Promotoria pede três anos de prisão para francês por escândalo do Nobel de Literatura
Estocolmo, 24 Set 2018 (AFP) - A promotoria sueca pediu, nesta segunda-feira, uma pena mínima de três anos de prisão para Jean-Claude Arnault, julgado por dois estupros, no âmbito de um dos primeiros julgamentos importantes desde o surgimento do movimento #MeToo, neste caso contra o homem que manchou o prestígio do Nobel de Literatura.
"Solicitei sua detenção provisória antes do veredito, porque existe o risco de que fuja para o exterior", explicou a promotora Christina Voigt após a audiência em Estocolmo.
Arnault, casado com uma integrante da Academia Sueca, mantinha vínculos estreitos com esta instituição que concede desde 1901 vários prêmios Nobel, entre eles o de Literatura.
Em novembro de 2017, o jornal Dagens Nyheter publicou os depoimentos anônimos de 18 mulheres que afirmaram ter sido vítimas de estupro ou assédio sexual por Arnault, o que levou a um terremoto na Academia Sueca.
O francês rejeitou as acusações através de seu advogado, Björn Hurtig.
Jean-Claude Arnault, de 72 anos, era o diretor artístico do Foro, um clube muito seleto que ele criou em 1989, frequentado por editores, escritores, dramaturgos e músicos proeminentes, mas também mulheres jovens.
Várias denúncias foram arquivadas por falta de provas ou por prescrição, mas a promotoria descobriu que tinha provas suficientes sobre um caso de 2011, quando Arnault obrigou sua vítima a manter relações sexuais com ele em um apartamento de Estocolmo.
Supostas vítimas do acusado criticam a Academia Sueca por seus vínculos estreitos com o francês, que recebeu generosas subvenções para o funcionamento de seu clube.
Como consequência destas revelações, vários acadêmicos renunciaram a seus cargos, ao mesmo tempo em que uma investigação interna lançou luz sobre os conflitos de interesses e atos de agressão ou assédio sofridos por acadêmicas ou pessoas de seu entorno.
Desacreditada e privada do quórum mínimo para poder funcionar, a Academia Sueca foi obrigada a adiar para 2019 o anúncio do Nobel de Literatura 2018.
"Solicitei sua detenção provisória antes do veredito, porque existe o risco de que fuja para o exterior", explicou a promotora Christina Voigt após a audiência em Estocolmo.
Arnault, casado com uma integrante da Academia Sueca, mantinha vínculos estreitos com esta instituição que concede desde 1901 vários prêmios Nobel, entre eles o de Literatura.
Em novembro de 2017, o jornal Dagens Nyheter publicou os depoimentos anônimos de 18 mulheres que afirmaram ter sido vítimas de estupro ou assédio sexual por Arnault, o que levou a um terremoto na Academia Sueca.
O francês rejeitou as acusações através de seu advogado, Björn Hurtig.
Jean-Claude Arnault, de 72 anos, era o diretor artístico do Foro, um clube muito seleto que ele criou em 1989, frequentado por editores, escritores, dramaturgos e músicos proeminentes, mas também mulheres jovens.
Várias denúncias foram arquivadas por falta de provas ou por prescrição, mas a promotoria descobriu que tinha provas suficientes sobre um caso de 2011, quando Arnault obrigou sua vítima a manter relações sexuais com ele em um apartamento de Estocolmo.
Supostas vítimas do acusado criticam a Academia Sueca por seus vínculos estreitos com o francês, que recebeu generosas subvenções para o funcionamento de seu clube.
Como consequência destas revelações, vários acadêmicos renunciaram a seus cargos, ao mesmo tempo em que uma investigação interna lançou luz sobre os conflitos de interesses e atos de agressão ou assédio sofridos por acadêmicas ou pessoas de seu entorno.
Desacreditada e privada do quórum mínimo para poder funcionar, a Academia Sueca foi obrigada a adiar para 2019 o anúncio do Nobel de Literatura 2018.
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