Irã e grandes potências reunidos em Viena para acordo nuclear
Viena, 25 Abr 2017 (AFP) - O Irã e as grandes potências estão reunidos nesta terça-feira em Viena para fazer um balanço do acordo nuclear de 2015, em um contexto de crescente incerteza sobre a continuidade por parte do presidente americano Donald Trump.
Esta reunião trimestral foi organizada como um procedimento comum deste acordo, em vigor desde janeiro de 2016 e destinado a garantir o caráter estritamente pacífico do programa nuclear iraniano em troca da retirada das sanções internacionais.
Ao fim da sessão, foi confirmado, como previsto, que as partes respeitavam suas obrigações, segundo uma fonte diplomática europeia.
"Foi tudo bem, mas todo mundo está um pouco na expectativa em relação à política que Trump pretende usar e sobre a eleição presidencial iraniana" prevista para o mês que vem, declarou esta fonte ao fim do encontro.
Trump, fervoroso opositor deste pacto considerado um dos principais sucessos diplomáticos de seu antecessor, Barack Obama, voltou a denunciar na quinta-feira um "acordo terrível" que "não deveria ter sido assinado".
Washington anunciou o lançamento de um estudo para saber se a redução das sanções contra o Irã correspondia ao interesse nacional dos Estados Unidos. Esta certificação deve ser comunicada ao Congresso a cada 90 dias.
O porta-voz da Diplomacia americana, Mark Toner, advertiu que este estudo poderia considerar o acordo "em um contexto mais amplo do papel regional e mundial do Irã".
Enquanto a Casa Branca reconheceu em 18 de abril que Teerã estava cumprindo seus compromissos com os termos do acordo, Trump assinalou dois dias depois que o Irã não estava respeitando o "espírito" do mesmo.
Washington censura Teerã especialmente por seu apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad, e aos rebeldes no Iêmen, assim como a continuação de seu programa de mísseis balísticos.
O secretário de Estado, Rex Tillerson, considerou também que o acordo permitia que Teerã "ganhasse tempo", sem "alcançar o objetivo de um Irã não nuclear".
Trump prometeu durante sua campanha eleitoral "destruir" o texto, declarações que nunca mais repetiu desde que assumiu o cargo em janeiro.
Pelo lado iraniano, o acordo é criticado pelos opositores ao presidente moderado, Hassan Rouhani, que visa sua reeleição no mês que vem. O país considera que não existem benefícios econômicos esperados com a retirada das sanções.
Na sexta-feira, o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, acusou os Estados Unidos de terem "burlado" o conteúdo do acordo e seu "espírito", enquanto Washington prorrogou algumas sanções contra Teerã.
O encontro de Viena reúne diretores políticos do Irã e das grandes potências - Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha - que negociaram o acordo em julho de 2015, em Viena. Até o momento não haverá coletiva após o encontro.
phs-stu/at/bc/es/cb/mvv
Esta reunião trimestral foi organizada como um procedimento comum deste acordo, em vigor desde janeiro de 2016 e destinado a garantir o caráter estritamente pacífico do programa nuclear iraniano em troca da retirada das sanções internacionais.
Ao fim da sessão, foi confirmado, como previsto, que as partes respeitavam suas obrigações, segundo uma fonte diplomática europeia.
"Foi tudo bem, mas todo mundo está um pouco na expectativa em relação à política que Trump pretende usar e sobre a eleição presidencial iraniana" prevista para o mês que vem, declarou esta fonte ao fim do encontro.
Trump, fervoroso opositor deste pacto considerado um dos principais sucessos diplomáticos de seu antecessor, Barack Obama, voltou a denunciar na quinta-feira um "acordo terrível" que "não deveria ter sido assinado".
Washington anunciou o lançamento de um estudo para saber se a redução das sanções contra o Irã correspondia ao interesse nacional dos Estados Unidos. Esta certificação deve ser comunicada ao Congresso a cada 90 dias.
O porta-voz da Diplomacia americana, Mark Toner, advertiu que este estudo poderia considerar o acordo "em um contexto mais amplo do papel regional e mundial do Irã".
Enquanto a Casa Branca reconheceu em 18 de abril que Teerã estava cumprindo seus compromissos com os termos do acordo, Trump assinalou dois dias depois que o Irã não estava respeitando o "espírito" do mesmo.
Washington censura Teerã especialmente por seu apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad, e aos rebeldes no Iêmen, assim como a continuação de seu programa de mísseis balísticos.
O secretário de Estado, Rex Tillerson, considerou também que o acordo permitia que Teerã "ganhasse tempo", sem "alcançar o objetivo de um Irã não nuclear".
Trump prometeu durante sua campanha eleitoral "destruir" o texto, declarações que nunca mais repetiu desde que assumiu o cargo em janeiro.
Pelo lado iraniano, o acordo é criticado pelos opositores ao presidente moderado, Hassan Rouhani, que visa sua reeleição no mês que vem. O país considera que não existem benefícios econômicos esperados com a retirada das sanções.
Na sexta-feira, o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, acusou os Estados Unidos de terem "burlado" o conteúdo do acordo e seu "espírito", enquanto Washington prorrogou algumas sanções contra Teerã.
O encontro de Viena reúne diretores políticos do Irã e das grandes potências - Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha - que negociaram o acordo em julho de 2015, em Viena. Até o momento não haverá coletiva após o encontro.
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