Fibra ótica surge como alternativa aos sismógrafos
Paris, 3 Jul 2018 (AFP) - As redes de telecomunicações e Internet em fibra ótica poderiam permitir detectar os sinais sísmicos, assim como localizar e avaliar as falhas geológicas, segundo um estudo publicado nesta terça-feira na revista científica Nature Communications.
"Nosso método permite acessar registros de qualidade similares aos dos sismômetros utilizando uma infraestrutura já existente, e com uma densidade de pontos muito superior", explica à AFP Philippe Jousset, do Centro alemão de pesquisa em geociências (GFZ), com sede em Potsdam.
Para seus trabalhos, os pesquisadores utilizaram a fibra ótica de um cabo de 15 km de comprimento instalado em 1994 na península de Reykjanes, ao sudoeste da Islândia, registrando a cada quatro metros os sinais sísmicos provenientes de fontes naturais e antropológicas.
"As redes sísmicas mais densas do mundo geralmente só tem um sensor a cada 20 km", precisa Elizabeth S. Cochran, do Earthquake Science Center de Pasadena, nos Estados Unidos, em um comentário publicado neste estudo.
"Durante os nove dias de registros em nosso experimento, detectamos 83 terremotos na Islândia e três distantes, com uma magnitude de 6,3 na Indonésia, a mais de 12.000 km da Islândia", anunciou Jousset.
"Também identificamos com uma precisão espacial inigualável estruturas tectônicas, em zonas como as falhas e diques vulcânicos do Rift de Reykjanes (zona tectônica de extensão entre as placas Euroasiática e Americana) e descobrimos novos processos dinâmicos do funcionamento das falhas", acrescenta.
"Ao menos um terremoto de sete ou mais graus de magnitude ocorre todos os meses em algum lugar do planeta", indica Cochran. "Compreender como, quando e em que medida ocorrem os tremores de terra mais destruidores é essencial para atenuar seus efeitos", acrescenta.
Esta técnica descrita neste estudo já foi utilizada na indústria para monitorar os campos de petróleo ou de água quente. Mas desta vez, os pesquisadores utilizam cabos quase no nível da superfície do solo (a aproximadamente um metro de profundidade) e não apenas em perfuração.
A exploração e manutenção das redes de sismógrafos são indispensáveis, tanto como é importante monitorar as zonas expostas aos tremores de terra, mas podem custar centenas de milhões de dólares.
Além disso, "estes dados só oferecem geralmente observações limitadas, visto que os instrumentos estão espaçados demais ou os dados não são fornecidos em contínuo", explica Cochran.
Por outro lado, "com o desenvolvimento da internet de banda larga, cada vez mais zonas estão cobertas pela fibra ótica", destacou Jousset.
"Nosso método permite acessar registros de qualidade similares aos dos sismômetros utilizando uma infraestrutura já existente, e com uma densidade de pontos muito superior", explica à AFP Philippe Jousset, do Centro alemão de pesquisa em geociências (GFZ), com sede em Potsdam.
Para seus trabalhos, os pesquisadores utilizaram a fibra ótica de um cabo de 15 km de comprimento instalado em 1994 na península de Reykjanes, ao sudoeste da Islândia, registrando a cada quatro metros os sinais sísmicos provenientes de fontes naturais e antropológicas.
"As redes sísmicas mais densas do mundo geralmente só tem um sensor a cada 20 km", precisa Elizabeth S. Cochran, do Earthquake Science Center de Pasadena, nos Estados Unidos, em um comentário publicado neste estudo.
"Durante os nove dias de registros em nosso experimento, detectamos 83 terremotos na Islândia e três distantes, com uma magnitude de 6,3 na Indonésia, a mais de 12.000 km da Islândia", anunciou Jousset.
"Também identificamos com uma precisão espacial inigualável estruturas tectônicas, em zonas como as falhas e diques vulcânicos do Rift de Reykjanes (zona tectônica de extensão entre as placas Euroasiática e Americana) e descobrimos novos processos dinâmicos do funcionamento das falhas", acrescenta.
"Ao menos um terremoto de sete ou mais graus de magnitude ocorre todos os meses em algum lugar do planeta", indica Cochran. "Compreender como, quando e em que medida ocorrem os tremores de terra mais destruidores é essencial para atenuar seus efeitos", acrescenta.
Esta técnica descrita neste estudo já foi utilizada na indústria para monitorar os campos de petróleo ou de água quente. Mas desta vez, os pesquisadores utilizam cabos quase no nível da superfície do solo (a aproximadamente um metro de profundidade) e não apenas em perfuração.
A exploração e manutenção das redes de sismógrafos são indispensáveis, tanto como é importante monitorar as zonas expostas aos tremores de terra, mas podem custar centenas de milhões de dólares.
Além disso, "estes dados só oferecem geralmente observações limitadas, visto que os instrumentos estão espaçados demais ou os dados não são fornecidos em contínuo", explica Cochran.
Por outro lado, "com o desenvolvimento da internet de banda larga, cada vez mais zonas estão cobertas pela fibra ótica", destacou Jousset.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.