Referendo no Burundi sobre polêmica reforma constitucional
Nairóbi, 17 Mai 2018 (AFP) -
Os eleitores do Burundi comparecem às urnas nesta quinta-feira para um referendo sobre um projeto de reforma da Constituição que permitiria ao presidente Pierre Nkurunziza, de 54 anos e no poder desde 2005, permanecer à frente do país até 2034.
Um total de 4,8 milhões de eleitores estão registrados para votar no país.
A cédula não tem nenhuma pergunta, apenas a menção "referendo constitucional da República do Burundi de maio de 2018", com as opções "sim" e "não".
Se a reforma for aprovada, a Constituição autorizará Nkurunziza a disputar dois novos mandatos de sete anos a partir de 2020. A vitória do "sim" não parece provocar dúvidas, já que as vozes críticas foram caladas no país.
O novo texto busca principalmente ratificar o controle total do partido CNDD-FDD sobre as instituições e concentrar ainda mais o Poder Executivo nas mãos do presidente Nkurunziza.
As autoridades temem um elevado índice de abstenção e a lei prevê pena de um a três anos de prisão para os que defendem o boicote à votação.
A campanha para o referendo foi marcada por sequestros, assassinatos e detenções arbitrárias, de acordo com organizações de defesa dos direitos humanos, que também denunciaram a ausência de um verdadeiro debate democrático.
O CNARED, principal plataforma de oposição no exílio, defendeu o boicote. Os partidos de oposição dentro do país e a coalizão de independentes 'Amizero y'Abarundi' defenderam o voto "não", ao invés do boicote, pelo temor de represálias.
str-cyb/ab/acc/zm/fp
Os eleitores do Burundi comparecem às urnas nesta quinta-feira para um referendo sobre um projeto de reforma da Constituição que permitiria ao presidente Pierre Nkurunziza, de 54 anos e no poder desde 2005, permanecer à frente do país até 2034.
Um total de 4,8 milhões de eleitores estão registrados para votar no país.
A cédula não tem nenhuma pergunta, apenas a menção "referendo constitucional da República do Burundi de maio de 2018", com as opções "sim" e "não".
Se a reforma for aprovada, a Constituição autorizará Nkurunziza a disputar dois novos mandatos de sete anos a partir de 2020. A vitória do "sim" não parece provocar dúvidas, já que as vozes críticas foram caladas no país.
O novo texto busca principalmente ratificar o controle total do partido CNDD-FDD sobre as instituições e concentrar ainda mais o Poder Executivo nas mãos do presidente Nkurunziza.
As autoridades temem um elevado índice de abstenção e a lei prevê pena de um a três anos de prisão para os que defendem o boicote à votação.
A campanha para o referendo foi marcada por sequestros, assassinatos e detenções arbitrárias, de acordo com organizações de defesa dos direitos humanos, que também denunciaram a ausência de um verdadeiro debate democrático.
O CNARED, principal plataforma de oposição no exílio, defendeu o boicote. Os partidos de oposição dentro do país e a coalizão de independentes 'Amizero y'Abarundi' defenderam o voto "não", ao invés do boicote, pelo temor de represálias.
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