Irma será 'realmente devastador' para EUA, diz diretor da Fema
O furacão Irma terá um impacto "realmente devastador" quando chegar à costa americana da Flórida, afirmou o diretor da Agência de Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês), Brock Long, em entrevista à rede CNN.
Long advertiu a população, sobretudo, para que siga as ordens de evacuação emitidas pelas autoridades na Flórida e em outros Estados no sudeste do país.
O furacão de categoria cinco já causou mortes e destruição no Caribe e sua chegada à Flórida é esperada para este fim de semana.
"A maior parte das pessoas ao longo da costa (americana) nunca experimentou um furacão como este. Será realmente devastador", advertiu Long.
Irma pode ser o quarto furacão de categoria cinco a atingir os Estados Unidos desde 1851 e o primeiro desde o Andrew, em 1992, apontou Long. A categoria cinco é a mais alta na escala de Saffir-Simpson.
Já foram emitidas ordens de evacuação obrigatória na Flórida e em zonas costeiras da Geórgia, mas medidas similares são esperadas para as Carolinas do Sul e do Norte nas próximas 48 horas, segundo Long.
"Todo o sudeste dos Estados Unidos deve se manter seguro e manter atenção", frisou.
Já estão em vigor ordens de evacuação em partes de Miami, inclusive de Miami Beach, uma das zonas turísticas mais populares do país.
O prefeito de Miami Beach, Philip Levine, alertou que o Irma pode ter um impacto de proporção "nuclear" e pediu a todos que fiquem o mais longe possível da zona estimada de sua trajetória.
"Eu recomendo fortemente que deixem Miami Beach. Vocês têm amigos, têm família --vão visitá-los", disse ele à CBS4 News, na noite desta quarta-feira.
"Esse é um furacão nuclear. Eles devem sair da praia, eles têm que sair da praia", insistiu.
A Fema, que ainda está conturbada com os efeitos da passagem da tempestade Harvey pelos Estados Unidos, mobilizou cerca de 3 mil funcionários federais para lidar com a emergência.
Três navios estão ancorados na costa de Porto Rico "para apoiar missões de salvamento", completou Long.
Em meio à situação de alerta, o presidente Donald Trump tuitou "sejam prudentes, permaneçam em lugares seguros!".
"Dispomos de equipes com gente talentosa e corajosa no local e disposta a ajudar", ressaltou.
Mais caro da história
De acordo com cálculos da agência Enki Research, que levam em conta o valor das propriedades que podem ser destruídas, o Irma poderia ser o furacão mais caro da história, causando perdas de US$ 120 bilhões nos Estados Unidos e em ilhas do Caribe.
Apenas em algumas das cidades mais ricas dos Estados Unidos, como Miami, West Palm Beach e Fort Lauderdale, os custos poderiam chegar a US$ 100 bilhões, disse Chuck Watson, fundador da agência.
"Se somarmos os estragos provocados em outras áreas, poderia ser o furacão mais caro da história", indicou.
Considerando apenas os dados dos Estados Unidos, o Irma pode ser um pouco menos devastador, em termos financeiros, que o Katrina, que assolou a Louisiana em 2005 e causou prejuízo estimado de 118 bilhões de dólares.
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