Militares guatemaltecos são condenados por crimes contra a humanidade
Cidade da Guatemala, 23 Mai 2018 (AFP) - Um tribunal guatemalteco condenou nesta quarta-feira a penas de entre 33 e 58 anos de prisão quatro militares aposentados pelo desaparecimento forçado em 1981 do jovem Marco Antonio Molina Theissen e do estupro e tortura de sua irmã Emma Guadalupe.
Os crimes contra a humanidade ocorreram durante a guerra civil da Guatemala (1960-1996) e o juiz Pablo Xitumul proferiu a sentença contra o ex-comandante do Estado-Maior do Exército Benedicto Lucas e os também militares da reserva Hugo Zaldaña, Francisco Gordillo e Manuel Callejas.
Lucas, Zaldaña, Gordillo e Callejas foram condenados a 33 anos de prisão por crimes contra a humanidade e estupro com agravante pela humilhação contra Emma Guadalupe Molina Theissen.
Pelo desaparecimento forçado de seu irmão, Marco Antonio, todos os soldados, exceto Gordillo, foram condenados a 25 anos de prisão. O tribunal absolveu o quinto acusado, Edilberto Letona, das acusações.
A sentença foi decidida por unanimidade pelos três juízes que compõem o Tribunal de Maior Risco C, um dos responsáveis por revisar os casos de alto impacto social.
As forças armadas se mantiveram em silêncio após as sentenças contra os ex-comandantes militares e o porta-voz da instituição, Óscar Pérez, limitou0se a afirmar que o exército era "respeitoso da decisão dos órgãos jurisdicionais".
O tribunal considerou que os militares agiram contra civis e extrapolaram a doutrina de combater grupos insurgentes durante o conflito armado.
Dezenas de ativistas, que esperaram quase 14 horas para ouvir o veredicto, aplaudiram a decisão, enquanto familiares e amigos dos militares gritaram em favor dos condenados.
Molina Theissen foi sequestrado por uma unidade do Exército na residência de seus pais, na Cidade da Guatemala, em 6 de outubro de 1981, quando ele tinha 14 anos. Ele segue desaparecido.
O sequestro foi cometido um dia depois que sua irmã escapou de um quartel militar no oeste do país, onde foi torturada e estuprada em várias ocasiões por soldados.
"Quero dizer aos senhores acusados que lhes devolvo a vergonha, que lhes devolvo o terror (...). Oxalá que tenham um pouquinho de honra e nos digam onde está Marco Antonio", afirmou na segunda-feira, durante a fase final do processo, Emma Guadalupe sobre seu irmão.
Ao mesmo tempo, os militares da reserva rebateram as acusações e afirmaram que o julgamento tinha por objetivo obter uma indenização econômica, o que a família negou.
Benedicto Lucas, irmão do falecido ex-presidente Romeo Lucas (1978-1982), e os outros acusados foram detidos em janeiro de 2016 e há um ano um juiz ordenou o julgamento.
Por ordem da Corte Interamericana de Direitos Humanos, o Estado guatemalteco pediu perdão - em novembro 2006 - pelo desaparecimento do menor.
Os crimes contra a humanidade ocorreram durante a guerra civil da Guatemala (1960-1996) e o juiz Pablo Xitumul proferiu a sentença contra o ex-comandante do Estado-Maior do Exército Benedicto Lucas e os também militares da reserva Hugo Zaldaña, Francisco Gordillo e Manuel Callejas.
Lucas, Zaldaña, Gordillo e Callejas foram condenados a 33 anos de prisão por crimes contra a humanidade e estupro com agravante pela humilhação contra Emma Guadalupe Molina Theissen.
Pelo desaparecimento forçado de seu irmão, Marco Antonio, todos os soldados, exceto Gordillo, foram condenados a 25 anos de prisão. O tribunal absolveu o quinto acusado, Edilberto Letona, das acusações.
A sentença foi decidida por unanimidade pelos três juízes que compõem o Tribunal de Maior Risco C, um dos responsáveis por revisar os casos de alto impacto social.
As forças armadas se mantiveram em silêncio após as sentenças contra os ex-comandantes militares e o porta-voz da instituição, Óscar Pérez, limitou0se a afirmar que o exército era "respeitoso da decisão dos órgãos jurisdicionais".
O tribunal considerou que os militares agiram contra civis e extrapolaram a doutrina de combater grupos insurgentes durante o conflito armado.
Dezenas de ativistas, que esperaram quase 14 horas para ouvir o veredicto, aplaudiram a decisão, enquanto familiares e amigos dos militares gritaram em favor dos condenados.
Molina Theissen foi sequestrado por uma unidade do Exército na residência de seus pais, na Cidade da Guatemala, em 6 de outubro de 1981, quando ele tinha 14 anos. Ele segue desaparecido.
O sequestro foi cometido um dia depois que sua irmã escapou de um quartel militar no oeste do país, onde foi torturada e estuprada em várias ocasiões por soldados.
"Quero dizer aos senhores acusados que lhes devolvo a vergonha, que lhes devolvo o terror (...). Oxalá que tenham um pouquinho de honra e nos digam onde está Marco Antonio", afirmou na segunda-feira, durante a fase final do processo, Emma Guadalupe sobre seu irmão.
Ao mesmo tempo, os militares da reserva rebateram as acusações e afirmaram que o julgamento tinha por objetivo obter uma indenização econômica, o que a família negou.
Benedicto Lucas, irmão do falecido ex-presidente Romeo Lucas (1978-1982), e os outros acusados foram detidos em janeiro de 2016 e há um ano um juiz ordenou o julgamento.
Por ordem da Corte Interamericana de Direitos Humanos, o Estado guatemalteco pediu perdão - em novembro 2006 - pelo desaparecimento do menor.
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