Londres reduz previsão de crescimento e separa US$ 4 bi para Brexit
Londres, 22 Nov 2017 (AFP) - O governo britânico anunciou nesta quarta-feira que vai separar 3 bilhões de libras para enfrentar as consequências da saída da União Europeia e rebaixou as previsões de crescimento até 2021.
"Já investimos cerca de 700 milhões de libras nos preparativos para o Brexit, e hoje ponho de lado, para os próximos dois anos, 3 bilhões suplementares (4 bilhões de dólares)", disse o ministro de Finanças, Philip Hammond, na apresentação dos orçamentos no Parlamento, na qual reduziu o crescimento para 2017 - de 2% a 1,5% - e os quatro anos seguintes.
O Reino Unido está negociando com o resto de seus sócios europeus a saída da UE, que deve ser concluída no fim de março de 2019.
Citando estimativas do Escritório de Responsabilidade Orçamentária, um órgão independente, Hammond disse que o crescimento econômico em 2018 será de 1,4% - em vez do 1,6% previsto em março.
Em 2019 e 2020, o crescimento será de 1,3% (em vez de 1,7% e 1,9%, respectivamente) e, em 2021, será de 1,5% (em vez de 1,9%).
A desaceleração da economia reflete a incerteza em que o país vive, às espera da oficialização da saída da UE. As empresas já expressaram sua preocupação antes de investir - elas não sabem se poderão continuar comercializando com o bloco europeu - e as famílias perderam seu poder aquisitivo desde o referendo de junho de 2016, porque a desvalorização da libra encareceu as importações.
- População sofre os efeitos -"A miséria na qual muitos estão imersos continuará", respondeu o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, criticando que o orçamento não contemple o aumento de salários das enfermeiras e de funcionários públicos, como era pedido, e que prolongue, em sua opinião, o regime de austeridade.
Os anúncios do ministro de Finanças fizeram a divisa britânica cair ainda mais e irritaram a oposição.
"A libra caiu nos últimos minutos, após as revisões para baixo das projeções de crescimento econômico, aliadas às reduções anteriores das previsões de investimentos empresariais e da produtividade", explicou David Cheetham, analista de mercados da XTB.
Tudo isso "mostra as claras dificuldades que se apresentam à economia britânica", sentenciou Cheetham.
O deputado trabalhista Mike Gapes tuitou: "Então, outros 3 bilhões de libras foram separados para os dispendiosos e desnecessários preparativos para o Brexit".
"Dinheiro que poderia ser gasto, em vez disso, em nossas escolas ou no NHS (o sistema público de saúde britânico). Nos prometeram bilhões se nós deixássemos a UE. A realidade é o oposto disso", criticou Gapes no Twitter.
Levando em conta a piora das perspectivas econômicas, o ministro viu reduzida sua marcha de manobra em relação ao seu último orçamento.
jbo-kcb-al/mb/ll
"Já investimos cerca de 700 milhões de libras nos preparativos para o Brexit, e hoje ponho de lado, para os próximos dois anos, 3 bilhões suplementares (4 bilhões de dólares)", disse o ministro de Finanças, Philip Hammond, na apresentação dos orçamentos no Parlamento, na qual reduziu o crescimento para 2017 - de 2% a 1,5% - e os quatro anos seguintes.
O Reino Unido está negociando com o resto de seus sócios europeus a saída da UE, que deve ser concluída no fim de março de 2019.
Citando estimativas do Escritório de Responsabilidade Orçamentária, um órgão independente, Hammond disse que o crescimento econômico em 2018 será de 1,4% - em vez do 1,6% previsto em março.
Em 2019 e 2020, o crescimento será de 1,3% (em vez de 1,7% e 1,9%, respectivamente) e, em 2021, será de 1,5% (em vez de 1,9%).
A desaceleração da economia reflete a incerteza em que o país vive, às espera da oficialização da saída da UE. As empresas já expressaram sua preocupação antes de investir - elas não sabem se poderão continuar comercializando com o bloco europeu - e as famílias perderam seu poder aquisitivo desde o referendo de junho de 2016, porque a desvalorização da libra encareceu as importações.
- População sofre os efeitos -"A miséria na qual muitos estão imersos continuará", respondeu o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, criticando que o orçamento não contemple o aumento de salários das enfermeiras e de funcionários públicos, como era pedido, e que prolongue, em sua opinião, o regime de austeridade.
Os anúncios do ministro de Finanças fizeram a divisa britânica cair ainda mais e irritaram a oposição.
"A libra caiu nos últimos minutos, após as revisões para baixo das projeções de crescimento econômico, aliadas às reduções anteriores das previsões de investimentos empresariais e da produtividade", explicou David Cheetham, analista de mercados da XTB.
Tudo isso "mostra as claras dificuldades que se apresentam à economia britânica", sentenciou Cheetham.
O deputado trabalhista Mike Gapes tuitou: "Então, outros 3 bilhões de libras foram separados para os dispendiosos e desnecessários preparativos para o Brexit".
"Dinheiro que poderia ser gasto, em vez disso, em nossas escolas ou no NHS (o sistema público de saúde britânico). Nos prometeram bilhões se nós deixássemos a UE. A realidade é o oposto disso", criticou Gapes no Twitter.
Levando em conta a piora das perspectivas econômicas, o ministro viu reduzida sua marcha de manobra em relação ao seu último orçamento.
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