Morte da princesa Diana: uma semana de luto que abalou a monarquia
Paris, 29 Ago 2017 (AFP) - No dia 31 de agosto de 1997, a princesa Diana morreu em um acidente de trânsito em Paris. Durante uma semana, até o funeral acompanhado por uma multidão, o Reino Unido passou por um momento de luto sem precedentes que estremeceu a monarquia.
Divorciada há um ano do príncipe Charles, a mulher de 36 anos e seu namorado, o produtor de cinema egípcio Dodi Al Fayed, foram perseguidos durante todo o verão no Mediterrâneo pelos paparazzi.
Em 30 de agosto, o casal chegou durante a tarde a Paris e foi jantar no Ritz, um hotel de luxo na praça Vendôme, antes de tentar deixar o local de modo discreto pouco depois da meia-noite em um Mercedes.
Perseguido por fotógrafos que estavam em uma motocicleta, o automóvel entrou em alta velocidade em um túnel e bateu em uma pilastra de cimento.
Diana foi retirada pelas equipes de emergência do Mercedes destruído. Dodi Al Fayed e o motorista, que segundo a investigação tinha um nível elevado de álcool no sangue, morreram na hora. O segurança ficou gravemente ferido.
Sete fotógrafos foram detidos. No dia seguinte, as fotos do acidente foram vendidas para revistas por um milhão de dólares.
A princesa, que sofreu uma grave hemorragia interna, foi transportada para o hospital Pitié-Salpêtrière. Às 4h, foi declarada morta.
O embaixador da França ligou para os assistentes da rainha Elizabeth II em Balmoral, na Escócia, onde o duque de Edimburgo, o príncipe Charles e seus filhos, os príncipes William, então com 15 anos, e Harry, de 12, passavam o verão.
- 'Princesa do povo' -O Reino Unido acordou de luto. Sem conter as lágrimas, centenas de londrinos começaram a depositar flores diante dos palácios de Buckingham e Kensington, a residência da princesa.
Com a voz embargada pela emoção, o então jovem primeiro-ministro, o trabalhista Tony Blair, prestou uma homenagem à "princesa do povo".
O mundo inteiro expressou consternação com a morte. O presidente americano, Bill Clinton, disse que estava "profundamente entristecido". Na Índia, madre Teresa rezou por Diana. Michael Jackson, "consternado", cancelou um show na Bélgica.
Os paparazzi foram os primeiros acusados. O irmão de Diana, Charles Spencer, culpou os tabloides, que segundo ele tinham "sangue nas mãos".
Em posição incômoda, a imprensa popular elevou Diana ao patamar de ícone. "Nasceu lady. Depois foi nossa princesa. A morte fez dela uma santa", escreveu o Daily Mirror.
O fervor popular era cada vez maior. No palácio de Saint-James, onde estava o corpo, a espera até os livros de condolências chegava a 11 horas.
"A imagem das flores é impressionante: um verdadeiro mar de quase 100 metros de comprimento", escreveu a AFP.
- As palavras da rainha -A organização do funeral foi um quebra-cabeças. Desde seu divórcio, Lady Di não tinha mais direito ao título de alteza real, nem a uma cerimônia nacional. Mas os britânicos exigiam uma homenagem à altura de sua "rainha dos corações".
O descontentamento da opinião pública aumentava à medida que se prolongava o silêncio da família real, que permaneceu entrincheirada em Balmoral.
Furiosos com a ausência de uma bandeira a meio pau no palácio de Buckingham, os jornais exigiam um discurso da rainha aos súditos.
"A família real nos abandonou", criticou o jornal The Sun.
"Ferida", Elizabeth II se resignou a prestar uma homenagem a uma nora que nunca desejou, em uma mensagem exibida na televisão - a segunda em 45 anos de reinado -, antes de se inclinar publicamente diante do caixão.
"Se os Windsor não aprenderem a lição, não vão apenas enterrar Diana, mas também o seu futuro", advertiu o jornal The Guardian.
Uma pesquisa publicada na época mostrava que um em cada quatro britânicos se declarava a favor da abolição da monarquia.
No dia seguinte, quase um milhão de pessoas acompanharam o cortejo fúnebre em silêncio, apenas interrompido pelos choros e pelo som dos sinos.
Cabisbaixos, William e Harry caminharam atrás do caixão, ao lado do príncipe Charles, do duque de Edimburgo, o príncipe Philip, e do conde Spencer, diante dos olhares de 2,5 bilhões telespectadores ao redor do mundo.
Na abadia de Westminster, 2.000 convidados, entre eles Hillary Clinton, Tony Blair, Luciano Pavarotti, Margaret Thatcher e Tom Cruise, assistiram à cerimônia. Elton John interpretou a canção "Candle in the wind", com uma alteração na letra para homenagear Diana.
Durante a tarde, a princesa foi sepultada em uma cerimônia privada em Althorp, noroeste de Londres. Desde então, descansa em um túmulo em uma ilha que foi a residência de sua família.
Divorciada há um ano do príncipe Charles, a mulher de 36 anos e seu namorado, o produtor de cinema egípcio Dodi Al Fayed, foram perseguidos durante todo o verão no Mediterrâneo pelos paparazzi.
Em 30 de agosto, o casal chegou durante a tarde a Paris e foi jantar no Ritz, um hotel de luxo na praça Vendôme, antes de tentar deixar o local de modo discreto pouco depois da meia-noite em um Mercedes.
Perseguido por fotógrafos que estavam em uma motocicleta, o automóvel entrou em alta velocidade em um túnel e bateu em uma pilastra de cimento.
Diana foi retirada pelas equipes de emergência do Mercedes destruído. Dodi Al Fayed e o motorista, que segundo a investigação tinha um nível elevado de álcool no sangue, morreram na hora. O segurança ficou gravemente ferido.
Sete fotógrafos foram detidos. No dia seguinte, as fotos do acidente foram vendidas para revistas por um milhão de dólares.
A princesa, que sofreu uma grave hemorragia interna, foi transportada para o hospital Pitié-Salpêtrière. Às 4h, foi declarada morta.
O embaixador da França ligou para os assistentes da rainha Elizabeth II em Balmoral, na Escócia, onde o duque de Edimburgo, o príncipe Charles e seus filhos, os príncipes William, então com 15 anos, e Harry, de 12, passavam o verão.
- 'Princesa do povo' -O Reino Unido acordou de luto. Sem conter as lágrimas, centenas de londrinos começaram a depositar flores diante dos palácios de Buckingham e Kensington, a residência da princesa.
Com a voz embargada pela emoção, o então jovem primeiro-ministro, o trabalhista Tony Blair, prestou uma homenagem à "princesa do povo".
O mundo inteiro expressou consternação com a morte. O presidente americano, Bill Clinton, disse que estava "profundamente entristecido". Na Índia, madre Teresa rezou por Diana. Michael Jackson, "consternado", cancelou um show na Bélgica.
Os paparazzi foram os primeiros acusados. O irmão de Diana, Charles Spencer, culpou os tabloides, que segundo ele tinham "sangue nas mãos".
Em posição incômoda, a imprensa popular elevou Diana ao patamar de ícone. "Nasceu lady. Depois foi nossa princesa. A morte fez dela uma santa", escreveu o Daily Mirror.
O fervor popular era cada vez maior. No palácio de Saint-James, onde estava o corpo, a espera até os livros de condolências chegava a 11 horas.
"A imagem das flores é impressionante: um verdadeiro mar de quase 100 metros de comprimento", escreveu a AFP.
- As palavras da rainha -A organização do funeral foi um quebra-cabeças. Desde seu divórcio, Lady Di não tinha mais direito ao título de alteza real, nem a uma cerimônia nacional. Mas os britânicos exigiam uma homenagem à altura de sua "rainha dos corações".
O descontentamento da opinião pública aumentava à medida que se prolongava o silêncio da família real, que permaneceu entrincheirada em Balmoral.
Furiosos com a ausência de uma bandeira a meio pau no palácio de Buckingham, os jornais exigiam um discurso da rainha aos súditos.
"A família real nos abandonou", criticou o jornal The Sun.
"Ferida", Elizabeth II se resignou a prestar uma homenagem a uma nora que nunca desejou, em uma mensagem exibida na televisão - a segunda em 45 anos de reinado -, antes de se inclinar publicamente diante do caixão.
"Se os Windsor não aprenderem a lição, não vão apenas enterrar Diana, mas também o seu futuro", advertiu o jornal The Guardian.
Uma pesquisa publicada na época mostrava que um em cada quatro britânicos se declarava a favor da abolição da monarquia.
No dia seguinte, quase um milhão de pessoas acompanharam o cortejo fúnebre em silêncio, apenas interrompido pelos choros e pelo som dos sinos.
Cabisbaixos, William e Harry caminharam atrás do caixão, ao lado do príncipe Charles, do duque de Edimburgo, o príncipe Philip, e do conde Spencer, diante dos olhares de 2,5 bilhões telespectadores ao redor do mundo.
Na abadia de Westminster, 2.000 convidados, entre eles Hillary Clinton, Tony Blair, Luciano Pavarotti, Margaret Thatcher e Tom Cruise, assistiram à cerimônia. Elton John interpretou a canção "Candle in the wind", com uma alteração na letra para homenagear Diana.
Durante a tarde, a princesa foi sepultada em uma cerimônia privada em Althorp, noroeste de Londres. Desde então, descansa em um túmulo em uma ilha que foi a residência de sua família.
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