Oposição venezuelana vence o prêmio Sakharov de Direitos Humanos
Estrasburgo, França, 26 Out 2017 (AFP) - A Eurocâmara anunciou nesta quinta-feira a oposição venezuelana como a vencedora do prêmio Sakharov à liberdade de consciência, um reconhecimento que coroa seu apoio à Assembleia Nacional da Venezuela e aos presos políticos ante o governo de Nicolás Maduro.
"Não podemos não levantar nossa voz em defesa da liberdade, da democracia, dos direitos humanos. Por isso decidimos conceder o prêmio Sakharov à oposição democrática na Venezuela", anunciou o presidente da Eurocâmara, Antonio Tajani.
Após uma proposta da principal bancada do Parlamento, o Partido Popular Europeu (PPE, direita), e de seus sócios liberais do ALDE, a "oposição democrática da Venezuela" recebeu o reconhecimento à defesa dos direitos humanos e às liberdades.
Para o influente eurodeputado liberal Guy Verhostadt, "este prêmio apóia a luta das forças democráticas a favor de uma Venezuela democrática e contra o regime de Maduro", enquanto para seu colega do PPE José Ignacio Salafranca homenageia um "povo corajoso" que luta por sua liberdade.
O reconhecimento acontece em um momento de divisão na coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), após a saída do grupo de Henrique Capriles, um de seus principais líderes, uma crise que ajuda o presidente Nicolás Maduro ante as eleições municipais e presidenciais previstas para 2018.
A oposição tem como símbolos agora o Parlamento venezuelano e seu presidente Julio Borges, assim como os políticos que estão presos, como Leopoldo López e Antonio Ledezma.
Desde 2007, o Parlamento Europeu aprovou uma dezena de resoluções, em especial para pedir a libertação dos "presos políticos". Mas a convocação e eleição de uma Assembleia Constituinte, estimulada por Maduro, provocou um endurecimento da postura da Eurocâmara nos últimos meses.
O Parlamento dirigido pelos opositores, que não reconhecem a Constituinte, é o "único eleito democraticamente", afirmou Tajani, que pediu uma "transição pacífica para a democracia".
"Hoje apoiamos a luta de um povo por sua própria liberdade", completou.
As palavras do italiano foram recebidas com aplausos, mas também com sorrisos irônicos das bancadas da esquerda radical quando ele disse que o prêmio "não tem cor política". Gritos de "Não passarão" e "Vergonha" foram ouvidos no plenário de Estrasburgo (nordeste da França).
Os países da UE já estabeleceram um marco jurídico de sanções contra responsáveis pela violação dos direitos humanos na Venezuela, mas os debates sobre a possível aprovação em novembro continuam com a incógnita sobre a inclusão de uma lista de sancionados.
A Eurocâmara concede a cada ano, desde 1988, o prêmio, que tem o nome do cientista soviético dissidente Andrei Sakharov, a pessoas que deram uma "contribuição excepcional à luta pelos direitos humanos no mundo".
A oposição venezuelana representa o quinto prêmio para a América Latina, depois da organização argentina Mães da Praça de Maio (1992) e dos dissidentes cubanos Guillermo Fariñas (2010), a associação Damas de Branco (2005) e Oswaldo Payá (2002).
A cerimônia de entrega acontecerá no dia 13 de dezembro. Em 2016, as yazidis Nadia Murad e Lamiya Aji Bashar, sobreviventes das atrocidades do grupo extremista Estado Islâmico, venceram o prêmio e pediram aos eurodeputados que trabalhassem para impedir os crimes do EI.
"Não podemos não levantar nossa voz em defesa da liberdade, da democracia, dos direitos humanos. Por isso decidimos conceder o prêmio Sakharov à oposição democrática na Venezuela", anunciou o presidente da Eurocâmara, Antonio Tajani.
Após uma proposta da principal bancada do Parlamento, o Partido Popular Europeu (PPE, direita), e de seus sócios liberais do ALDE, a "oposição democrática da Venezuela" recebeu o reconhecimento à defesa dos direitos humanos e às liberdades.
Para o influente eurodeputado liberal Guy Verhostadt, "este prêmio apóia a luta das forças democráticas a favor de uma Venezuela democrática e contra o regime de Maduro", enquanto para seu colega do PPE José Ignacio Salafranca homenageia um "povo corajoso" que luta por sua liberdade.
O reconhecimento acontece em um momento de divisão na coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), após a saída do grupo de Henrique Capriles, um de seus principais líderes, uma crise que ajuda o presidente Nicolás Maduro ante as eleições municipais e presidenciais previstas para 2018.
A oposição tem como símbolos agora o Parlamento venezuelano e seu presidente Julio Borges, assim como os políticos que estão presos, como Leopoldo López e Antonio Ledezma.
Desde 2007, o Parlamento Europeu aprovou uma dezena de resoluções, em especial para pedir a libertação dos "presos políticos". Mas a convocação e eleição de uma Assembleia Constituinte, estimulada por Maduro, provocou um endurecimento da postura da Eurocâmara nos últimos meses.
O Parlamento dirigido pelos opositores, que não reconhecem a Constituinte, é o "único eleito democraticamente", afirmou Tajani, que pediu uma "transição pacífica para a democracia".
"Hoje apoiamos a luta de um povo por sua própria liberdade", completou.
As palavras do italiano foram recebidas com aplausos, mas também com sorrisos irônicos das bancadas da esquerda radical quando ele disse que o prêmio "não tem cor política". Gritos de "Não passarão" e "Vergonha" foram ouvidos no plenário de Estrasburgo (nordeste da França).
Os países da UE já estabeleceram um marco jurídico de sanções contra responsáveis pela violação dos direitos humanos na Venezuela, mas os debates sobre a possível aprovação em novembro continuam com a incógnita sobre a inclusão de uma lista de sancionados.
A Eurocâmara concede a cada ano, desde 1988, o prêmio, que tem o nome do cientista soviético dissidente Andrei Sakharov, a pessoas que deram uma "contribuição excepcional à luta pelos direitos humanos no mundo".
A oposição venezuelana representa o quinto prêmio para a América Latina, depois da organização argentina Mães da Praça de Maio (1992) e dos dissidentes cubanos Guillermo Fariñas (2010), a associação Damas de Branco (2005) e Oswaldo Payá (2002).
A cerimônia de entrega acontecerá no dia 13 de dezembro. Em 2016, as yazidis Nadia Murad e Lamiya Aji Bashar, sobreviventes das atrocidades do grupo extremista Estado Islâmico, venceram o prêmio e pediram aos eurodeputados que trabalhassem para impedir os crimes do EI.
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