Autor da intervenção militar contra Mugabe nomeado vice no Zimbábue
Harare, 28 dez 2017 (AFP) - O ex-chefe das Forças Armadas do Zimbábue, que dirigiu a manobra que pôs fim a 37 anos de mandato do presidente Robert Mugabe no final de novembro, foi nomeado oficialmente nesta quinta-feira um dos vice-presidentes do país.
O general reformado Constantino Chiwenga, de 61 anos, prestou juramento durante uma cerimônia na sede da presidência, em Harare, jurando "observar, fazer respeitar e defender a Constituição".
O ex-ministro da Segurança Interna de Mugabe, Kembo Mohadi, também foi nomeado vice-presidente do partido.
O general Chiwenga se retirou do Exército na semana passada.
Tradicional apoio do regime desde a independência do país em 1980, os militares intervieram na noite de 14 a 15 de novembro nas ruas de Harare para denunciar a demissão por Mugabe do seu então vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Colocado em prisão domiciliar, o ex-presidente de 93 anos renunciou uma semana depois, abandonado por seu partido.
O golpe militar foi para impedir a primeira-dama Grace Mugabe de suceder seu marido. Foi ela quem forçou a demissão do vice-presidente, considerado até então como o braço-direito do "camarada Bob".
Mnangagwa tomou posse como presidente interino até as eleições programadas para meados de 2018.
O novo presidente nomeou o ex-chefe da Força Aérea, Perrance Shiri, como ministro da Agricultura, enquanto outro general, Sibusiso Moyo, tornou-se ministro das Relações Exteriores.
Constantino Chiwenga "desempenhou um papel fundamental na transição entre Mugabe e Mnangagwa, e não havia outra maneira de agradecer a ele do que dar a vice-presidência", estimou Sabelo Ndlovu-Gatsheni, professor da Universidade da África do Sul.
"Não creio que a intervenção dos militares na vida política seja boa para a democracia", considerou Ndlovu-Gatsheni, apontando que "o exército não persuade, usa violência".
O general reformado Constantino Chiwenga, de 61 anos, prestou juramento durante uma cerimônia na sede da presidência, em Harare, jurando "observar, fazer respeitar e defender a Constituição".
O ex-ministro da Segurança Interna de Mugabe, Kembo Mohadi, também foi nomeado vice-presidente do partido.
O general Chiwenga se retirou do Exército na semana passada.
Tradicional apoio do regime desde a independência do país em 1980, os militares intervieram na noite de 14 a 15 de novembro nas ruas de Harare para denunciar a demissão por Mugabe do seu então vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Colocado em prisão domiciliar, o ex-presidente de 93 anos renunciou uma semana depois, abandonado por seu partido.
O golpe militar foi para impedir a primeira-dama Grace Mugabe de suceder seu marido. Foi ela quem forçou a demissão do vice-presidente, considerado até então como o braço-direito do "camarada Bob".
Mnangagwa tomou posse como presidente interino até as eleições programadas para meados de 2018.
O novo presidente nomeou o ex-chefe da Força Aérea, Perrance Shiri, como ministro da Agricultura, enquanto outro general, Sibusiso Moyo, tornou-se ministro das Relações Exteriores.
Constantino Chiwenga "desempenhou um papel fundamental na transição entre Mugabe e Mnangagwa, e não havia outra maneira de agradecer a ele do que dar a vice-presidência", estimou Sabelo Ndlovu-Gatsheni, professor da Universidade da África do Sul.
"Não creio que a intervenção dos militares na vida política seja boa para a democracia", considerou Ndlovu-Gatsheni, apontando que "o exército não persuade, usa violência".
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