Paquistão atingido por atentados pouco antes do fim do Ramadã
Quetta, Paquistão, 23 Jun 2017 (AFP) - Quatro atentados, dois deles quase simultâneos, foram registrados nesta sexta-feira no Paquistão, na véspera do fim do mês sagrado do Ramadã, com mais de 50 mortos e dezenas de feridos.
O primeiro ataque teve como alvo um veículo da polícia em Quetta, capital da instável província do Baluchistão (sudoeste), com um balanço de 13 mortos.
Os outros dois ataques ocorreram consecutivamente em um mercado lotado de pessoas que faziam as compras para o iftar, a refeição de quebra do jejum, com 37 mortos e mais de 150 feridos em Parachinar, na fronteira com o Afeganistão, segundo um novo balanço oficial.
O ataque em Quetta foi reivindicado ao mesmo tempo pelos grupos extremistas Estado Islâmico (EI) e Jamaat-ul-Ahrar, uma facção do Talibã paquistanês (TTP).
As duas organizações deram detalhes conflitantes sobre o ataque, de acordo com o SITE, um centro americano especializado no monitoramento dos movimentos extremistas.
O Estado Islâmico na Província de Khorasan, facção do grupo no Paquistão e no Afeganistão, assumiu a responsabilidade por vários ataques nos últimos meses no Baluchistão, algumas vezes em colaboração com grupos locais como Jamaat-ul-Ahrar.
Pelo menos 20 pessoas ficaram feridas na explosão, que ocorreu em frente ao escritório do chefe da polícia local, indicou Fareed Ahmed, médico do Hospital Civil.
Nove dos mortos eram policiais, explicou o chefe de polícia, Abdul Razzak Cheema.
"Estava sentando quando a explosão aconteceu, acabei caindo", explicou à AFP Gulzar Ahmad, uma das vítimas, ainda perturbado com o atentado.
O Baluchistão, uma zona rica em recursos naturais abalada por uma insurreição separatista e a violência islamita, faz fronteira com o Irã e o Afeganistão. É a maior província do país, com sete milhões de habitantes.
Apesar das operações militares e dos programas de desenvolvimento, que permitiram diminuir a violência, os atentados seguem acontecendo esporadicamente.
A região é estratégica por ser o ponto final de um corredor de desenvolvimento entre a China e o Paquistão.
Atentado duploHoras mais tarde, no norte do país, um duplo atentado em um mercado lotado de pessoas causou ao menos 37 mortos, segundo anunciaram as autoridades locais.
"A primeira explosão aconteceu no mercado e quando os serviços de emergência chegaram no local para socorrer os feridos, uma segunda explosão aconteceu", informou Nasrullah Khan, um oficial local.
Este atentado duplo ainda não foi reivindicado.
Os mercados desta cidade isolada, perto da fronteira afegã, já sofreram dois grandes ataques este ano, respectivamente com 22 e 24 mortes.
Os muçulmanos xiitas, que representam aproximadamente 20% da população do Paquistão, são considerados hereges pelos grupos armados paquistaneses de confissão sunita.
Por esta razão, "os souks (mercados populares) são protegidos por barreiras e os veículos não são permitidos", segundo Sajid Hussain Turi, uma autoridade local, proprietário do mercado que sofreu o ataque nesta sexta-feira.
Outro ataque foi cometido na grande cidade portuária de Karachi, onde homens armados em uma motocicleta metralharam e mataram quatro policiais em um restaurante, indicou Asif Bughio, responsável da polícia local.
mak-la-sjd/cnp/mr/jz/gm/cb
O primeiro ataque teve como alvo um veículo da polícia em Quetta, capital da instável província do Baluchistão (sudoeste), com um balanço de 13 mortos.
Os outros dois ataques ocorreram consecutivamente em um mercado lotado de pessoas que faziam as compras para o iftar, a refeição de quebra do jejum, com 37 mortos e mais de 150 feridos em Parachinar, na fronteira com o Afeganistão, segundo um novo balanço oficial.
O ataque em Quetta foi reivindicado ao mesmo tempo pelos grupos extremistas Estado Islâmico (EI) e Jamaat-ul-Ahrar, uma facção do Talibã paquistanês (TTP).
As duas organizações deram detalhes conflitantes sobre o ataque, de acordo com o SITE, um centro americano especializado no monitoramento dos movimentos extremistas.
O Estado Islâmico na Província de Khorasan, facção do grupo no Paquistão e no Afeganistão, assumiu a responsabilidade por vários ataques nos últimos meses no Baluchistão, algumas vezes em colaboração com grupos locais como Jamaat-ul-Ahrar.
Pelo menos 20 pessoas ficaram feridas na explosão, que ocorreu em frente ao escritório do chefe da polícia local, indicou Fareed Ahmed, médico do Hospital Civil.
Nove dos mortos eram policiais, explicou o chefe de polícia, Abdul Razzak Cheema.
"Estava sentando quando a explosão aconteceu, acabei caindo", explicou à AFP Gulzar Ahmad, uma das vítimas, ainda perturbado com o atentado.
O Baluchistão, uma zona rica em recursos naturais abalada por uma insurreição separatista e a violência islamita, faz fronteira com o Irã e o Afeganistão. É a maior província do país, com sete milhões de habitantes.
Apesar das operações militares e dos programas de desenvolvimento, que permitiram diminuir a violência, os atentados seguem acontecendo esporadicamente.
A região é estratégica por ser o ponto final de um corredor de desenvolvimento entre a China e o Paquistão.
Atentado duploHoras mais tarde, no norte do país, um duplo atentado em um mercado lotado de pessoas causou ao menos 37 mortos, segundo anunciaram as autoridades locais.
"A primeira explosão aconteceu no mercado e quando os serviços de emergência chegaram no local para socorrer os feridos, uma segunda explosão aconteceu", informou Nasrullah Khan, um oficial local.
Este atentado duplo ainda não foi reivindicado.
Os mercados desta cidade isolada, perto da fronteira afegã, já sofreram dois grandes ataques este ano, respectivamente com 22 e 24 mortes.
Os muçulmanos xiitas, que representam aproximadamente 20% da população do Paquistão, são considerados hereges pelos grupos armados paquistaneses de confissão sunita.
Por esta razão, "os souks (mercados populares) são protegidos por barreiras e os veículos não são permitidos", segundo Sajid Hussain Turi, uma autoridade local, proprietário do mercado que sofreu o ataque nesta sexta-feira.
Outro ataque foi cometido na grande cidade portuária de Karachi, onde homens armados em uma motocicleta metralharam e mataram quatro policiais em um restaurante, indicou Asif Bughio, responsável da polícia local.
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