Exército filipino ataca islamitas leais ao EI
Marawi, Filipinas, 25 Mai 2017 (AFP) - O exército filipino bombardeou nesta quinta-feira os islamitas inspirados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) no sul do arquipélago, onde, segundo a imprensa, os insurgentes assassinaram civis, o que levou o presidente Rodrigo Duterte a decretar lei marcial na região.
Os combatentes islamitas iniciaram na terça-feira seus ataques contra a cidade de maioria muçulmana de Marawi, situação que levou Duterte a decretar o regime de exceção em toda a região de Mindanao.
A lei marcial é válida sobre o terço meridional do território filipino, área em que moram 20% dos mais de 100 milhões de habitantes do arquipélago.
As autoridades dizem que têm dificuldades para acabar com a crise. Os combatentes islamitas se encontram entrincheirados nos edifícios residenciais, colocaram bombas nas ruas e sequestraram católicos.
"As pessoas têm medo. Não querem abrir os estabelecimentos. Os escritórios estão fechados. Não queremos que as pessoas sejam usadas como escudos humanos", declarou o prefeito de Marawi, Majul Usman Gandamra.
Dois helicópteros militares sobrevoavam a cidade e os blindados percorriam as ruas, ao mesmo tempo que era possível ouvir os tiros de armas armas automáticas.
Muitos dos 200.000 habitantes da cidade fugiram. Segundo o exército, cinco soldados, um policial e 13 extremistas morreram nos confrontos.
- Decapitação -As autoridades não anunciaram vítimas entre os civis, mas o canal GMA divulgou imagens que mostram os corpos de nove pessoas, aparentemente mortas a tiras. As vítimas tinham as mãos atadas.
Estas pessoas foram capturadas em um posto de controle e assassinadas pelos extremistas depois que foram identificadas como cristãs, informou a emissora.
Duterte anunciou na quarta-feira que um chefe de polícia foi decapitado em um posto de controle.
De acordo com fontes militares, os jihadistas são apenas 50 a 100 pessoas.
Pelo menos 12 católicos são mantidos como reféns em uma catedral, segundo o arcebispo da cidade, Edwin Dela Pena.
Os combates em Marawi explodiram depois de um ataque das forças de segurança contra um suposto esconderijo de Isnilon Hapilon, considerado o líder do EI nas Filipinas.
O governo dos Estados Unidos considera Isnilon Hapilon um dos terroristas mais perigosos do mundo e oferece uma recompensa de cinco milhões de dólares por ele. Hapilon também é um dos líderes do Abu Sayyaf, grupo islamita especializado em sequestros.
Mas as forças de segurança registraram um grande fracasso em sua operação. Dezenas de combatentes contra-atacaram, antes de espalhar o caos na cidade, agitando bandeiras do EI.
Os islamitas também atacaram duas prisões, de acordo com Mujiv Hataman, governador de um distrito muçulmano autônomo que inclui Marawi, e incendiaram vários prédios, incluindo uma igreja e uma universidade.
Diante da situação e alegando a intenção de "proteger a população", o presidente Duterte ameaçou na quarta-feira ampliar a lei marcial a todo país, algo que segundo ele poderia recordar o período da ditadura de Ferdinand Marcos.
O Abu Sayyaf, presente na maioria das ilhas mais meridionais de Mindanao, sequestrou centenas de filipinos e estrangeiros desde os anos 1990.
De acordo com especialistas da área de segurança, Isnilon Hapilon se esforça para unir os grupos filipinos que juraram lealdade ao EI.
Desde os anos 1970, a rebelião muçulmana pede uma região autônoma ou independente em Mindanao. Os combates deixaram mais de 130.000 mortos.
Abu Sayyaf, Maute e outros grupos islamistas desejam estabelecer um califado islamita em nome do EI, segundo os especialistas.
ajm-kma/ev/jac/at/bc/acc/fp
Os combatentes islamitas iniciaram na terça-feira seus ataques contra a cidade de maioria muçulmana de Marawi, situação que levou Duterte a decretar o regime de exceção em toda a região de Mindanao.
A lei marcial é válida sobre o terço meridional do território filipino, área em que moram 20% dos mais de 100 milhões de habitantes do arquipélago.
As autoridades dizem que têm dificuldades para acabar com a crise. Os combatentes islamitas se encontram entrincheirados nos edifícios residenciais, colocaram bombas nas ruas e sequestraram católicos.
"As pessoas têm medo. Não querem abrir os estabelecimentos. Os escritórios estão fechados. Não queremos que as pessoas sejam usadas como escudos humanos", declarou o prefeito de Marawi, Majul Usman Gandamra.
Dois helicópteros militares sobrevoavam a cidade e os blindados percorriam as ruas, ao mesmo tempo que era possível ouvir os tiros de armas armas automáticas.
Muitos dos 200.000 habitantes da cidade fugiram. Segundo o exército, cinco soldados, um policial e 13 extremistas morreram nos confrontos.
- Decapitação -As autoridades não anunciaram vítimas entre os civis, mas o canal GMA divulgou imagens que mostram os corpos de nove pessoas, aparentemente mortas a tiras. As vítimas tinham as mãos atadas.
Estas pessoas foram capturadas em um posto de controle e assassinadas pelos extremistas depois que foram identificadas como cristãs, informou a emissora.
Duterte anunciou na quarta-feira que um chefe de polícia foi decapitado em um posto de controle.
De acordo com fontes militares, os jihadistas são apenas 50 a 100 pessoas.
Pelo menos 12 católicos são mantidos como reféns em uma catedral, segundo o arcebispo da cidade, Edwin Dela Pena.
Os combates em Marawi explodiram depois de um ataque das forças de segurança contra um suposto esconderijo de Isnilon Hapilon, considerado o líder do EI nas Filipinas.
O governo dos Estados Unidos considera Isnilon Hapilon um dos terroristas mais perigosos do mundo e oferece uma recompensa de cinco milhões de dólares por ele. Hapilon também é um dos líderes do Abu Sayyaf, grupo islamita especializado em sequestros.
Mas as forças de segurança registraram um grande fracasso em sua operação. Dezenas de combatentes contra-atacaram, antes de espalhar o caos na cidade, agitando bandeiras do EI.
Os islamitas também atacaram duas prisões, de acordo com Mujiv Hataman, governador de um distrito muçulmano autônomo que inclui Marawi, e incendiaram vários prédios, incluindo uma igreja e uma universidade.
Diante da situação e alegando a intenção de "proteger a população", o presidente Duterte ameaçou na quarta-feira ampliar a lei marcial a todo país, algo que segundo ele poderia recordar o período da ditadura de Ferdinand Marcos.
O Abu Sayyaf, presente na maioria das ilhas mais meridionais de Mindanao, sequestrou centenas de filipinos e estrangeiros desde os anos 1990.
De acordo com especialistas da área de segurança, Isnilon Hapilon se esforça para unir os grupos filipinos que juraram lealdade ao EI.
Desde os anos 1970, a rebelião muçulmana pede uma região autônoma ou independente em Mindanao. Os combates deixaram mais de 130.000 mortos.
Abu Sayyaf, Maute e outros grupos islamistas desejam estabelecer um califado islamita em nome do EI, segundo os especialistas.
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