ONU diz que Israel constrói colônias 'em ritmo acelerado'
Nações Unidas, Estados Unidos, 25 Set 2017 (AFP) - Israel continua construindo colônias "em um ritmo acelerado", desafiando os pedidos do Conselho de Segurança para por um fim à expansão de assentamentos judaicos, informou nesta segunda-feira (25) o enviado da ONU para o Oriente Médio.
Em um relatório ao Conselho de Segurança, o enviado Nickolay Mladenov acusou o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de utilizar uma retórica provocativa para apoiar o avanço de novas colônias.
Nos últimos meses, a construção de novas colônias foi realizada sobretudo em Jerusalém oriental, onde há planos de erguer umas 2.300 novas unidades habitacionais, um aumento de 30% com relação ao ano passado, disse o enviado.
"As atividades de assentamentos ilegais de Israel continuam em ritmo elevado, um padrão consistente ao longo do ano", disse Mladenov ao Conselho.
Há nove meses, o Conselho de Segurança adotou uma polêmica resolução, pedindo o fim das colônias. A medida foi aprovada quando os Estados Unidos declinaram a usar seu veto e em seu lugar se absteve.
A votação causou a ira do governo do então presidente eleito, Donald Trump, que reivindicava um veto americano e cujos assessores tinham feito lobby com os integrantes do Conselho para que votassem contra a resolução.
A ONU considera as colônias israelenses ilegais sob a lei internacional e tem pedido reiteradamente para frear sua expansão nas terras que deveriam fazer parte de um futuro Estado palestino.
"Funcionários israelenses continuam usando retórica provocativa em apoio à expansão", disse Mladenov.
Em cerimônia para lançar uma nova construção no mês passado, Netanyahu elogiou a defesa de mais colônias de parte do governo e prometeu "aprofundar nossas raízes, construir, fortalecer e nos assentar".
Altos políticos israelenses fizeram vários apelos para anexar a Cisjordânia, e um membro da Knesset (Parlamento) disse, inclusive, que isto "destruiria" as esperanças de um Estado palestino, segundo Mladenov.
O enviado da ONU informou, ainda, que a demolição de lares e escolas palestinas continua, mas a uma taxa significativamente menor.
No total, 344 edifícios foram destruídos, um terço deles em Jerusalém oriental, com um balanço de mais de 500 pessoas deslocadas, informou.
A construção de colônias israelenses continuou inclusive quando o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse, em visita a Israel e aos territórios palestinos em agosto que se deve resgatar a solução de dois Estados.
Mladenov disse que a atual expansão de colônias judias "faz com que a solução de dois Estados seja cada vez mais inalcançável".
Israel proclama o conjunto de Jerusalém como sua capital indivisível. Os palestinos, por sua vez, querem transformar a parte oriental da cidade na capital do Estado que querem criar.
Em um relatório ao Conselho de Segurança, o enviado Nickolay Mladenov acusou o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de utilizar uma retórica provocativa para apoiar o avanço de novas colônias.
Nos últimos meses, a construção de novas colônias foi realizada sobretudo em Jerusalém oriental, onde há planos de erguer umas 2.300 novas unidades habitacionais, um aumento de 30% com relação ao ano passado, disse o enviado.
"As atividades de assentamentos ilegais de Israel continuam em ritmo elevado, um padrão consistente ao longo do ano", disse Mladenov ao Conselho.
Há nove meses, o Conselho de Segurança adotou uma polêmica resolução, pedindo o fim das colônias. A medida foi aprovada quando os Estados Unidos declinaram a usar seu veto e em seu lugar se absteve.
A votação causou a ira do governo do então presidente eleito, Donald Trump, que reivindicava um veto americano e cujos assessores tinham feito lobby com os integrantes do Conselho para que votassem contra a resolução.
A ONU considera as colônias israelenses ilegais sob a lei internacional e tem pedido reiteradamente para frear sua expansão nas terras que deveriam fazer parte de um futuro Estado palestino.
"Funcionários israelenses continuam usando retórica provocativa em apoio à expansão", disse Mladenov.
Em cerimônia para lançar uma nova construção no mês passado, Netanyahu elogiou a defesa de mais colônias de parte do governo e prometeu "aprofundar nossas raízes, construir, fortalecer e nos assentar".
Altos políticos israelenses fizeram vários apelos para anexar a Cisjordânia, e um membro da Knesset (Parlamento) disse, inclusive, que isto "destruiria" as esperanças de um Estado palestino, segundo Mladenov.
O enviado da ONU informou, ainda, que a demolição de lares e escolas palestinas continua, mas a uma taxa significativamente menor.
No total, 344 edifícios foram destruídos, um terço deles em Jerusalém oriental, com um balanço de mais de 500 pessoas deslocadas, informou.
A construção de colônias israelenses continuou inclusive quando o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse, em visita a Israel e aos territórios palestinos em agosto que se deve resgatar a solução de dois Estados.
Mladenov disse que a atual expansão de colônias judias "faz com que a solução de dois Estados seja cada vez mais inalcançável".
Israel proclama o conjunto de Jerusalém como sua capital indivisível. Os palestinos, por sua vez, querem transformar a parte oriental da cidade na capital do Estado que querem criar.
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