EUA reabre discussões com China sobre comércio
Washington, 22 Ago 2018 (AFP) - Washington e Pequim reabriram nesta quarta-feira (27) negociações sobre sua disputa comercial, horas antes da aplicação de um novo pacote de tarifas americanas contra produtos chines e após uma advertência do Fed sobre os riscos deste confronto.
As conversações em Washington são as primeiras desde junho para se resolver a crescente guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta.
Em outra frente, funcionários de Estados Unidos e México esperam encerrar nas próximas semanas as negociações sobre a modernização do tratado norte-americano de livre comércio (Nafta), o que abriria caminho para a entrada do grupo nas conversações.
O presidente Donald Trump aplica uma agressiva política protecionista para reduzir o déficit comercial americano, que responsabiliza pela destruição de empregos nos Estados Unidos, mas os parceiros comerciais de Washington aplicaram medidas de represália que prejudicaram produtores agrícolas, indústrias e os consumidores americanos.
Um documento do Federal Reserve (banco central americano), divulgado nesta quarta, revela que a entidade considera que as disputas comerciais representam riscos "transcendentais" à economia.
Uma briga comercial generalizada e prolongada prejudicaria a confiança, os investimentos e o emprego, e impactaria os preços podendo "reduzir o poder de compra das famílias americanas", adverte o Fed.
Apesar da abertura do diálogo, a partir do primeiro minuto desta quinta-feira (01H01 Brasília), mais produtos chineses importados, totalizando 16 bilhões de dólares, serão atingidos pelas tarifas.
O pacote completa uma primeira série de tarifas, totalizando 50 bilhões de dólares, adotada por Washington para castigar Pequim por suas práticas comerciais consideradas desleais, incluindo roubo de tecnologia.
A China já informou que responderá imediatamente e com o mesmo valor contra os produtos americanos. Entre os artigos que estão na mira dos chineses há motos Harley Davidson, bourbon e suco de laranja.
Os Estados Unidos têm na manga a imposição de tarifas contra outros produtos chineses totalizando 200 bilhões de dólares e a aplicação de uma taxa de 25% sobre carros importados para proteger a produção doméstica. Este passo está sendo discutido esta semana em Washington em audiências públicas com representantes das empresas americanas envolvidas.
- Impacto em empresas dos EUA -As discussões foram abertas nesta quarta-feira e prosseguirão na quinta.
Trump declarou no início da semana que não espera nada das conversações que estão se desenvolvendo.
"Somos um país que era explorado por qualquer um e não vamos mais ser explorados", disse o presidente na terça-feira.
A porta-voz da Casa Branca Sarah Huckabee Sanders disse que o objetivo é atingir "melhores acordos comerciais para os Estados Unidos".
"O presidente quer um comércio livre, justo e mais recíproco com outros países; especialmente com a China".
Milhares de empresas e indústrias americanas pediram a Trump que reconsidere sua política comercial para não prejudicá-los. Mas até o momento o presidente tem ignorado os apelos e retirou poucos produtos de suas decisões tarifárias.
Washington foi forçado a anunciar um programa de ajuda de 12 bilhões de dólares a produtores agrícolas prejudicados por represálias da China e de outros países.
- Nafta -Os esforços para modernizar o Nafta parecem mais promissores, após o representante comercial dos Estados Unidos comunicar que espera chegar a algum entendimento com o México em alguns dias.
O ministro mexicano da Economia, Ildefonso Guajardo, declarou na quarta-feira que algum entendimento deve se cristalizar "nas próximas horas ou dias", segundo a imprensa americana.
O ministério canadense das Relações Exteriores não informou quando sua titular e principal negociadora, Chrystia Freeland, voltará a Washington.
Os três países negociam há um ano para salvar o acordo de livre comércio, que Trump considera nefasto para os EUA.
HARLEY-DAVIDSON
As conversações em Washington são as primeiras desde junho para se resolver a crescente guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta.
Em outra frente, funcionários de Estados Unidos e México esperam encerrar nas próximas semanas as negociações sobre a modernização do tratado norte-americano de livre comércio (Nafta), o que abriria caminho para a entrada do grupo nas conversações.
O presidente Donald Trump aplica uma agressiva política protecionista para reduzir o déficit comercial americano, que responsabiliza pela destruição de empregos nos Estados Unidos, mas os parceiros comerciais de Washington aplicaram medidas de represália que prejudicaram produtores agrícolas, indústrias e os consumidores americanos.
Um documento do Federal Reserve (banco central americano), divulgado nesta quarta, revela que a entidade considera que as disputas comerciais representam riscos "transcendentais" à economia.
Uma briga comercial generalizada e prolongada prejudicaria a confiança, os investimentos e o emprego, e impactaria os preços podendo "reduzir o poder de compra das famílias americanas", adverte o Fed.
Apesar da abertura do diálogo, a partir do primeiro minuto desta quinta-feira (01H01 Brasília), mais produtos chineses importados, totalizando 16 bilhões de dólares, serão atingidos pelas tarifas.
O pacote completa uma primeira série de tarifas, totalizando 50 bilhões de dólares, adotada por Washington para castigar Pequim por suas práticas comerciais consideradas desleais, incluindo roubo de tecnologia.
A China já informou que responderá imediatamente e com o mesmo valor contra os produtos americanos. Entre os artigos que estão na mira dos chineses há motos Harley Davidson, bourbon e suco de laranja.
Os Estados Unidos têm na manga a imposição de tarifas contra outros produtos chineses totalizando 200 bilhões de dólares e a aplicação de uma taxa de 25% sobre carros importados para proteger a produção doméstica. Este passo está sendo discutido esta semana em Washington em audiências públicas com representantes das empresas americanas envolvidas.
- Impacto em empresas dos EUA -As discussões foram abertas nesta quarta-feira e prosseguirão na quinta.
Trump declarou no início da semana que não espera nada das conversações que estão se desenvolvendo.
"Somos um país que era explorado por qualquer um e não vamos mais ser explorados", disse o presidente na terça-feira.
A porta-voz da Casa Branca Sarah Huckabee Sanders disse que o objetivo é atingir "melhores acordos comerciais para os Estados Unidos".
"O presidente quer um comércio livre, justo e mais recíproco com outros países; especialmente com a China".
Milhares de empresas e indústrias americanas pediram a Trump que reconsidere sua política comercial para não prejudicá-los. Mas até o momento o presidente tem ignorado os apelos e retirou poucos produtos de suas decisões tarifárias.
Washington foi forçado a anunciar um programa de ajuda de 12 bilhões de dólares a produtores agrícolas prejudicados por represálias da China e de outros países.
- Nafta -Os esforços para modernizar o Nafta parecem mais promissores, após o representante comercial dos Estados Unidos comunicar que espera chegar a algum entendimento com o México em alguns dias.
O ministro mexicano da Economia, Ildefonso Guajardo, declarou na quarta-feira que algum entendimento deve se cristalizar "nas próximas horas ou dias", segundo a imprensa americana.
O ministério canadense das Relações Exteriores não informou quando sua titular e principal negociadora, Chrystia Freeland, voltará a Washington.
Os três países negociam há um ano para salvar o acordo de livre comércio, que Trump considera nefasto para os EUA.
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