Ex-detentos pedem clemência a todos os opositores presos na Venezuela
Caracas, 26 dez 2017 (AFP) - A ativista Andrea González, libertada na Venezuela junto com 43 opositores ao governo de Nicolás Maduro, afirmou nesta terça-feira (26) que espera a soltura de dezenas de prisioneiros por razões políticas.
"A nossa liberdade é apenas um passo, porque deixamos na prisão amigos que foram como irmãos. Ajudamo-nos uns aos outros e deixá-los para trás é muito difícil", disse González, que foi libertada no sábado após ser preso em 17 de agosto de 2015.
Entre os soluços, a mulher de 31 anos pediu "um pouco de clemência e humanidade" para que todos os adversários do presidente Maduro que estão na prisão possam recuperar a liberdade.
González, que recebeu uma menção especial no prêmio Sakharov concedido este ano pelo Parlamento Europeu à oposição venezuelana, foi libertada com outros 43 opositores a pedido da Assembleia Nacional Constituinte que rege a Venezuela com poder absoluto.
A chamada Comissão da Verdade desse órgão recomendou que a justiça e o governo libertassem cerca de 80 opositores.
De acordo com a ONG Forum Penal, após a libertação dos primeiros 44 ainda restam 216 "prisioneiros políticos", dos quais o mais emblemático é Leopoldo López, que em prisão domiciliar cumprindo uma sentença de quase 14 anos, acusado de incitar a violência em protestos que deixaram 43 mortos em 2014.
González foi presa sob acusação de conspirar para assassinar uma filha do poderoso líder chavista Diosdado Cabello, o que ela categoricamente nega.
Dois outros opositores libertados, Betty Grossi e Juan Miguel de Sousa, foram nesta terça com González ao Palácio da Justiça em Caracas para verificar seu status legal.
Grossi também exigiu a libertação de todos os adversários presos desde 2003, enquanto Sousa denunciou que a "negligência" das autoridades o impediu de receber tratamento para um câncer de próstata que "não pode mais ser operado". Ambos foram presos em agosto de 2015.
"A nossa liberdade é apenas um passo, porque deixamos na prisão amigos que foram como irmãos. Ajudamo-nos uns aos outros e deixá-los para trás é muito difícil", disse González, que foi libertada no sábado após ser preso em 17 de agosto de 2015.
Entre os soluços, a mulher de 31 anos pediu "um pouco de clemência e humanidade" para que todos os adversários do presidente Maduro que estão na prisão possam recuperar a liberdade.
González, que recebeu uma menção especial no prêmio Sakharov concedido este ano pelo Parlamento Europeu à oposição venezuelana, foi libertada com outros 43 opositores a pedido da Assembleia Nacional Constituinte que rege a Venezuela com poder absoluto.
A chamada Comissão da Verdade desse órgão recomendou que a justiça e o governo libertassem cerca de 80 opositores.
De acordo com a ONG Forum Penal, após a libertação dos primeiros 44 ainda restam 216 "prisioneiros políticos", dos quais o mais emblemático é Leopoldo López, que em prisão domiciliar cumprindo uma sentença de quase 14 anos, acusado de incitar a violência em protestos que deixaram 43 mortos em 2014.
González foi presa sob acusação de conspirar para assassinar uma filha do poderoso líder chavista Diosdado Cabello, o que ela categoricamente nega.
Dois outros opositores libertados, Betty Grossi e Juan Miguel de Sousa, foram nesta terça com González ao Palácio da Justiça em Caracas para verificar seu status legal.
Grossi também exigiu a libertação de todos os adversários presos desde 2003, enquanto Sousa denunciou que a "negligência" das autoridades o impediu de receber tratamento para um câncer de próstata que "não pode mais ser operado". Ambos foram presos em agosto de 2015.
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