalhos bem pagos e gerará ganhos econômicos substanciais nos Estados Unidos".
Segundo a TransCanada, este projeto contribuirá com 3,4 bilhões de dólares no Produto Interno Bruto dos EUA.
A empresa agora ainda precisa trabalhar junto a autoridades e residentes para obter as permissões e aprovações necessárias para fazer avançar o projeto de construção e, Nebraska, Montana e Dakota do Sul, informou a companhia.
Duramente criticado por ambientalistas, o projeto ganhou em 2012 um novo traçado que evitava as reservas naturais.
Os grupos ecologistas concentraram então suas críticas no tipo de petróleo transportado: as areias butaminosas de Alberta requerem uma extração que demanda muita energia e que produz um grande volume de gases de efeito estufa.
Tema espinhosoO Keystone XL foi durante muito tempo um tema espinhoso entre Washington e Ottawa. Defensor fervoroso da indústria petrolífera, o ex-primeiro-ministro canadense Stephen Harper, antecessor de Justin Trudeau, diversas vezes defendeu em vão o projeto para o governo Obama.
Sete anos após o primeiro pedido, Obama se recusou em novembro de 2015 a conceder à TransCanada a permissão presidencial necessária para iniciar os trabalhos, alegando que não era de "interesse nacional".
"O oleoduto não fará baixar o preço dos combustíveis para os consumidores americanos", disse Obama, alegando que a obra também não reforçaria "a segurança energética dos Estados Unidos".
A TransCanada respondeu em janeiro de 2016 nos tribunais dos Estados Unidos com uma demanda de 15 bilhões de dólares por perdas e danos.
A companhia aposta nesse oleoduto para transportar o petróleo canadense a novos mercados. Os atuais dutos estão saturados e os produtores canadenses de hidrocarbonetos pretendem enviar petróleo a refinarias do Golfo do México, de onde poderá ser exportado a outros países.
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