Conservadores se reúnem nos EUA com Trump pressionado em várias frentes
Washington, 21 Fev 2018 (AFP) - A ingerência russa na campanha eleitoral, o luto nacional pelas vítimas de um tiroteio em uma escola na Flórida, o caos da Presidência de Donald Trump: a turbulência política americana compõe um dramático pano de fundo, no momento em que os conservadores se reúnem para seu encontro anual, perto de Washington.
Milhares de ativistas republicanos, caciques do partido e outros militantes estão reunidos em um centro de convenções de Maryland para promover a saúde de uma revolução populista que varreu as bases da política americana e que inaugurou a era Trump.
Treze meses após sua chegada à Casa Branca, Trump será, na sexta-feira, o orador principal da Conservative Political Action Conference (CPAC).
O vice-presidente Mike Pence, um cristão ardoroso, é esperado quinta-feira (22) na CPAC, assim como o advogado da Casa Branca Don McGahn, uma rara escolha para este evento de alto perfil, já que se encontra sob escrutínio em meio a um escândalo sobre permissões de acesso de segurança na Presidência.
A CPAC "está-se preparando para outro apaixonante evento. Uma grande diferença em relação aos dias em que o presidente (Barack) Obama estava na Casa Branca", tuitou Trump na terça-feira (20).
Um Trump recém-chegado à Casa Branca foi recebido como um herói na edição de fevereiro passado dessa conferência, embora, um ano antes, tenha sido considerado muito polêmico para participar.
Agora, o giro para a direita foi tão grande no movimento conservador, que os organizadores da CPAC convidaram a representante da extrema direita francesa e defensora de políticas contrárias à imigração, Marion Marechal Le Pen, da Frente Nacional, que discursará pouco depois de Pence.
Aos 27 anos, essa ex-integrante do Parlamento é sobrinha da líder da FN, Marine Le Pen, que quase recebeu o apoio explícito de Trump na corrida eleitoral francesa do ano passado.
Com essa participação, Marion marca seu retorno à cena pública, nove meses após ter dito que deixaria a política.
A movimentação gerou uma tempestade no Twitter: o grupo majoritário republicano The Reagan Battalion atacou os organizadores da CPAC por convidarem Marion, "uma admiradora do (presidente russo Vladimir) Putin que odeia a OTAN".
- Temas sensíveis -A conferência coincide com um minado campo político, que inclui acusações de que a campanha presidencial de Trump em 2016 foi coordenada, de modo ilegal, com a Rússia.
Na última sexta-feira (16), o procurador especial Robert Mueller anunciou acusações contra 13 cidadãos russos suspeitos de fazerem uma campanha para favorecer a eleição de Donald Trump na corrida pela Casa Branca em 2016.
Trump continua a negar qualquer conluio com Moscou, mas quatro membros de sua campanha foram acusados no âmbito da investigação de Mueller. Assim, a atenção se volta para o que participantes e oradores da CPAC têm a dizer sobre o assunto.
Os conservadores também terão de lidar com a questão do porte e da posse de armas de fogo, depois de uma sequência de tragédias que reavivou o debate sobre o controle de armas no país.
Trump é um forte defensor do direito constitucional à posse de armas e, no ano passado, declarou-se um "verdadeiro amigo" da National Rifle Association (NRA, na sigla em inglês), o mais poderoso lobby pró-armas dos EUA.
Em um contexto de grande pressão da sociedade, o presidente acabou manifestando seu apoio a uma legislação para ampliar o sistema nacional de verificação de antecedentes para a compra de armas, assim como para proibir os dispositivos que possam transformar um fuzil semiautomático em uma metralhadora.
O direito a ter armas é central na CPAC: no sábado, dois painéis tratarão desse tema.
Normalmente presente nesse encontro conservador, a NRA está baixando seu perfil, contudo, após mais um episódio sangrento em uma escola de Ensino Médio no país, ocorrido semana passada, na Flórida.
O vice-presidente da NRA, Wayne LaPierre, não está no programa da conferência, mas o lobby das armas garante que estará presente.
Vários membros do gabinete de Trump, legisladores republicanos e o combativo ex-prefeito de Milwaukee David Clarke são esperados para discursar.
Ausente estará o republicano Mitt Romney, candidato à presidência por seu partido na corrida de 2012 e atual candidato ao Senado por Utah. Segundo o organizador da CPAC, Matt Schlapp, Romney não é "conservador o suficiente" para comparecer.
Steve Bannon, o polêmico estrategista de extrema direita condutor da onda populista que levou Trump à vitória e que acabou afastado do governo no ano passado, será outra ausência de peso.
Milhares de ativistas republicanos, caciques do partido e outros militantes estão reunidos em um centro de convenções de Maryland para promover a saúde de uma revolução populista que varreu as bases da política americana e que inaugurou a era Trump.
Treze meses após sua chegada à Casa Branca, Trump será, na sexta-feira, o orador principal da Conservative Political Action Conference (CPAC).
O vice-presidente Mike Pence, um cristão ardoroso, é esperado quinta-feira (22) na CPAC, assim como o advogado da Casa Branca Don McGahn, uma rara escolha para este evento de alto perfil, já que se encontra sob escrutínio em meio a um escândalo sobre permissões de acesso de segurança na Presidência.
A CPAC "está-se preparando para outro apaixonante evento. Uma grande diferença em relação aos dias em que o presidente (Barack) Obama estava na Casa Branca", tuitou Trump na terça-feira (20).
Um Trump recém-chegado à Casa Branca foi recebido como um herói na edição de fevereiro passado dessa conferência, embora, um ano antes, tenha sido considerado muito polêmico para participar.
Agora, o giro para a direita foi tão grande no movimento conservador, que os organizadores da CPAC convidaram a representante da extrema direita francesa e defensora de políticas contrárias à imigração, Marion Marechal Le Pen, da Frente Nacional, que discursará pouco depois de Pence.
Aos 27 anos, essa ex-integrante do Parlamento é sobrinha da líder da FN, Marine Le Pen, que quase recebeu o apoio explícito de Trump na corrida eleitoral francesa do ano passado.
Com essa participação, Marion marca seu retorno à cena pública, nove meses após ter dito que deixaria a política.
A movimentação gerou uma tempestade no Twitter: o grupo majoritário republicano The Reagan Battalion atacou os organizadores da CPAC por convidarem Marion, "uma admiradora do (presidente russo Vladimir) Putin que odeia a OTAN".
- Temas sensíveis -A conferência coincide com um minado campo político, que inclui acusações de que a campanha presidencial de Trump em 2016 foi coordenada, de modo ilegal, com a Rússia.
Na última sexta-feira (16), o procurador especial Robert Mueller anunciou acusações contra 13 cidadãos russos suspeitos de fazerem uma campanha para favorecer a eleição de Donald Trump na corrida pela Casa Branca em 2016.
Trump continua a negar qualquer conluio com Moscou, mas quatro membros de sua campanha foram acusados no âmbito da investigação de Mueller. Assim, a atenção se volta para o que participantes e oradores da CPAC têm a dizer sobre o assunto.
Os conservadores também terão de lidar com a questão do porte e da posse de armas de fogo, depois de uma sequência de tragédias que reavivou o debate sobre o controle de armas no país.
Trump é um forte defensor do direito constitucional à posse de armas e, no ano passado, declarou-se um "verdadeiro amigo" da National Rifle Association (NRA, na sigla em inglês), o mais poderoso lobby pró-armas dos EUA.
Em um contexto de grande pressão da sociedade, o presidente acabou manifestando seu apoio a uma legislação para ampliar o sistema nacional de verificação de antecedentes para a compra de armas, assim como para proibir os dispositivos que possam transformar um fuzil semiautomático em uma metralhadora.
O direito a ter armas é central na CPAC: no sábado, dois painéis tratarão desse tema.
Normalmente presente nesse encontro conservador, a NRA está baixando seu perfil, contudo, após mais um episódio sangrento em uma escola de Ensino Médio no país, ocorrido semana passada, na Flórida.
O vice-presidente da NRA, Wayne LaPierre, não está no programa da conferência, mas o lobby das armas garante que estará presente.
Vários membros do gabinete de Trump, legisladores republicanos e o combativo ex-prefeito de Milwaukee David Clarke são esperados para discursar.
Ausente estará o republicano Mitt Romney, candidato à presidência por seu partido na corrida de 2012 e atual candidato ao Senado por Utah. Segundo o organizador da CPAC, Matt Schlapp, Romney não é "conservador o suficiente" para comparecer.
Steve Bannon, o polêmico estrategista de extrema direita condutor da onda populista que levou Trump à vitória e que acabou afastado do governo no ano passado, será outra ausência de peso.
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