Irã reforçará suas capacidades militares
Teerã, 22 Set 2017 (AFP) - O Irã afirmou nesta sexta-feira que reforçará suas capacidades militares e balísticas e que continuará com sua política no Oriente Médio, gerando críticas das potências ocidentais lideradas pelos Estados Unidos.
"Queiram eles ou não, vamos reforçar nossas capacidades militares, necessárias em matéria de dissuasão", afirmou o presidente Hassan Rohani em discurso retransmitido ao vivo pela televisão por ocasião do desfile em memória do início da guerra Irã-Iraque em 1980.
"Não só vamos desenvolver nossos mísseis, como também nossas forças aéreas, terrestres y marítimas. Para defender nossa pátria não pediremos a permissão de ninguém", acrescentou.
Como mostra da determinação do Irã, no desfile podia ser visto um novo míssil, de 2.000 km de alcance e batizado "Joramshahr", nome de uma cidade ocupada pelo exército iraquiano no começo da guerra, que durou oito anos e deixou um milhão de mortos.
O Irã desenvolveu um vasto programa balístico nos últimos anos, que preocupa os Estados Unidos e também a Arábia Saudita, sua principal rival na região, e a alguns países europeus como França e Israel, seu grande inimigo.
Teerã argumenta que precisa reforçar seu programa balístico para estar em equilíbrio com os outros países da região, principalmente Arábia Saudita e Israel, que investem milhões de dólares na compra de armas dos países ocidentais, especialmente dos Estados Unidos.
- Política defensiva -Rohani denunciou as pessoas que "diariamente causam problemas aos povos da região e se orgulham de vender armas ao regime sanguinário sionista [Israel], que agride os povos da região há 70 anos, como um tumor cancerígeno", informou a agência Irna.
Teerã garante que seu programa balístico é unicamente defensivo. "Nossa potência militar não é concebida para agredir outros países", reiterou Rohani.
"O míssil Joramashahr pode incorporar várias ogivas convencionais para atingir vários alvos de uma vez", disse o general Amir Ali Hadjizadeh, comandante da força aeroespacial dos Guardiães da Revolução, citado por Irna. "Estará operando em um futuro próximo", acrescentou.
As autoridades iranianas, entretanta, ressaltaram que seus mísseis não são concebidos para carregar nucleares.
- 'Defesa dos oprimidos' -Em 2015 e depois de vários anos de negociações, as grandes potências assinaram com o Irã um acordo para limitar o programa nuclear desse país e garantir que a República islâmica não adotará armas atômicas.
O acordo envolve estritas restrições ao programa nuclear iraniano, em troca da suspensão progressiva das sanções impostas ao Irã. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ressaltou em várias ocasiões que Teerã está cumprindo seus compromissos.
No entanto, na Assembleia Geral da ONU, o presidente americano, Donald Trump, ameaçou sair do acordo - assinado no governo de Barack Obama.
Em um tom mais moderado, o presidente francês Emmanuel Macron, junto com outros países europeus, defendeu a aplicação do acordo nuclear entre o Irã e as grandes potências, mas afirmou que este pacto não é suficiente e que se deve obrigar o Irã a reduzir seu programa balístico e limitar suas atividades na região, sobretudo na Síria.
Rohani, cujo país apoia o regime sírio, grupos islamitas palestinos e rebeldes huthis no Iêmen, rejeita qualquer mudança de posição política de seu país na região.
"Se quiserem ou não, vamos defender os povos oprimidos no Iêmen, na Palestina e na Síria", declarou.
"Queiram eles ou não, vamos reforçar nossas capacidades militares, necessárias em matéria de dissuasão", afirmou o presidente Hassan Rohani em discurso retransmitido ao vivo pela televisão por ocasião do desfile em memória do início da guerra Irã-Iraque em 1980.
"Não só vamos desenvolver nossos mísseis, como também nossas forças aéreas, terrestres y marítimas. Para defender nossa pátria não pediremos a permissão de ninguém", acrescentou.
Como mostra da determinação do Irã, no desfile podia ser visto um novo míssil, de 2.000 km de alcance e batizado "Joramshahr", nome de uma cidade ocupada pelo exército iraquiano no começo da guerra, que durou oito anos e deixou um milhão de mortos.
O Irã desenvolveu um vasto programa balístico nos últimos anos, que preocupa os Estados Unidos e também a Arábia Saudita, sua principal rival na região, e a alguns países europeus como França e Israel, seu grande inimigo.
Teerã argumenta que precisa reforçar seu programa balístico para estar em equilíbrio com os outros países da região, principalmente Arábia Saudita e Israel, que investem milhões de dólares na compra de armas dos países ocidentais, especialmente dos Estados Unidos.
- Política defensiva -Rohani denunciou as pessoas que "diariamente causam problemas aos povos da região e se orgulham de vender armas ao regime sanguinário sionista [Israel], que agride os povos da região há 70 anos, como um tumor cancerígeno", informou a agência Irna.
Teerã garante que seu programa balístico é unicamente defensivo. "Nossa potência militar não é concebida para agredir outros países", reiterou Rohani.
"O míssil Joramashahr pode incorporar várias ogivas convencionais para atingir vários alvos de uma vez", disse o general Amir Ali Hadjizadeh, comandante da força aeroespacial dos Guardiães da Revolução, citado por Irna. "Estará operando em um futuro próximo", acrescentou.
As autoridades iranianas, entretanta, ressaltaram que seus mísseis não são concebidos para carregar nucleares.
- 'Defesa dos oprimidos' -Em 2015 e depois de vários anos de negociações, as grandes potências assinaram com o Irã um acordo para limitar o programa nuclear desse país e garantir que a República islâmica não adotará armas atômicas.
O acordo envolve estritas restrições ao programa nuclear iraniano, em troca da suspensão progressiva das sanções impostas ao Irã. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ressaltou em várias ocasiões que Teerã está cumprindo seus compromissos.
No entanto, na Assembleia Geral da ONU, o presidente americano, Donald Trump, ameaçou sair do acordo - assinado no governo de Barack Obama.
Em um tom mais moderado, o presidente francês Emmanuel Macron, junto com outros países europeus, defendeu a aplicação do acordo nuclear entre o Irã e as grandes potências, mas afirmou que este pacto não é suficiente e que se deve obrigar o Irã a reduzir seu programa balístico e limitar suas atividades na região, sobretudo na Síria.
Rohani, cujo país apoia o regime sírio, grupos islamitas palestinos e rebeldes huthis no Iêmen, rejeita qualquer mudança de posição política de seu país na região.
"Se quiserem ou não, vamos defender os povos oprimidos no Iêmen, na Palestina e na Síria", declarou.
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