Polícia retira refugiados à força do campo australiano de Manus
Sydney, 23 Nov 2017 (AFP) - A polícia de Papua-Nova Guiné iniciou nesta quinta-feira a retirada, à força, dos migrantes no polêmico campo australiano de Manus, onde os refugiados estavam entrincheirados desde o fim de outubro, apesar do fechamento oficial do local pelo governo de Canberra.
A Austrália é muito criticada por organizações de defesa dos direitos humanos pela medida drásticas para impedir a entrada de imigrantes no país. Canberra envia os migrantes que tentam chegar pelo mar a campos de retenção em outros países, como o da ilha de Manus, em Papua-Nova Guiné.
O governo australiano, no entanto, se viu obrigado a fechar o centro de Manus em 31 de outubro, depois que o Tribunal Supremo da ilha decidiu que o local era inconstitucional.
Apesar da decisão, centenas de migrantes, que denunciaram a situação em que estavam há vários anos, se recusaram a seguir para outro centro de retenção e optaram por desafiar as autoridades locais, permanecendo entrincheirados no campo.
Após 23 dias, a polícia local entrou nesta quinta-feira no centro e ordenou que os migrantes entrassem em ônibus que, a princípio, deveriam transportá-los para outros locais.
Uma fotografia divulgada pela ONG australiana GetUp mostra a polícia retirando do local o refugiado e jornalista iraniano Behrouz Boochani, porta-voz dos demandantes de asilo.
"Estão levando à força os homens para os ônibus, ao que parece para outros centros", disse à AFP Zoe Edwards, porta-voz da GetUp.
"Está em curso, não sabemos quantos homens foram retirados do campo", completou.
Outros detidos afirmaram que dezenas de pessoas foram obrigadas a sair, apesar das promessas do comissário de polícia Gari Baki de que a força não seria utilizada.
A Austrália tem uma política muito rígida com os migrantes que tentam alcançar a costa do país de forma irregular. Eles são confinados em campos em Manus ou Nauru.
Mesmo quando o pedido dos refugiados prospera, Canberra oferece apenas a possibilidade de que sigam para outro país ou retornem para a nação de origem.
O governo justifica sua política como uma forma de luta contra os traficantes e a necessidade de dissuadir os migrantes - procedentes de Irã, Iraque, Somália e Afeganistão, em sua maioria - de embarcar na perigosa travessia.
"Acreditam que podem pressionar o governo australiano para que permita sua entrada na Austrália. Não cederemos às pressões", afirmou o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull.
Após o fechamento do campo de Manus, 600 migrantes receberam a ordem de seguir para três centros de transição, mas apenas 200 aceitaram a determinação.
Os demais rejeitaram a transferência e permaneceram no local, que teve a energia elétrica e o abastecimento de água cortados.
A Austrália é muito criticada por organizações de defesa dos direitos humanos pela medida drásticas para impedir a entrada de imigrantes no país. Canberra envia os migrantes que tentam chegar pelo mar a campos de retenção em outros países, como o da ilha de Manus, em Papua-Nova Guiné.
O governo australiano, no entanto, se viu obrigado a fechar o centro de Manus em 31 de outubro, depois que o Tribunal Supremo da ilha decidiu que o local era inconstitucional.
Apesar da decisão, centenas de migrantes, que denunciaram a situação em que estavam há vários anos, se recusaram a seguir para outro centro de retenção e optaram por desafiar as autoridades locais, permanecendo entrincheirados no campo.
Após 23 dias, a polícia local entrou nesta quinta-feira no centro e ordenou que os migrantes entrassem em ônibus que, a princípio, deveriam transportá-los para outros locais.
Uma fotografia divulgada pela ONG australiana GetUp mostra a polícia retirando do local o refugiado e jornalista iraniano Behrouz Boochani, porta-voz dos demandantes de asilo.
"Estão levando à força os homens para os ônibus, ao que parece para outros centros", disse à AFP Zoe Edwards, porta-voz da GetUp.
"Está em curso, não sabemos quantos homens foram retirados do campo", completou.
Outros detidos afirmaram que dezenas de pessoas foram obrigadas a sair, apesar das promessas do comissário de polícia Gari Baki de que a força não seria utilizada.
A Austrália tem uma política muito rígida com os migrantes que tentam alcançar a costa do país de forma irregular. Eles são confinados em campos em Manus ou Nauru.
Mesmo quando o pedido dos refugiados prospera, Canberra oferece apenas a possibilidade de que sigam para outro país ou retornem para a nação de origem.
O governo justifica sua política como uma forma de luta contra os traficantes e a necessidade de dissuadir os migrantes - procedentes de Irã, Iraque, Somália e Afeganistão, em sua maioria - de embarcar na perigosa travessia.
"Acreditam que podem pressionar o governo australiano para que permita sua entrada na Austrália. Não cederemos às pressões", afirmou o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull.
Após o fechamento do campo de Manus, 600 migrantes receberam a ordem de seguir para três centros de transição, mas apenas 200 aceitaram a determinação.
Os demais rejeitaram a transferência e permaneceram no local, que teve a energia elétrica e o abastecimento de água cortados.
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