Japão dissolve Câmara dos Deputados e terá eleições antecipadas em 22 de outubro
Tóquio, 28 Set 2017 (AFP) - A Câmara dos Deputados do Japão foi dissolvida nesta quinta-feira, por decisão do primeiro-ministro conservador, Shinzo Abe, para possibilitar eleições antecipadas, nas quais seu partido enfrentará a formação da governadora de Tóquio, Yuriko Koike.
As eleições acontecerão no dia 22 de outubro e a campanha oficial começará no dia 10.
"Em virtude do artigo sete da Constituição, a Câmara foi dissolvida", declarou em sessão plenária o presidente da Assembleia, Tadamori Oshima.
"Banzai, banzai, banzai" (longa vida ao imperador), gritaram os deputados erguendo os braços, antes de abandonar o local.
"Um combate difícil começa hoje", disse Abe a sua bancada. "Devemos resolver o problema dos mísseis e do programa nuclear norte-coreano, e temos a responsabilidade de melhorar a vida dos cidadãos".
O primeiro-ministro acelerou o calendário eleitoral para bloquear o avanço de Koike, mas a governadora de 65 anos, com grande experiência política, já havia preparado o contra-ataque.
Na segunda-feira, ela anunciou a criação do Partido da Esperança, do qual deve ser a líder.
Aliança da oposiçãoO Partido Democrata (PD) do Japão, que até agora era a principal força de oposição ao primeiro-ministro, decidiu abster-se de inscrever candidatos nas legislativas antecipadas e deixar que seus membros disputem o pleito pelo novo partido da governadora de Tóquio.
O Partido da Esperança oferece mais oportunidades para contra-atacar o Partido Liberal Democrata (PLD, conservador) de Abe, afirmou o presidente do PD, Seiji Maehara, uma decisão aprovada pela formação.
"É uma decisão forte de Maehara", comentou Koike, cujo partido afirma estar disposto a incorporar os candidatos que compartilham o espírito reformista do Partido da Esperança.
Abe justificou a convocação de eleições antecipadas por seu desejo de expor a gestão econômica à aprovação dos eleitores.
O primeiro-ministro propõe um novo plano de incentivo econômico de 2 trilhões de ienes (15 bilhões de euros) até o fim do ano, a gratuidade de parte do Ensino e outros dispositivos financeiros, o que afasta a perspectiva de saneamento das finanças públicas.
Abe também reafirmou a posição de firmeza ante a Coreia do Norte.
"Devemos utilizar todos os meios para aumentar ao máximo a pressão sobre a Coreia do Norte", disse.
Há alguns dias na ONU, ele afirmou que não era mais tempo de diálogo.
Os opositores viram no calendário escolhido por Abe uma manobra para evitar as perguntas no Parlamento sobre os escândalos que afetaram ele e seu governo. Ele é acusado fundamentalmente de favorecer vários amigos.
No âmbito político, o primeiro-ministro queria aproveitar o momento ruim do Partido Democrata. Os analistas, no entanto, interpretaram o movimento com uma forma de tentar frear o ímpeto de Koike.
Com o partido "Tomin First" (os cidadãos da capital em primeiro lugar), Koike infligiu uma derrota histórica ao partido de Abe nas eleições para renovar a assembleia de Tóquio, há algumas semanas. .
Koike parece decidida a prosseguir com a partida de xadrez a nível nacional.
"É necessária uma verdadeira força de reforma", disse a governadora, para quem "as reformas não acontecem de modo suficientemente rápido".
As eleições acontecerão no dia 22 de outubro e a campanha oficial começará no dia 10.
"Em virtude do artigo sete da Constituição, a Câmara foi dissolvida", declarou em sessão plenária o presidente da Assembleia, Tadamori Oshima.
"Banzai, banzai, banzai" (longa vida ao imperador), gritaram os deputados erguendo os braços, antes de abandonar o local.
"Um combate difícil começa hoje", disse Abe a sua bancada. "Devemos resolver o problema dos mísseis e do programa nuclear norte-coreano, e temos a responsabilidade de melhorar a vida dos cidadãos".
O primeiro-ministro acelerou o calendário eleitoral para bloquear o avanço de Koike, mas a governadora de 65 anos, com grande experiência política, já havia preparado o contra-ataque.
Na segunda-feira, ela anunciou a criação do Partido da Esperança, do qual deve ser a líder.
Aliança da oposiçãoO Partido Democrata (PD) do Japão, que até agora era a principal força de oposição ao primeiro-ministro, decidiu abster-se de inscrever candidatos nas legislativas antecipadas e deixar que seus membros disputem o pleito pelo novo partido da governadora de Tóquio.
O Partido da Esperança oferece mais oportunidades para contra-atacar o Partido Liberal Democrata (PLD, conservador) de Abe, afirmou o presidente do PD, Seiji Maehara, uma decisão aprovada pela formação.
"É uma decisão forte de Maehara", comentou Koike, cujo partido afirma estar disposto a incorporar os candidatos que compartilham o espírito reformista do Partido da Esperança.
Abe justificou a convocação de eleições antecipadas por seu desejo de expor a gestão econômica à aprovação dos eleitores.
O primeiro-ministro propõe um novo plano de incentivo econômico de 2 trilhões de ienes (15 bilhões de euros) até o fim do ano, a gratuidade de parte do Ensino e outros dispositivos financeiros, o que afasta a perspectiva de saneamento das finanças públicas.
Abe também reafirmou a posição de firmeza ante a Coreia do Norte.
"Devemos utilizar todos os meios para aumentar ao máximo a pressão sobre a Coreia do Norte", disse.
Há alguns dias na ONU, ele afirmou que não era mais tempo de diálogo.
Os opositores viram no calendário escolhido por Abe uma manobra para evitar as perguntas no Parlamento sobre os escândalos que afetaram ele e seu governo. Ele é acusado fundamentalmente de favorecer vários amigos.
No âmbito político, o primeiro-ministro queria aproveitar o momento ruim do Partido Democrata. Os analistas, no entanto, interpretaram o movimento com uma forma de tentar frear o ímpeto de Koike.
Com o partido "Tomin First" (os cidadãos da capital em primeiro lugar), Koike infligiu uma derrota histórica ao partido de Abe nas eleições para renovar a assembleia de Tóquio, há algumas semanas. .
Koike parece decidida a prosseguir com a partida de xadrez a nível nacional.
"É necessária uma verdadeira força de reforma", disse a governadora, para quem "as reformas não acontecem de modo suficientemente rápido".
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