ONU ante desafio norte-coreano após novo lançamento de míssil
Nações Unidas, Estados Unidos, 29 Nov 2017 (AFP) - O Conselho de Segurança da ONU está disposto a aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte depois do teste de um míssil capaz de atingir qualquer lugar dos Estados Unidos e de Pyongyang se declarar um Estado nuclear de pleno direito.
Em uma reunião consagrada à Coreia do Norte, iniciada às 21h30 GMT (19h30 de Brasília), vários membros do Conselho "devem pedir novas sanções" coercitivas, segundo seu presidente em exercício, o embaixador italiano Sebastiano Cardi.
O lançamento, o primeiro de Pyongyang desde 15 de setembro, acaba com as esperanças de que a trégua observada pelo regime norte-coreano havia aberto a porta a uma solução negociada à crise provocada por seus programas nuclear e balístico.
Também representa uma afronta ao presidente americano, Donald Trump, que prometeu impedir que a Coreia do Norte conseguisse desenvolver essas capacidades.
"Serão impostas importantes sanções adicionais à Coreia do Norte hoje. Esta situação será manejada!", disse Trump após uma ligação de emergência com seu contraparte chinês, Xi Jinping.
Pouco depois do lançamento do míssil intercontinental norte-coreano, que alcançou uma altura inédita, Washington anunciou a necessidade de novas sanções internacionais, incluindo a autorização para interceptar barcos que transportem bens para e da Coreia do Norte.
- Margem para sanções -Pyongyang já é objeto de oito pacotes de sanções da ONU pensados para forçar o regime de Kim Jong-Un a suspender seus programas de armas balísticas e nucleares.
Os dois últimos pacotes foram adotados após os lançamentos de mísseis intercontinentais e de um sexto teste nuclear: em 5 de agosto decidiram proibir as importações de carvão e ferro norte-coreanos, e em 11 de setembro colocaram um embargo contra os produtos têxteis norte-coreanos e uma limitação ao seu fornecimento de petróleo.
Com base na resolução de agosto, a ONU proibiu a entrada em qualquer porto do mundo quatro navios, suspeitos de violar as sanções, uma medida inédita na história das Nações Unidas.
Os Estados Unidos anunciaram novas sanções unilaterais contra a Coreia do Norte e voltou a colocar este país na lista americana de patrocinadores do terrorismo.
"Ainda há margem para novas sanções", afirmou Sebastiano Cardi, que deve apresentar a seus colegas um relatório trimestral sobre a implementação das sanções contra Pyongyang. "Não é perfeito, mas vai muito bem", declarou.
A postura da China, vizinha e primeiro sócio econômico da Coreia do Norte, é crucial.
Embora tenha qualificado o disparo como uma "provocação", a Rússia pediu a todas as partes para "manter a calma", enquanto a China solicitou que Washington e Pyongyang retomassem as negociações.
Moscou e Pequim tem o direito ao veto na ONU. As últimas duas resoluções de sanções foram aprovadas por unanimidade, embora o último lançamento de míssil norte-coreano em meados de setembro tenha acabado com uma simples condenação verbal do Conselho, sem medidas punitivas.
As novas sanções que Washington quer podem demorar. Para as de agosto, os Estados Unidos negociaram durante um mês com Rússia e China, enquanto as de setembro precisaram somente de uma semana.
Paralelamente, Pequim e Moscou defendem uma "dupla moratória": o fim dos exercícios militares conjuntos entre Washington e Seul e a interrupção dos programas militares norte-coreanos. Mas os Estados Unidos e seus aliados ocidentais rejeitam essa possibilidade.
- Alegria em Pyongyang -A Coreia do Norte recorreu à apresentadora estrela do regime, Ri Chun-Hee, para anunciar o sucesso do lançamento: "Kim Jong-Un declarou com orgulho que cumprimos com a grande causa histórica de completar a força nuclear do Estado, com o objetivo de construir um foguete potente".
A imprensa oficial fez menção à arma mais sofisticada até o momento, um míssil balístico intercontinental (ICBM) Hwasong-15. Segundo a agência KCNA, o artefato, equipado com uma ogiva pesada de grande tamanho, é "capaz de atingir todo o território continental dos Estados Unidos".
Segundo Pyongyang, o projétil alcançou uma altura de 4.475 km antes de cair a 950 km do local de lançamento.
Sua trajetória sugere que Pyongyang poderia ter a tecnologia para lançar um projétil a mais de 13.000 km, o que coloca todas as cidades americanas a seu alcance.
Na capital norte-coreana, muito controlada, foram vistas cenas de alegria em frente aos telões colocados nas ruas.
Pyongyang ainda deve demonstrar que domina a tecnologia de retorno controlado das ogivas do Espaço para a atmosfera. Mas os especialistas acreditam que a Coreia do Norte está, pelo menos, a ponto de desenvolver uma capacidade de ataque intercontinental operacional.
A Coreia do Norte insiste que suas armas convencionais e nucleares querem dissuadir todo ataque contra o país. Em setembro, Trump ameaçou "destruir" toda a nação se os Estados Unidos forem atacados.
bur-sha/vog/zm/ra/eg/mb/rsr/yow/cb
Em uma reunião consagrada à Coreia do Norte, iniciada às 21h30 GMT (19h30 de Brasília), vários membros do Conselho "devem pedir novas sanções" coercitivas, segundo seu presidente em exercício, o embaixador italiano Sebastiano Cardi.
O lançamento, o primeiro de Pyongyang desde 15 de setembro, acaba com as esperanças de que a trégua observada pelo regime norte-coreano havia aberto a porta a uma solução negociada à crise provocada por seus programas nuclear e balístico.
Também representa uma afronta ao presidente americano, Donald Trump, que prometeu impedir que a Coreia do Norte conseguisse desenvolver essas capacidades.
"Serão impostas importantes sanções adicionais à Coreia do Norte hoje. Esta situação será manejada!", disse Trump após uma ligação de emergência com seu contraparte chinês, Xi Jinping.
Pouco depois do lançamento do míssil intercontinental norte-coreano, que alcançou uma altura inédita, Washington anunciou a necessidade de novas sanções internacionais, incluindo a autorização para interceptar barcos que transportem bens para e da Coreia do Norte.
- Margem para sanções -Pyongyang já é objeto de oito pacotes de sanções da ONU pensados para forçar o regime de Kim Jong-Un a suspender seus programas de armas balísticas e nucleares.
Os dois últimos pacotes foram adotados após os lançamentos de mísseis intercontinentais e de um sexto teste nuclear: em 5 de agosto decidiram proibir as importações de carvão e ferro norte-coreanos, e em 11 de setembro colocaram um embargo contra os produtos têxteis norte-coreanos e uma limitação ao seu fornecimento de petróleo.
Com base na resolução de agosto, a ONU proibiu a entrada em qualquer porto do mundo quatro navios, suspeitos de violar as sanções, uma medida inédita na história das Nações Unidas.
Os Estados Unidos anunciaram novas sanções unilaterais contra a Coreia do Norte e voltou a colocar este país na lista americana de patrocinadores do terrorismo.
"Ainda há margem para novas sanções", afirmou Sebastiano Cardi, que deve apresentar a seus colegas um relatório trimestral sobre a implementação das sanções contra Pyongyang. "Não é perfeito, mas vai muito bem", declarou.
A postura da China, vizinha e primeiro sócio econômico da Coreia do Norte, é crucial.
Embora tenha qualificado o disparo como uma "provocação", a Rússia pediu a todas as partes para "manter a calma", enquanto a China solicitou que Washington e Pyongyang retomassem as negociações.
Moscou e Pequim tem o direito ao veto na ONU. As últimas duas resoluções de sanções foram aprovadas por unanimidade, embora o último lançamento de míssil norte-coreano em meados de setembro tenha acabado com uma simples condenação verbal do Conselho, sem medidas punitivas.
As novas sanções que Washington quer podem demorar. Para as de agosto, os Estados Unidos negociaram durante um mês com Rússia e China, enquanto as de setembro precisaram somente de uma semana.
Paralelamente, Pequim e Moscou defendem uma "dupla moratória": o fim dos exercícios militares conjuntos entre Washington e Seul e a interrupção dos programas militares norte-coreanos. Mas os Estados Unidos e seus aliados ocidentais rejeitam essa possibilidade.
- Alegria em Pyongyang -A Coreia do Norte recorreu à apresentadora estrela do regime, Ri Chun-Hee, para anunciar o sucesso do lançamento: "Kim Jong-Un declarou com orgulho que cumprimos com a grande causa histórica de completar a força nuclear do Estado, com o objetivo de construir um foguete potente".
A imprensa oficial fez menção à arma mais sofisticada até o momento, um míssil balístico intercontinental (ICBM) Hwasong-15. Segundo a agência KCNA, o artefato, equipado com uma ogiva pesada de grande tamanho, é "capaz de atingir todo o território continental dos Estados Unidos".
Segundo Pyongyang, o projétil alcançou uma altura de 4.475 km antes de cair a 950 km do local de lançamento.
Sua trajetória sugere que Pyongyang poderia ter a tecnologia para lançar um projétil a mais de 13.000 km, o que coloca todas as cidades americanas a seu alcance.
Na capital norte-coreana, muito controlada, foram vistas cenas de alegria em frente aos telões colocados nas ruas.
Pyongyang ainda deve demonstrar que domina a tecnologia de retorno controlado das ogivas do Espaço para a atmosfera. Mas os especialistas acreditam que a Coreia do Norte está, pelo menos, a ponto de desenvolver uma capacidade de ataque intercontinental operacional.
A Coreia do Norte insiste que suas armas convencionais e nucleares querem dissuadir todo ataque contra o país. Em setembro, Trump ameaçou "destruir" toda a nação se os Estados Unidos forem atacados.
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