Primeiro-ministro espanhol descarta renúncia
Madri, 30 Mai 2018 (AFP) - Encurralado por casos de corrupção em seu partido, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, descartou nesta quarta-feira a possibilidade de renunciar, um dia antes do debate de uma moção de censura promovida pela oposição socialista.
"Minha intenção é cumprir o mandato dos espanhóis e o mandato desta Câmara, até metade de 2020", afirmou Rajoy no Parlamento, em resposta ao deputado independentista catalão Gabriel Rufián, que fez uma pergunta sobre a possibilidade de renúncia.
Mariano Rajoy, também presidente do conservador Partido Popular (PP), enfrentará na quinta-feira e sexta-feira uma moção de censura apresentada na Câmara pelo Partido Socialista, principal força de oposição, que deseja ver o seu líder, Pedro Sánchez, como chefe de Governo.
Os socialistas tomaram a iniciativa depois do anúncio na semana passada da sentença do caso Gürtel, uma trama de corrupção na qual várias empresas subornaram funcionários do PP para obter contratos públicos entre 1999 e 2005.
A condenação judicial foi um golpe para o PP, condenado a pagar 245.492 euros como beneficiário da trama, definida na sentença como "um autêntico e eficaz sistema de corrupção institucional".
A sentença também cita a existência de uma contabilidade paralela no partido desde 1989 e expressa dúvidas sobre o depoimento prestado por Rajoy em julho do ano passado como testemunha, quando ele afirmou ignorar as finanças do PP, apesar de ocupar cargos na direção do partido há três décadas.
Rajoy se defendeu alegando que a sentença, contra a qual o PP recorrerá, "não condena o governo da Espanha. Também criticou Sánchez, que acusou de querer derrubá-lo com uma coalizão "Frankenstein" e sem passar pelas urnas.
Para destituir Rajoy, que está no poder desde dezembro de 2011, Sánchez precisa da maioria 176 deputados de um total de 350.
No momento, com o apoio de outros partidos, Sánchez tem 156 votos. Para os 20 restantes, os socialistas dependem dos partidos nacionalistas bascos e catalães, que até agora não revelaram suas posições.
À espera da moção, que será debatida na quinta-feira e votada na sexta-feira, a oposição de esquerdas não poupou as críticas a Rajoy.
A porta-voz da bancada socialista na Câmara, Margarita Robles, afirmou que o chefe de Governo "não tem credibilidade" e "não assumiu as responsabilidades políticas".
Irene Montero, porta-voz do partido Podemos, terceira força no Parlamento, disse que Rajoy e seus correligionários do PP são "os maiores inimigos da Espanha".
"Minha intenção é cumprir o mandato dos espanhóis e o mandato desta Câmara, até metade de 2020", afirmou Rajoy no Parlamento, em resposta ao deputado independentista catalão Gabriel Rufián, que fez uma pergunta sobre a possibilidade de renúncia.
Mariano Rajoy, também presidente do conservador Partido Popular (PP), enfrentará na quinta-feira e sexta-feira uma moção de censura apresentada na Câmara pelo Partido Socialista, principal força de oposição, que deseja ver o seu líder, Pedro Sánchez, como chefe de Governo.
Os socialistas tomaram a iniciativa depois do anúncio na semana passada da sentença do caso Gürtel, uma trama de corrupção na qual várias empresas subornaram funcionários do PP para obter contratos públicos entre 1999 e 2005.
A condenação judicial foi um golpe para o PP, condenado a pagar 245.492 euros como beneficiário da trama, definida na sentença como "um autêntico e eficaz sistema de corrupção institucional".
A sentença também cita a existência de uma contabilidade paralela no partido desde 1989 e expressa dúvidas sobre o depoimento prestado por Rajoy em julho do ano passado como testemunha, quando ele afirmou ignorar as finanças do PP, apesar de ocupar cargos na direção do partido há três décadas.
Rajoy se defendeu alegando que a sentença, contra a qual o PP recorrerá, "não condena o governo da Espanha. Também criticou Sánchez, que acusou de querer derrubá-lo com uma coalizão "Frankenstein" e sem passar pelas urnas.
Para destituir Rajoy, que está no poder desde dezembro de 2011, Sánchez precisa da maioria 176 deputados de um total de 350.
No momento, com o apoio de outros partidos, Sánchez tem 156 votos. Para os 20 restantes, os socialistas dependem dos partidos nacionalistas bascos e catalães, que até agora não revelaram suas posições.
À espera da moção, que será debatida na quinta-feira e votada na sexta-feira, a oposição de esquerdas não poupou as críticas a Rajoy.
A porta-voz da bancada socialista na Câmara, Margarita Robles, afirmou que o chefe de Governo "não tem credibilidade" e "não assumiu as responsabilidades políticas".
Irene Montero, porta-voz do partido Podemos, terceira força no Parlamento, disse que Rajoy e seus correligionários do PP são "os maiores inimigos da Espanha".
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