Assassino de menino na Holanda em 1998 é detido na Espanha e aceita extradição
Haia, 27 Ago 2018 (AFP) - Vinte anos depois do assassinato do pequeno Nicky Verstappen, que comoveu os holandeses, o principal suspeito aceitou nesta segunda-feira ser extraditado da Espanha, onde foi detido no domingo, para a Holanda.
"A pessoa reclamada aceitou sua entrega à Holanda", indicou a Audiência Nacional, uma jurisdição a cargo dos processos de extradição.
O holandês Joseph Brech aguardará sua entrega às autoridades holandesas em prisão provisória e sem fiança, ante o risco de fuga. Ele poderá ser condenado à prisão perpétua, acrescentou a Audiência Nacional.
O suspeito foi detido no domingo "quando saiu para cortar lenha" em uma zona montanhosa em Castellterçol, um município a 50 km de Barcelona (nordeste), indicou nesta segunda-feira a polícia espanhola em um comunicado.
Apresentado como um especialista em sobrevivência, Brech dispunha de instrumentos de pesca, um livro sobre plantas silvestres comestíveis e envelopes de comida desidratada.
"Vivia em uma barraca dentro da floresta", perto de uma casa abandonada onde viviam várias pessoas sem domicílio fixo, explicou ao jornal De Telegraaf um holandês que morava na zona e que levou a polícia até o suspeito, após tê-lo reconhecido em fotos.
Após sua prisão, o suspeito foi trasladado pela polícia ao tribunal de Granollers, ao nordeste de Barcelona, onde foi interrogado por videoconferência pelos magistrados da Audiência Nacional, com sede em Madri.
Nicky Verstappen, de 11 anos, desapareceu na madrugada de 10 de agosto de 1998, em um acampamento de verão na província de Limbourg, ao sul da Holanda.
Este acampamento, no qual o suspeito trabalhava como monitor, funcionava na reserva natural de Brunssummerheide, perto da fronteira com a Alemanha.
O corpo do menino, com sinais de ter sofrido agressão sexual antes de ser assassinado, foi descoberto na tarde do dia seguinte, em um pinhal perto do acampamento.
Segundo o procurador-geral da província de Limburg, Jan Eland, Brech poderia ser entregue à justiça holandesa ainda esta semana caso se mostrasse cooperativo. Caso contrário, o processo poderia levar entre 60 e 90 dias.
Na época dos acontecimentos, a polícia holandesa implementou uma investigação de grande envergadura, mas não teve êxito.
Foi a maior busca de DNA já feita no país, realizada em fevereiro com 21.500 homens de entre 18 e 75 anos, que levou à identificação do suspeito, natural de Simpelveld, um povoado do sul da Holanda, segundo os meios holandeses.
A polícia anunciou na semana anterior que tinha conseguido estabelecer uma relação direta entre o DNA de Brech, recolhido em uma casa de montanha que ele tinha na França, e o que foi encontrado sobre o corpo de Nicky Verstappen.
bur-mg/dbh/du/avl/eg
"A pessoa reclamada aceitou sua entrega à Holanda", indicou a Audiência Nacional, uma jurisdição a cargo dos processos de extradição.
O holandês Joseph Brech aguardará sua entrega às autoridades holandesas em prisão provisória e sem fiança, ante o risco de fuga. Ele poderá ser condenado à prisão perpétua, acrescentou a Audiência Nacional.
O suspeito foi detido no domingo "quando saiu para cortar lenha" em uma zona montanhosa em Castellterçol, um município a 50 km de Barcelona (nordeste), indicou nesta segunda-feira a polícia espanhola em um comunicado.
Apresentado como um especialista em sobrevivência, Brech dispunha de instrumentos de pesca, um livro sobre plantas silvestres comestíveis e envelopes de comida desidratada.
"Vivia em uma barraca dentro da floresta", perto de uma casa abandonada onde viviam várias pessoas sem domicílio fixo, explicou ao jornal De Telegraaf um holandês que morava na zona e que levou a polícia até o suspeito, após tê-lo reconhecido em fotos.
Após sua prisão, o suspeito foi trasladado pela polícia ao tribunal de Granollers, ao nordeste de Barcelona, onde foi interrogado por videoconferência pelos magistrados da Audiência Nacional, com sede em Madri.
Nicky Verstappen, de 11 anos, desapareceu na madrugada de 10 de agosto de 1998, em um acampamento de verão na província de Limbourg, ao sul da Holanda.
Este acampamento, no qual o suspeito trabalhava como monitor, funcionava na reserva natural de Brunssummerheide, perto da fronteira com a Alemanha.
O corpo do menino, com sinais de ter sofrido agressão sexual antes de ser assassinado, foi descoberto na tarde do dia seguinte, em um pinhal perto do acampamento.
Segundo o procurador-geral da província de Limburg, Jan Eland, Brech poderia ser entregue à justiça holandesa ainda esta semana caso se mostrasse cooperativo. Caso contrário, o processo poderia levar entre 60 e 90 dias.
Na época dos acontecimentos, a polícia holandesa implementou uma investigação de grande envergadura, mas não teve êxito.
Foi a maior busca de DNA já feita no país, realizada em fevereiro com 21.500 homens de entre 18 e 75 anos, que levou à identificação do suspeito, natural de Simpelveld, um povoado do sul da Holanda, segundo os meios holandeses.
A polícia anunciou na semana anterior que tinha conseguido estabelecer uma relação direta entre o DNA de Brech, recolhido em uma casa de montanha que ele tinha na França, e o que foi encontrado sobre o corpo de Nicky Verstappen.
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