Bianca Jagger denuncia 'guerra suja' contra o povo da Nicarágua
Manágua, 29 Mai 2018 (AFP) - A ex-modelo nicaraguense e ativista dos direitos humanos Bianca Jagger acusou o presidente Daniel Ortega de dirigir "uma guerra suja" contra os participantes de uma onda de protestos que deixou mais de 80 mortos.
"Aqui o que temos é uma guerra suja" contra estudantes e uma população civil desarmada. "Aqui não temos uma revolução sandinista, temos uma demanda cívica" de justiça e democracia, disse Jagger em entrevista coletiva em um hotel de Manágua.
Visivelmente comovida, Jagger disse que o governo de Ortega "está matando (os jovens) como cachorros" com forças antimotins, "preparadas como em uma guerra".
A ativista participou da apresentação de um relatório da Anistia Internacional (AI), que documenta a violência e o uso de grupos paramilitares afins ao governo para reprimir os protestos iniciados em 18 de abril.
Assegurou que os jovens que protestam nas ruas e nas universidades buscam que a Nicarágua tenha eleições livres e que Ortega e sua esposa, que também é vice-presidente, Rosario Murillo, deixem o poder.
"O momento chegou para que peçamos e obtenhamos justiça (...) Hoje digo a vocês que a única solução que existe para a Nicarágua é que Daniel Ortega e Rosario Murillo se vão", destacou.
A ex-esposa da lendária estrela do rock Mick Jagger e a diretora para as Américas da Anistia Internacional, Ericka Guevara-Rosas, asseguraram que, na segunda-feira, foram testemunhas de um ataque de grupos de choque pró-governo contra estudantes que estavam na Universidade de Engenharia.
"Ouvimos morteiros, (disparos de) bala e depois (vimos) membros da população que chegaram a ajudar os estudantes em motocicletas", enquanto estavam reunidos com o reitor da Universidade Centro-americana (UCA), recordou Jagger.
"Falem, por favor, não sejam tão covardes, denunciem o regime de Ortega e Murillo" por violações dos direitos humanos, declarou a ex-modelo aos líderes latino-americanos.
Também pediu ao secretário-geral da OEA, Luis Almagro, para convocar a assembleia permanente da organização para discutir a situação da Nicarágua.
O governo e a oposição acordaram nesta terça-feira retomar um diálogo, no qual o governo aceitou discutir uma agenda para a democratização do país, que, entre outros aspectos, pede a renúncia imediata de Ortega e Murillo.
"Aqui o que temos é uma guerra suja" contra estudantes e uma população civil desarmada. "Aqui não temos uma revolução sandinista, temos uma demanda cívica" de justiça e democracia, disse Jagger em entrevista coletiva em um hotel de Manágua.
Visivelmente comovida, Jagger disse que o governo de Ortega "está matando (os jovens) como cachorros" com forças antimotins, "preparadas como em uma guerra".
A ativista participou da apresentação de um relatório da Anistia Internacional (AI), que documenta a violência e o uso de grupos paramilitares afins ao governo para reprimir os protestos iniciados em 18 de abril.
Assegurou que os jovens que protestam nas ruas e nas universidades buscam que a Nicarágua tenha eleições livres e que Ortega e sua esposa, que também é vice-presidente, Rosario Murillo, deixem o poder.
"O momento chegou para que peçamos e obtenhamos justiça (...) Hoje digo a vocês que a única solução que existe para a Nicarágua é que Daniel Ortega e Rosario Murillo se vão", destacou.
A ex-esposa da lendária estrela do rock Mick Jagger e a diretora para as Américas da Anistia Internacional, Ericka Guevara-Rosas, asseguraram que, na segunda-feira, foram testemunhas de um ataque de grupos de choque pró-governo contra estudantes que estavam na Universidade de Engenharia.
"Ouvimos morteiros, (disparos de) bala e depois (vimos) membros da população que chegaram a ajudar os estudantes em motocicletas", enquanto estavam reunidos com o reitor da Universidade Centro-americana (UCA), recordou Jagger.
"Falem, por favor, não sejam tão covardes, denunciem o regime de Ortega e Murillo" por violações dos direitos humanos, declarou a ex-modelo aos líderes latino-americanos.
Também pediu ao secretário-geral da OEA, Luis Almagro, para convocar a assembleia permanente da organização para discutir a situação da Nicarágua.
O governo e a oposição acordaram nesta terça-feira retomar um diálogo, no qual o governo aceitou discutir uma agenda para a democratização do país, que, entre outros aspectos, pede a renúncia imediata de Ortega e Murillo.
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