Otan e Pentágono reafirmam compromisso com Afeganistão
Cabul, 27 Set 2017 (AFP) - O chefe do Pentágono, Jim Mattis, e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, reafirmaram nesta quarta-feira (27), em Cabul, seu "compromisso" de permanecer no Afeganistão para privar os insurgentes de qualquer base, ou possibilidade de esconderijo.
"Nós somos os caras bons", declarou Mattis à imprensa, em sua primeira visita ao país desde que os Estados Unidos anunciaram em agosto o envio de reforços para lutar contra os talibãs.
Na terça, o secretário americano foi recebido com lançamentos de foguetes.
Pelo menos seis projéteis alcançaram a parte militar do aeroporto de Cabul e um bairro residencial contíguo, indicou o Ministério afegão do Interior. Uma pessoa morreu, e quatro ficaram feridas quando um dos foguetes caiu em sua casa.
Depois de reivindicarem a operação, os talibãs disseram que os foguetes eram dirigidos contra o avião de Mattis.
"Três agressores foram detidos", afirmou o porta-voz do Ministério, Najib Danish.
No âmbito da "nova estratégia" anunciada pelo presidente Donald Trump, 3.000 soldados se unirão aos 11.000 mantidos pelos Estados Unidos no Afeganistão. Desde 2001, o país é palco da mais longa guerra da história dos EUA.
Esses reforços "darão uma séria vantagem, frente a tudo que os talibãs possam tentar contra suas forças afegãs", garantiu Mattis, ao presidente Ashraf Ghani.
Para o secretário americano da Defesa, o lançamento de foguetes "contra qualquer aeroporto internacional é um crime contra inocentes; é como uma declaração de intenções dos talibãs sobre o que são".
- Necessidade -Mattis disse que não permitirá que "os talibãs, o grupo Estado Islâmico e a rede Haqqani - um poderoso grupo insurgente instalado na fronteira com o Paquistão -" se firmem no país.
"Quanto mais estável o Afeganistão estiver, mais seguros estaremos", afirmou Stoltenberg, lembrando que "15 países-membros da Otan já deram sua aprovação para o envio de tropas adicionais".
Os Estados Unidos pediram à Otan que aumente o efetivo da operação "Apoio Decidido", que conta atualmente com 5.000 soldados.
"Agora que o general Mattis decidiu enviar mais homens, espero que os demais membros da Otan façam o mesmo", declarou Ghani.
Em meados de setembro, os chefes do Estado-Maior dos 29 membros da Otan "reconheceram a necessidade de responder" a esse pedido, pondo outubro como prazo para o anúncio de sua decisão.
Em sua segunda visita a Cabul após uma breve escala em 24 de abril, Mattis chegou nesta quarta de manhã, procedente da Índia.
Depois de ter hesitado por algum tempo, no final de agosto, o presidente Donald Trump anunciou sua "nova estratégia" para apoiar o governo de Cabul frente à insurgência islamita, alegando que uma retirada de suas tropas criaria um "vazio" que beneficiaria os "terroristas".
As forças afegãs perderam quase um terço do território para os talibãs e concentraram seus soldados em torno das grandes cidades para evitar que caiam nas mãos desses rebeldes.
Segundo um relatório americano, o Exército afegão registrou uma baixa de 7.000 mortos e 12.000 feridos em 2016. O número é considerado "insustentável" por Washington.
A operação "Apoio Decidido" se encarrega, sobretudo, de formar e assessorar as tropas locais, enquanto, em paralelo, os Estados Unidos bombardeiam posições dos talibãs.
O Exército americano reconheceu recentemente que tem 11.000 homens no Afeganistão, e não 8.400, como havia anunciado oficialmente.
wat-ach/cnp/roc/gm.
"Nós somos os caras bons", declarou Mattis à imprensa, em sua primeira visita ao país desde que os Estados Unidos anunciaram em agosto o envio de reforços para lutar contra os talibãs.
Na terça, o secretário americano foi recebido com lançamentos de foguetes.
Pelo menos seis projéteis alcançaram a parte militar do aeroporto de Cabul e um bairro residencial contíguo, indicou o Ministério afegão do Interior. Uma pessoa morreu, e quatro ficaram feridas quando um dos foguetes caiu em sua casa.
Depois de reivindicarem a operação, os talibãs disseram que os foguetes eram dirigidos contra o avião de Mattis.
"Três agressores foram detidos", afirmou o porta-voz do Ministério, Najib Danish.
No âmbito da "nova estratégia" anunciada pelo presidente Donald Trump, 3.000 soldados se unirão aos 11.000 mantidos pelos Estados Unidos no Afeganistão. Desde 2001, o país é palco da mais longa guerra da história dos EUA.
Esses reforços "darão uma séria vantagem, frente a tudo que os talibãs possam tentar contra suas forças afegãs", garantiu Mattis, ao presidente Ashraf Ghani.
Para o secretário americano da Defesa, o lançamento de foguetes "contra qualquer aeroporto internacional é um crime contra inocentes; é como uma declaração de intenções dos talibãs sobre o que são".
- Necessidade -Mattis disse que não permitirá que "os talibãs, o grupo Estado Islâmico e a rede Haqqani - um poderoso grupo insurgente instalado na fronteira com o Paquistão -" se firmem no país.
"Quanto mais estável o Afeganistão estiver, mais seguros estaremos", afirmou Stoltenberg, lembrando que "15 países-membros da Otan já deram sua aprovação para o envio de tropas adicionais".
Os Estados Unidos pediram à Otan que aumente o efetivo da operação "Apoio Decidido", que conta atualmente com 5.000 soldados.
"Agora que o general Mattis decidiu enviar mais homens, espero que os demais membros da Otan façam o mesmo", declarou Ghani.
Em meados de setembro, os chefes do Estado-Maior dos 29 membros da Otan "reconheceram a necessidade de responder" a esse pedido, pondo outubro como prazo para o anúncio de sua decisão.
Em sua segunda visita a Cabul após uma breve escala em 24 de abril, Mattis chegou nesta quarta de manhã, procedente da Índia.
Depois de ter hesitado por algum tempo, no final de agosto, o presidente Donald Trump anunciou sua "nova estratégia" para apoiar o governo de Cabul frente à insurgência islamita, alegando que uma retirada de suas tropas criaria um "vazio" que beneficiaria os "terroristas".
As forças afegãs perderam quase um terço do território para os talibãs e concentraram seus soldados em torno das grandes cidades para evitar que caiam nas mãos desses rebeldes.
Segundo um relatório americano, o Exército afegão registrou uma baixa de 7.000 mortos e 12.000 feridos em 2016. O número é considerado "insustentável" por Washington.
A operação "Apoio Decidido" se encarrega, sobretudo, de formar e assessorar as tropas locais, enquanto, em paralelo, os Estados Unidos bombardeiam posições dos talibãs.
O Exército americano reconheceu recentemente que tem 11.000 homens no Afeganistão, e não 8.400, como havia anunciado oficialmente.
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