Milhares de pessoas manifestam em Roma a favor e contra a UE
Roma, 25 Mar 2017 (AFP) - Milhares de pessoas se reuniram neste sábado em vários pontos de Roma em marchas organizadas contra e a favor da União Europeia (UE), que celebra o 60º aniversário da assinatura do tratado que deu origem à entidade.
Mais de 10.000 pessoas marcharam pacificamente em direção ao Coliseu acenando bandeiras e faixas nas cores verde e vermelho com o lema "Nuestra Europa".
Os manifestantes pedem às autoridades europeias que abandonem as políticas de austeridade e anti-migratórias, que violam os ideais fundadores da União Europeia assinados no Tratado de Roma em 1957.
Sob um sol de primavera e ao som da canção antifascista "Bella Ciao", os manifestantes marcharam atrás das bandeiras dos maiores sindicatos italianos e de organizações como o Greenpeace.
"Estamos aqui para pedir uma Europa que não defenda os bancos e a burocracia, que garanta os direitos dos trabalhadores e estudantes", disse à AFP o italiano Giovanni Zannier, de 22 anos, estudante de Relações Internacionais.
"A Europa está se desintegrando, temos apenas dez anos para salvá-la", declarou na sexta-feira o ex-ministro grego das Finanças Yanis Varoufakis, um dos organizadores "da marcha para uma Europa diferente".
No Coliseu, uniram-se a outros manifestantes, os partidários de uma Europa federal.
Forte esquema de segurançaAs autoridades da capital organizaram um forte esquema de segurança na Cidade Eterna, temendo atos de violência e vandalismo, além da ameaça de ataques após o ocorrido na quarta-feira em Londres e o ataque no aeroporto de Orly, ao sul de Paris.
"Sempre seremos europeus", dizia outro cartaz, criticando a decisão do Reino Unido de deixar a UE.
"Este é o 60º aniversário de um tratado que foi assinado quando eu tinha 15 anos. Nasci com a guerra e o grande movimento europeu tornou-se, portanto, o meu ideal político", confessou à AFP Catherine Chastanet, uma aposentada parisiense de 74 anos, que viajou da França para participar da marcha.
"Acreditamos que a Europa deve tornar-se um conjunto de Estados unidos", explicou por sua vez o italiano Sergio Enrico, de 77 anos, membro do Movimento Federalista Europeu (MFE), que marchava com sua esposa.
Enquanto isso, em outra praça da cidade, começou a marcha "Euro-stop", formada por muitos jovens, que marchavam em direção ao centro da cidade, literalmente blindados.
Trata-se do evento mais preocupante, uma vez que teve a aderência dos temidos "black blocks", formação anarquista que distingue-se pela violência e confrontos com a polícia.
Cerca de 5.000 agentes estão mobilizados na cidade. A polícia anunciou que encontrou esta manhã a bordo de vários veículos, máscaras, barras de ferro e mochilas cheias de pedras, entre outros objetos.
Neste contexto, todas as agências de notícias italianas declararam greve neste sábado, em protesto ao projeto do governo de convocar uma licitação pública a nível europeu para a produção de informação.
As agências pedem a manutenção das assinaturas por parte de entidades do Estado, fundamental para sua sobrevivência.
Esta paralisação afeta sobretudo a cobertura da cúpula da UE, mas também a visita do papa Francisco a Milão.
Mais de 10.000 pessoas marcharam pacificamente em direção ao Coliseu acenando bandeiras e faixas nas cores verde e vermelho com o lema "Nuestra Europa".
Os manifestantes pedem às autoridades europeias que abandonem as políticas de austeridade e anti-migratórias, que violam os ideais fundadores da União Europeia assinados no Tratado de Roma em 1957.
Sob um sol de primavera e ao som da canção antifascista "Bella Ciao", os manifestantes marcharam atrás das bandeiras dos maiores sindicatos italianos e de organizações como o Greenpeace.
"Estamos aqui para pedir uma Europa que não defenda os bancos e a burocracia, que garanta os direitos dos trabalhadores e estudantes", disse à AFP o italiano Giovanni Zannier, de 22 anos, estudante de Relações Internacionais.
"A Europa está se desintegrando, temos apenas dez anos para salvá-la", declarou na sexta-feira o ex-ministro grego das Finanças Yanis Varoufakis, um dos organizadores "da marcha para uma Europa diferente".
No Coliseu, uniram-se a outros manifestantes, os partidários de uma Europa federal.
Forte esquema de segurançaAs autoridades da capital organizaram um forte esquema de segurança na Cidade Eterna, temendo atos de violência e vandalismo, além da ameaça de ataques após o ocorrido na quarta-feira em Londres e o ataque no aeroporto de Orly, ao sul de Paris.
"Sempre seremos europeus", dizia outro cartaz, criticando a decisão do Reino Unido de deixar a UE.
"Este é o 60º aniversário de um tratado que foi assinado quando eu tinha 15 anos. Nasci com a guerra e o grande movimento europeu tornou-se, portanto, o meu ideal político", confessou à AFP Catherine Chastanet, uma aposentada parisiense de 74 anos, que viajou da França para participar da marcha.
"Acreditamos que a Europa deve tornar-se um conjunto de Estados unidos", explicou por sua vez o italiano Sergio Enrico, de 77 anos, membro do Movimento Federalista Europeu (MFE), que marchava com sua esposa.
Enquanto isso, em outra praça da cidade, começou a marcha "Euro-stop", formada por muitos jovens, que marchavam em direção ao centro da cidade, literalmente blindados.
Trata-se do evento mais preocupante, uma vez que teve a aderência dos temidos "black blocks", formação anarquista que distingue-se pela violência e confrontos com a polícia.
Cerca de 5.000 agentes estão mobilizados na cidade. A polícia anunciou que encontrou esta manhã a bordo de vários veículos, máscaras, barras de ferro e mochilas cheias de pedras, entre outros objetos.
Neste contexto, todas as agências de notícias italianas declararam greve neste sábado, em protesto ao projeto do governo de convocar uma licitação pública a nível europeu para a produção de informação.
As agências pedem a manutenção das assinaturas por parte de entidades do Estado, fundamental para sua sobrevivência.
Esta paralisação afeta sobretudo a cobertura da cúpula da UE, mas também a visita do papa Francisco a Milão.
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