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Primeiro-ministro francês acredita que tiroteio em supermercado é ato terrorista

LA VIE A TREBES/via REUTERS
Imagem: LA VIE A TREBES/via REUTERS

Em Mulhouse, na França

23/03/2018 09h28

O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, afirmou nesta sexta-feira (23) que tudo leva a acreditar que o tiroteio seguido por uma tomada de reféns em um supermercado no sul do país, se trata de "um ato terrorista". Há pelo menos duas pessoas mortas.

"A seção antiterrorista do Ministério Público de Paris está reunindo todas as informações que temos no momento e elas sugerem que seria um ato terrorista", disse Philippe, que interrompeu a visita que fazia a Mulhouse (norte).

Ele, no entanto, se negou a citar um número de reféns envolvidos.

Uma fonte ligada à situação no local mencionou que ao menos duas pessoas morreram na ação dentro supermercado da localidade de Trebes.

"Uma grande parte dos funcionários e clientes do Super U conseguiram escapar. Um oficial da gendarmeria de serviço está atualmente em contato com o agressor", acrescentou a fonte.

Mais cedo, o homem que abriu fogo e fez reféns no supermercado anunciou atuar em nome do grupo extremista Estado Islâmico (EI).

A justiça antiterrorista assumiu a investigação do ataque, que o primeiro-ministro francês classificou como "sério".

As forças de segurança responderam a dois incidentes separados na manhã desta sexta-feira, um no supermercado de Trebes e o segundo na cidade vizinha de Carcassonne, onde um policial foi ferido a tiros.

mapa ataque franca - Arte/UOL - Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

Em Trebes, o homem entrou às 11H15 (7H15 de Brasília) no supermercado Super U e começou a disparar.

Uma testemunha disse que o homem gritou "Alá Akbar" ao entrar no estabelecimento, segundo uma fonte das forças de segurança.

As autoridades locais anunciaram no Twitter que a área estava isolada e pediram à população que "facilite o acesso às forças de segurança".

Se o vínculo com o EI for confirmado, este ataque seria o primeiro desta dimensão desde a eleição do presidente Emmanuel Macron em maio do ano passado.

A tomada de reféns acontece com a França ainda em estado de alerta, após a série de atentados desde o ataque contra a redação da revista satírica Charlie Hebdo em janeiro de 2015, que deixou 12 mortos.

A onda de atentados extremistas deixou 238 mortos e centenas de feridos em 2015 e 2016. Vários ataques ou tentativas de ataques apontaram contra militares ou policiais.