Topo

Sobe para nove número de mortos em ataque a igreja no Egito

29/12/2017 10h22

Cairo, 29 dez 2017 (AFP) - Nove pessoas morreram no ataque de um homem armado a uma igreja em Helwan, periferia ao sul do Cairo, nesta sexta-feira (29) - informou uma fonte do Ministério da Saúde, atualizando o balanço de quatro vítimas letais.

O agressor foi abatido quando tentou invadir o local. Ele seria o 10º morto do episódio.

O indivíduo abriu fogo do lado de fora da igreja, ferindo cinco guardas. Segundo as mesmas fontes, um oficial de Polícia está entre as vítimas fatais.

Os agentes agora procuram um possível cúmplice, que estaria foragido.

Uma foto do corpo do suposto agressor publicada no site do jornal oficial "Al-Ahram" mostra um homem barbudo, com uma jaqueta cheia de munição, estendido no chão. Ele parece estar quase inconsciente.

O acesso à igreja foi interditado pela Polícia. Até agora, nenhum grupo assumiu a autoria do ataque.

- Minoria na mira -Desde dezembro de 2016, os cristão do Egito - os coptas - são alvo de vários atentados sangrentos em igrejas, ou em ataques direcionados cometidos na Península do Sinai. Boa parte deles foi reivindicada pelo grupo Estado Islâmico (EI).

Em 11 de dezembro de 2016, no Cairo, um atentado suicida contra a igreja copta São Pedro e São Paulo deixou 29 mortos. O Estado Islâmico (EI) assumiu o ataque.

Em abril de 2017, 45 pessoas foram mortas em dois ataques suicidas reivindicados pelo EI em plena celebração do Domingo de Ramos em Alexandria, segundo maior cidade do país, e em Tanta, no norte do Egito.

Em maio, o grupo extremista reivindicou um ataque contra um ônibus de peregrinos coptas, o qual terminou em 28 mortos.

Ortodoxos em sua maioria, os coptas constituem a comunidade cristã mais numerosa do Oriente Médio e uma das mais antigas.

A minoria cristã representa 10% dos quase 96 milhões de habitantes no Egito, de maioria muçulmana. Seus fiéis estão espalhados por todo país, com concentrações mais marcadas no Médio-Egito. Têm baixa representatividade no governo e se dizem marginalizados.

Além dos ataques contra os cristãos, os extremistas também costumam ter as forças de segurança como alvo.

O EI é suspeito de estar por trás de um atentado que deixou mais de 230 mortos contra uma mesquita do leste do Egito em 24 de novembro passado.

str-se/nbz/vl/tt