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Desmantelam rede de prostituição infantil que operava entre Venezuela, Colômbia e Brasil

23/06/2018 15h41

San Cristóbal, Venezuela, 23 Jun 2018 (AFP) - Uma rede de prostituição infantil que operava entre Venezuela, Colômbia e Brasil foi desmantelada neste sábado pelas autoridades venezuelanas em uma operação na qual prenderam oito pessoas, informou uma fonte oficial.

Durante a ação, três menores de 15 anos foram resgatados em um hotel da cidade de San Cristóbal (fronteira oeste com a Colômbia), disse à imprensa Freddy Bernal, representante do governo no estado de Táchira.

"Foram pegas em San Cristóbal e estavam prontas para serem vendidas a essa rede de prostituição na Colômbia", assinalou Bernal.

Na operação, executada pela Direção-Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM), oito pessoas foram detidas, enquanto ordenaram a captura de dois policiais venezuelanos supostamente ligados à organização.

Conseguiram "desmantelar um grupo internacional de prostituição infantil, sequestro e tráfico de pessoas", destacou Bernal, que acusou os detidos de "capturar menores de idade para prostituí-las em San Cristóbal e vendê-las como animais na Colômbia".

As investigações buscam estabelecer o paradeiro de várias adolescentes reportadas como desaparecidas, indicou o funcionário.

Os detidos "já haviam sido denunciados por estupro de outras meninas de 15 anos que haviam se negado a fazer parte desta rede", sustentou.

Bernal afirmou que a operação continua em marcha. "Esta é apenas a ponta do iceberg, já que a investigação considera outros contatos, com outras redes de criminosos que se conectam com Colômbia e Brasil".

Segundo o responsável, a Venezuela pedirá às autoridades colombianas para capturar os membros do grupo que operam no país vizinho.

ONGs venezuelanas advertem que a grave crise socioeconômica do país petroleiro empurrou centenas de pessoas à prostituição e elevou o risco de que menores de idade caiam nas mãos de máficas de tráfico de pessoas com objetivo de exploração sexual.

Colômbia e Venezuela compartilham uma porosa fronteira de 2.219 quilômetros na qual operam facções de traficantes de drogas e contrabandistas de combustível, entre outras organizações ilegais.

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