Justiça manda soltar entregador de pizza equatoriano detido em NY
Nova York, 25 Jul 2018 (AFP) - Um juiz federal de Manhattan soltou na terça-feira (24) à noite o equatoriano em situação ilegal detido há quase dois meses pelos serviços de imigração em uma base militar de Nova York, aonde havia ido entregar uma pizza.
O magistrado considerou que as medidas tomadas por Pablo Villavicencio, antes de sua detenção, para obter sua regularização com o apoio de sua esposa, que é cidadã americana, devem chegar ao fim e justificam sua libertação.
Detido em 1º de junho na base de Fort Hamilton, no extremo-sul do Brooklyn, onde já havia feito entregas, o cidadão equatoriano, de 35 anos, ficou detido por 54 dias, à espera de uma decisão sobre sua possível deportação.
Em uma audiência na terça, o juiz Paul Crotty questionou abertamente os motivos para deportar um homem que havia iniciado o trâmite para obter um visto de residência, que estava sob análise.
"Existe o conceito de justiça aqui, ou fazemos porque nos dá vontade?", questionou.
"Onde está o dano ao país?", insistiu.
Na ordem de libertação, Crotty assegurou que, "apesar de ter ficado nos Estados Unidos de forma ilegal" e de, atualmente, estar sujeito a uma ordem de expulsão, "tem sido um cidadão modelo".
"Agora tem dois filhos. Ambos são cidadãos dos Estados Unidos. Não tem antecedentes criminais. Paga seus impostos. E trabalhou diligentemente para manter sua família", completou o juiz.
"A lei, a humanidade e a moral prevaleceram hoje", comentou Adriene Holder, advogada de Villavicencio e membro de uma empresa de assistência jurídica.
Para ela, a decisão de terça-feira "constitui a afirmação de que os tribunais ainda podem exercer controle sobre o Executivo, quando este passa por cima das leis e dos princípios".
Estimulados pelo endurecimento da política migratória do presidente Donald Trump, os serviços de imigração (ICE) aumentaram desde o início de 2017 o ritmo de suas inspeções em busca de pessoas em condição clandestina.
Recentemente, adotaram uma norma que autoriza seus agentes a interrogarem imigrantes nessa situação mesmo dentro dos tribunais. Até agora, as cortes eram consideradas santuários.
O Congresso de Nova York vai, em breve, considerar um projeto de lei para evitar as detenções em um tribunal.
tu-jm/vog/gv/dg/tt
IntercontinentalExchange
O magistrado considerou que as medidas tomadas por Pablo Villavicencio, antes de sua detenção, para obter sua regularização com o apoio de sua esposa, que é cidadã americana, devem chegar ao fim e justificam sua libertação.
Detido em 1º de junho na base de Fort Hamilton, no extremo-sul do Brooklyn, onde já havia feito entregas, o cidadão equatoriano, de 35 anos, ficou detido por 54 dias, à espera de uma decisão sobre sua possível deportação.
Em uma audiência na terça, o juiz Paul Crotty questionou abertamente os motivos para deportar um homem que havia iniciado o trâmite para obter um visto de residência, que estava sob análise.
"Existe o conceito de justiça aqui, ou fazemos porque nos dá vontade?", questionou.
"Onde está o dano ao país?", insistiu.
Na ordem de libertação, Crotty assegurou que, "apesar de ter ficado nos Estados Unidos de forma ilegal" e de, atualmente, estar sujeito a uma ordem de expulsão, "tem sido um cidadão modelo".
"Agora tem dois filhos. Ambos são cidadãos dos Estados Unidos. Não tem antecedentes criminais. Paga seus impostos. E trabalhou diligentemente para manter sua família", completou o juiz.
"A lei, a humanidade e a moral prevaleceram hoje", comentou Adriene Holder, advogada de Villavicencio e membro de uma empresa de assistência jurídica.
Para ela, a decisão de terça-feira "constitui a afirmação de que os tribunais ainda podem exercer controle sobre o Executivo, quando este passa por cima das leis e dos princípios".
Estimulados pelo endurecimento da política migratória do presidente Donald Trump, os serviços de imigração (ICE) aumentaram desde o início de 2017 o ritmo de suas inspeções em busca de pessoas em condição clandestina.
Recentemente, adotaram uma norma que autoriza seus agentes a interrogarem imigrantes nessa situação mesmo dentro dos tribunais. Até agora, as cortes eram consideradas santuários.
O Congresso de Nova York vai, em breve, considerar um projeto de lei para evitar as detenções em um tribunal.
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