Os candidatos de Maduro à Constituinte venezuelana
Caracas, 22 Jun 2017 (AFP) - O temido número dois do chavismo, a primeira-dama e sua beligerante chanceler. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, colocou os principais aliados do governo na linha de frente para seguir com o seu projeto de Assembleia Constituinte.
Os 545 legisladores serão eleitos em 30 de julho, mas a oposição não participará por considerar que o sistema eleitoral é "fraudulento" e garantirá o controle total do governo sobre uma Constituinte que comandará o país com um "superpoder".
O presidente assegura que ela irá trazer a estabilidade política e econômica ao país, que sofre com protestos que já deixaram 74 mortos em quase três meses.
Estes são os seus principais candidatos a legisladores:
- Diosdado Cabello:Vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), 54 anos, Diosdado Cabello é ex-presidente da Assembleia Nacional e atual deputado no Parlamento.
Em seu programa de televisão, transmitido semanalmente pela emissora estatal VTV, usa o sarcasmo para desqualificar os dirigentes opositores: a coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD) é chamada de "O charco".
Em um ato público na semana passada, o ex-vice-presidente Aristóbulo Istúriz o apresentou como "o terror dos esquálidos" (opositores).
Como tenente, participou da tentativa de golpe de 1992 contra o então presidente Carlos Andrés Pérez, liderada por Hugo Chávez.
Foi vice-presidente e assumiu como chefe de Estado durante poucas horas em um golpe em abril de 2002 contra Chávez.
Também foi governador do estado de Miranda, ministro da Justiça e de Infraestrutura, e diretor da Comissão de Telecomunicações, que fechou 32 emissoras de rádio em 2009.
- Cilia Flores:"A primeira combatente", como Maduro chama sua esposa, Cilia Flores. Advogada de 60 anos, atualmente é deputada pelo estado onde nasceu, Cojedes.
Foi uma das defensoras de Chávez quando foi preso depois da tentativa de golpe de 1992.
Durante o governo de Chávez (1999-2013) ocupou altos postos no partido e no Estado, incluindo os de presidente do Parlamento e de procuradora.
Em novembro de 2015 foi atingida pelo escândalo que acabou com a prisão de dois de seus sobrinhos pela Agência americana Antidrogas (DEA) no Haiti. A justiça dos Estados Unidos os declarou culpados de tentar traficar cocaína para este país.
Casou-se com Maduro em julho de 2013. O presidente a chama frequentemente de "Cilita, la bonita" nos atos públicos e em seus discursos na televisão, onde sempre o acompanha.
- Delcy Rodríguez:Advogada de 48 anos, Delcy Rodríguez foi chanceler de Maduro de dezembro de 2014 até quarta-feira, uma época marcada por fortes tensões com Estados Unidos, vários governos da América Latina, Espanha e fóruns como a Organização dos Estados Americanos (OEA).
Sob seu comando diplomático, a Venezuela decidiu em abril se retirar da OEA, elaborando uma grande lista de insultos ao secretário-geral Luis Almagro.
Sua última ação como chanceler foi nesta semana na Assembleia Geral da OEA em Cancún, que marcou o adeus da Venezuela, onde durante três dias trocou acusações com vários de seus colegas, como os representantes de México, Honduras e Costa Rica.
Protagonizou memoráveis choques com presidentes da região, entre eles Mauricio Macri (Argentina) e Pedro Pablo Kuczynski (Peru).
Foi dirigente estudantil, ministra de Gabinete da Presidência durante o governo de Chávez e ministra da Comunicação e Informação (2013-2014).
É filha de um dirigente comunista assassinado em 1976 e irmã de Jorge Rodríguez, prefeito do município de Libertador.
- Aristóbulo Istúriz -Professor de educação básica, de 70 anos, Aristóbulo Istúriz passou por múltiplos cargos durante os governos de Chávez e de Maduro.
Piadista, este professor negro e com passado político na Ação Democrática (AD) - um dos partidos tradicionais da Venezuela que critica -, foi vice-presidente de Maduro de janeiro de 2016 a janeiro de 2017.
Após ser destituído da vice-presidência por Maduro, assumiu como ministro das Comunas e Movimentos Sociais. Foi sindicalista, deputado, prefeito, ministro da Educação e governador do estado Anzoátegui entre 2012 e 2016.
Tem fama de conciliador e mantém diálogo e amizade com os dirigentes da AD, mas no último ano subiu o tom contra a oposição.
- Adán Chávez -Irmão mais velho do ex-presidente Chávez, Adán Chávez, de 64 anos, foi ministro da Cultura e da Educação e governador do estado de Barinas, berço da família, e embaixador da Venezuela em Cuba.
Físico e professor de Matemática, muito parecido com seu irmão, se relacionou durante a juventude com movimentos revolucionários e de esquerda na Venezuela. É um dos fundadores do PSUV.
No fim de 2016, deputados opositores falaram em relações obscuras durante o seu governo em Barinas. Um tribunal deste estado proibiu a publicação na imprensa de denúncias sobre acusações de corrupção contra ele, que não foram abordadas na justiça.
Os 545 legisladores serão eleitos em 30 de julho, mas a oposição não participará por considerar que o sistema eleitoral é "fraudulento" e garantirá o controle total do governo sobre uma Constituinte que comandará o país com um "superpoder".
O presidente assegura que ela irá trazer a estabilidade política e econômica ao país, que sofre com protestos que já deixaram 74 mortos em quase três meses.
Estes são os seus principais candidatos a legisladores:
- Diosdado Cabello:Vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), 54 anos, Diosdado Cabello é ex-presidente da Assembleia Nacional e atual deputado no Parlamento.
Em seu programa de televisão, transmitido semanalmente pela emissora estatal VTV, usa o sarcasmo para desqualificar os dirigentes opositores: a coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD) é chamada de "O charco".
Em um ato público na semana passada, o ex-vice-presidente Aristóbulo Istúriz o apresentou como "o terror dos esquálidos" (opositores).
Como tenente, participou da tentativa de golpe de 1992 contra o então presidente Carlos Andrés Pérez, liderada por Hugo Chávez.
Foi vice-presidente e assumiu como chefe de Estado durante poucas horas em um golpe em abril de 2002 contra Chávez.
Também foi governador do estado de Miranda, ministro da Justiça e de Infraestrutura, e diretor da Comissão de Telecomunicações, que fechou 32 emissoras de rádio em 2009.
- Cilia Flores:"A primeira combatente", como Maduro chama sua esposa, Cilia Flores. Advogada de 60 anos, atualmente é deputada pelo estado onde nasceu, Cojedes.
Foi uma das defensoras de Chávez quando foi preso depois da tentativa de golpe de 1992.
Durante o governo de Chávez (1999-2013) ocupou altos postos no partido e no Estado, incluindo os de presidente do Parlamento e de procuradora.
Em novembro de 2015 foi atingida pelo escândalo que acabou com a prisão de dois de seus sobrinhos pela Agência americana Antidrogas (DEA) no Haiti. A justiça dos Estados Unidos os declarou culpados de tentar traficar cocaína para este país.
Casou-se com Maduro em julho de 2013. O presidente a chama frequentemente de "Cilita, la bonita" nos atos públicos e em seus discursos na televisão, onde sempre o acompanha.
- Delcy Rodríguez:Advogada de 48 anos, Delcy Rodríguez foi chanceler de Maduro de dezembro de 2014 até quarta-feira, uma época marcada por fortes tensões com Estados Unidos, vários governos da América Latina, Espanha e fóruns como a Organização dos Estados Americanos (OEA).
Sob seu comando diplomático, a Venezuela decidiu em abril se retirar da OEA, elaborando uma grande lista de insultos ao secretário-geral Luis Almagro.
Sua última ação como chanceler foi nesta semana na Assembleia Geral da OEA em Cancún, que marcou o adeus da Venezuela, onde durante três dias trocou acusações com vários de seus colegas, como os representantes de México, Honduras e Costa Rica.
Protagonizou memoráveis choques com presidentes da região, entre eles Mauricio Macri (Argentina) e Pedro Pablo Kuczynski (Peru).
Foi dirigente estudantil, ministra de Gabinete da Presidência durante o governo de Chávez e ministra da Comunicação e Informação (2013-2014).
É filha de um dirigente comunista assassinado em 1976 e irmã de Jorge Rodríguez, prefeito do município de Libertador.
- Aristóbulo Istúriz -Professor de educação básica, de 70 anos, Aristóbulo Istúriz passou por múltiplos cargos durante os governos de Chávez e de Maduro.
Piadista, este professor negro e com passado político na Ação Democrática (AD) - um dos partidos tradicionais da Venezuela que critica -, foi vice-presidente de Maduro de janeiro de 2016 a janeiro de 2017.
Após ser destituído da vice-presidência por Maduro, assumiu como ministro das Comunas e Movimentos Sociais. Foi sindicalista, deputado, prefeito, ministro da Educação e governador do estado Anzoátegui entre 2012 e 2016.
Tem fama de conciliador e mantém diálogo e amizade com os dirigentes da AD, mas no último ano subiu o tom contra a oposição.
- Adán Chávez -Irmão mais velho do ex-presidente Chávez, Adán Chávez, de 64 anos, foi ministro da Cultura e da Educação e governador do estado de Barinas, berço da família, e embaixador da Venezuela em Cuba.
Físico e professor de Matemática, muito parecido com seu irmão, se relacionou durante a juventude com movimentos revolucionários e de esquerda na Venezuela. É um dos fundadores do PSUV.
No fim de 2016, deputados opositores falaram em relações obscuras durante o seu governo em Barinas. Um tribunal deste estado proibiu a publicação na imprensa de denúncias sobre acusações de corrupção contra ele, que não foram abordadas na justiça.
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