EUA: ícone democrata no Congresso é acusado de abuso sexual
Washington, 21 Nov 2017 (AFP) - O Congresso dos Estados Unidos lançou nesta terça-feira (21) uma investigação interna por assédio sexual contra o respeitado representante democrata americano John Conyers, de 88 anos, no Congresso desde 1965, acusado de assediar integrantes de sua equipe.
De acordo com denúncias publicadas pelo Buzzfeed, em 2015, Conyers pagou 27 mil dólares a uma ex-assessora parlamentar que afirmou ter sido demitida porque resistiu às suas investidas sexuais.
Segundo a denúncia, o acordo incluiu uma cláusula de confidencialidade e, por isso, não se sabe o nome da colaboradora.
Em uma nota oficial, Conyers reconheceu o pagamento dessa quantia, mas negou enfaticamente ter adotado esse tipo de atitude. Garantiu que, se o Congresso decidir iniciar uma investigação específica, ele pretende colaborar plenamente para esclarecer o ocorrido.
"Neguei expressa e veementemente as alegações apresentadas contra mim e continuo fazendo isso", afirmou o legislador em sua nota oficial.
A líder da oposição democrata na Câmara, Nancy Pelosi, distanciou-se do colega e pediu "tolerância zero com assédio, discriminação e abuso".
"Como eu disse anteriormente, qualquer acusação crível de assédio sexual deve ser investigada pela Comissão de Ética" da Câmara, sustentou Nancy, apoiada por seu número dois, Steny Hoyer.
Pouco depois, a Comissão de Ética da Câmara anunciou ter aberto uma investigação preliminar.
O Buzzfeed informou ter declarações juramentadas de ex-assessoras de Conyers, datadas de 2014, em que as mulheres relatam o assédio sexual que sofreram por parte do legislador e que os atos incluíram carícias não consentidas.
Conyers não admitiu ser responsável pelo acordo, que ocorreu como parte do processo que o BuzzFeed descreveu como secreto e destinado a fazer as vítimas acreditarem que não tinham escolha a não ser aceitar a oferta.
Seu escritório não respondeu à AFP para negar, ou confirmar, o acordo.
Mais antigo legislador do Congresso, Conyers é visto como um herói da luta pelos direitos civis dos negros americanos e é, atualmente, o deputado democrata no cargo mais alto na Comissão de Assuntos Jurídicos da Câmara de Representantes.
As denúncias contra Conyers surgem em meio a uma onda de acusações de assédio sexual que varre os Estados Unidos. Até mesmo as mulheres que atuam na política denunciaram terem sido vítimas desse tipo de abuso por parte de seus colegas homens.
Em entrevista coletiva nesta terça, um grupo de legisladoras afirmou que pelo menos dois de seus colegas no Congresso, que não foram identificados, tinham cometido abuso sexual.
Na segunda, a representante democrata Diana DeGette, de 60 anos, acusou o ex-prefeito de San Diego Bob Filner de ataque sexual em um elevador, em 2013.
Filner já tinha sido alvo de mais de dez outras acusações de abuso.
Na semana passada, um escândalo similar afetou o senador democrata e ex-humorista Al Franken, acusado de apalpar duas mulheres.
De acordo com denúncias publicadas pelo Buzzfeed, em 2015, Conyers pagou 27 mil dólares a uma ex-assessora parlamentar que afirmou ter sido demitida porque resistiu às suas investidas sexuais.
Segundo a denúncia, o acordo incluiu uma cláusula de confidencialidade e, por isso, não se sabe o nome da colaboradora.
Em uma nota oficial, Conyers reconheceu o pagamento dessa quantia, mas negou enfaticamente ter adotado esse tipo de atitude. Garantiu que, se o Congresso decidir iniciar uma investigação específica, ele pretende colaborar plenamente para esclarecer o ocorrido.
"Neguei expressa e veementemente as alegações apresentadas contra mim e continuo fazendo isso", afirmou o legislador em sua nota oficial.
A líder da oposição democrata na Câmara, Nancy Pelosi, distanciou-se do colega e pediu "tolerância zero com assédio, discriminação e abuso".
"Como eu disse anteriormente, qualquer acusação crível de assédio sexual deve ser investigada pela Comissão de Ética" da Câmara, sustentou Nancy, apoiada por seu número dois, Steny Hoyer.
Pouco depois, a Comissão de Ética da Câmara anunciou ter aberto uma investigação preliminar.
O Buzzfeed informou ter declarações juramentadas de ex-assessoras de Conyers, datadas de 2014, em que as mulheres relatam o assédio sexual que sofreram por parte do legislador e que os atos incluíram carícias não consentidas.
Conyers não admitiu ser responsável pelo acordo, que ocorreu como parte do processo que o BuzzFeed descreveu como secreto e destinado a fazer as vítimas acreditarem que não tinham escolha a não ser aceitar a oferta.
Seu escritório não respondeu à AFP para negar, ou confirmar, o acordo.
Mais antigo legislador do Congresso, Conyers é visto como um herói da luta pelos direitos civis dos negros americanos e é, atualmente, o deputado democrata no cargo mais alto na Comissão de Assuntos Jurídicos da Câmara de Representantes.
As denúncias contra Conyers surgem em meio a uma onda de acusações de assédio sexual que varre os Estados Unidos. Até mesmo as mulheres que atuam na política denunciaram terem sido vítimas desse tipo de abuso por parte de seus colegas homens.
Em entrevista coletiva nesta terça, um grupo de legisladoras afirmou que pelo menos dois de seus colegas no Congresso, que não foram identificados, tinham cometido abuso sexual.
Na segunda, a representante democrata Diana DeGette, de 60 anos, acusou o ex-prefeito de San Diego Bob Filner de ataque sexual em um elevador, em 2013.
Filner já tinha sido alvo de mais de dez outras acusações de abuso.
Na semana passada, um escândalo similar afetou o senador democrata e ex-humorista Al Franken, acusado de apalpar duas mulheres.
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