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Três espécies de répteis de ilha australiana são extintos na natureza, diz IUCN

Geckos da ilha de Christmas (Lepidodactylus listeri) - Wikipedia
Geckos da ilha de Christmas (Lepidodactylus listeri) Imagem: Wikipedia

Em Tóquio

05/12/2017 08h52

Três espécies de répteis da ilha Christmas, pequena ilha australiana do oceano Índico, desapareceram em seu estado selvagem, por razões ainda desconhecidas, revela estudo da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) publicado nesta terça-feira (5).

Os geckos da ilha de Christmas (Lepidodactylus listeri), o lagarto-de-cauda-azul (Cryptoblepharus egeriae) e o lagarto da ilha Christmas (Emoia nativitatis) foram removidos da lista de espécies "em perigo crítico" para serem incluídos na de espécies "extintas em estado silvestre" da lista vermelha da IUCN.

A razão de seu desaparecimento é "um enigma" no momento, segundo o professor John Zichy-Woinarski, do Departamento de Biologia da Universidade Charles-Darwin, situada em Darwin, norte da Austrália, citado em um comunicado da IUCN.

Desde os anos 1970, a população de répteis da ilha Christmas, ao sul da ilha indonésia de Java, declinou fortemente, segundo a IUCN.

Os investigadores suspeitam de que uma serpente predadora introduzida na ilha em meados dos anos 1980, uma doença e as mudanças no ecossistema local vinculados à irrupção da formiga invasiva Anoplolepis gracilipes, conhecida como "a formiga louca", tenham acelerado a queda da população desses répteis, embora não estejam seguros de que essa seja a explicação.

Existem populações cativas de geckos e de lagartos-de-cauda-azul, graças a programas de conservação, mas um programa similar para conservar o lagarto da ilha Christmas, Emoia nativitatis, fracassou em 2013, e a espécie desapareceu completamente, lembrou a UICN.

Em seu informe divulgado hoje, a organização também alertou sobre um marsupial da Austrália, o Pseudocheirus peregrinus, que entrou na lista vermelha de "vulnerável" para espécie "em perigo crítico".

A população dessa espécie caiu 80% nos últimos dez anos, devido ao aquecimento global e à seca, segundo a IUCN.

A atualização completa da lista vermelha da IUCN deve ser apresentada nesta terça em Tóquio.